sábado, 29 de dezembro de 2018

ARQUITECTURA AO CENTRO #102


CENTRO CULTURAL E DE CONGRESSOS DAS CALDAS DA RAINHA
CALDAS DA RAINHA, CALDAS DA RAINHA

Ilídio Pelicano
ARIPA Arquitectos
2008






site: aripa.pt

ver mais sobre o projecto:
ccc.com.pt
ricardogoncalves.pt
sdengenharia.com

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

ARQUITECTURA AO CENTRO #101



CASA NA CRUZ DE OLIVEIRA
ALCOBAÇA, BENEDITA

Pedro Fonseca Jorge
Pedro Fonseca Jorge
2005 (fase I)
2011 (fase II)

Fase I
A proposta corresponde a uma habitação para um habitante individual, para a qual se foi buscar a referência do “loft” através dos seus espaços abertos que permitiam a comunicação espacial e visual por toda a casa. No entanto foi previsto o crescimento da habitação, sendo que se criaram vários artifícios para tornar a casa vivível quando o número de ocupantes aumentasse: quarto e cozinha encerram-se por meio de painéis de correr ocultos e a casa de banho é tripartida – lavatório, sanita e banho – de modo a que possa ser utilizada em simultâneo. Principalmente foram criadas portas exteriores a partir das quais “cresceriam” os corredores onde se acederia aos futuros anexos da casa.

Fase II
Este projeto consiste na ampliação prevista da Casa na Cruz de Oliveira, que foi desenhada para ser evolutiva, acompanhando o crescimento do agregado familiar. Face ao desenho inicial, o anexo dos quartos sofreu alterações, alinhando-se com a construção existente e criando um pátio nas traseiras que serve o quarto principal. Este possui ainda a particularidade de possuir aberturas simétricas nas fachadas nascente e poente, criando uma grande transparência. Os quartos a sul partilham a mesma abertura, separada por um perfil metálico que tenta ocultar a parede divisória de ambos no alçado. Por dentro, mais do que portas, uma sucessão de painéis ocultos que enfatizam o corredor que atravessa a casa de uma ponta a outra.

site: pedrofonsecajorge.com

ver mais sobre o projecto:
archisearch.gr
architizer.com
architizer.com
behance.net
homify.ca
homify.pt

sábado, 22 de dezembro de 2018

ARQUITECTURA AO CENTRO #100



14 MORADIAS INDIVIDUAIS, LOTES 1 A 14
ÓBIDOS, BOM SUCESSO

Álvaro Siza Vieira
Álvaro Siza Vieira
2008

Nos 14 lotes, cada habitação terá um ângulo diferente apresentando por isso diferentes perspectivas. Em cada habitação, a cozinha localizar-se-á no centro, rodeada pelos 4 quartos, casa-de-banho e pátio. A sala-de-estar, a norte, permitirá uma magnífica paisagem, dispondo de abertura igualmente a sul. A piscina, a noroeste, destacada da casa, terá uma visão directa sobre a sala-de-estar. A cobertura ajardinada economizará energia dando maior conforto interior.

site: sizavieira.pt

ver mais sobre o projecto:
afasiaarchzine.com
archilovers.com
bomsucesso.com.pt
leonardofinotti.com
pjvarquitetura.com.br

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

ARQUITECTURA AO CENTRO #98



REMODELAÇÃO DA ESCOLA SECUNDÁRIA D. INÊS DE CASTRO
ALCOBAÇA, ALCOBAÇA

João Miguel Silva
Gárgula - Arquitectura e Empreendimentos
2009

A intervenção na Escola Secundária D. Inês de Castro, em Alcobaça, abrangeu três vertentes distintas, incidindo apenas numa área parcial do lote. Estas vertentes desenvolveram-se ao nível da remodelação das instalações existentes, da construção de novos edifícios e do rearranjo das áreas envolventes.
A remodelação das instalações existentes realizou-se ao nível do reordenamento da compartimentação, beneficiação de revestimentos interiores e intervenção na superestrutura, e na remodelação integral das redes de infraestruturas elétricas, telecomunicações, águas e esgotos.
Os novos edifícios vieram acolher os espaços de apoio administrativo, as áreas sociais como o refeitório, o bar e a sala de convívio e ainda a biblioteca, localizada numa posição chave, permitindo, desta forma, a sua abertura à comunidade exterior.
Destaca-se ainda a conservação do edifício da “Escola Velha”, onde se concentram os espaços do Centro de Novas Oportunidades e o Centro de Formação de Professores, complementados pela existência de um pequeno auditório.

site:

ver mais sobre o projecto:
aecister.pt
parque-escolar.pt

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

COTTINELLI TELMO, UMA VIDA INTERROMPIDA


Integrada na Feira do Livro do Entroncamento, iniciativa do Município do Entroncamento, vai ser exibido o documentário COTTINELLI TELMO, UMA VIDA INTEROMPIDA, sessão realizada com a colaboração da Delegação do Centro da Ordem dos Arquitectos, Secção Regional do Sul, que terá lugar no Centro Cultural no dia 9 de Dezembro pelas 17h00.


Recorda-se que este documentário já foi exibido no âmbito da actividade Projectar, na 50.ª sessão que se realizou na carruagem auditório do Museu Nacional Ferroviário, também no Entroncamento.
A biografia do arquitecto Cottinelli Telmo pode ser consultada aqui.

Organização:
Município do Entroncamento

PROGRAMA:

9 de Dezembro, 17h00
Centro Cultural, Entroncamento
COTTINELLI TELMO
Uma Vida Interrompida

(2013, António-Pedro Vasconcelos e Leandro Ferreira, 58')

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

PROJECTAR #71


A 71.ª edição da actividade PROJECTAR efectua mais uma etapa da sua itinerância, desta vez em Castanheira de Pera, com mais uma sessão dupla, propondo-nos conhecer a vida e obra da dupla de arquitectos Cruz & Ortiz e do pintor, escultor e arquitecto Juan Navarro Baldeweg, e terá lugar no auditório da Biblioteca Municipal, no próximo dia 6 de Dezembro, pelas 19h00.



Ambos da série Elogio de la luz, com direcção de Juan M. Martín de Blas e realizados por José Manuel Castillejo em 2003, o primeiro é dedicado à vida e obra da dupla de arquitectos Antonio Cruz e Antonio Ortiz:

Os arquitectos sevilhanos Antonio Cruz e Antonio Ortiz são um exemplo claro da criação que se centra nos problemas do espírito humano acima das soluções técnicas.
A estação sevilhana de Santa Justa ou o estádio madrileno de La Peineta são apenas uma amostra do talento e carácter desta dupla de prestígio internacional.



O segundo documentário debruça-se sobre a vida e obra do arquitecto Juan Navarro Baldeweg:

Pintor, escultor, arquitecto... qualquer campo serve a NAVARRO BALDEWEG para evidenciar a sua alma de artista requintado e brilhante. A luz blanca da Marina Alta de Alicante dá-nos algumas pistas da actividade criadora.



Com estas sessões propõe-se esta Delegação da Ordem dos Arquitectos exibir documentários de Arquitectura, como forma de divulgar a vida e obra de arquitectos com importância na história e teoria da arquitectura, nacional e internacional, de várias épocas e movimentos, e assim contribuir para o enriquecimento da cultura arquitectónica na nossa região.

Estas sessões destinam-se, para além dos arquitectos da região, a outros técnicos e a todas as pessoas com curiosidade e interesse nestes temas, sendo de acesso livre mas limitadas à lotação do auditório da Biblioteca Municipal de Castanheira de Pera, que está disponível para o efeito.

Apoio:
Município de Castanheira de Pera

PROGRAMA:

6 de Dezembro, 19h00
Auditório da Biblioteca Municipal de Castanheira de Pera
CRUZ & ORTIZ
Essência do sul

(2003, José Manuel Castillejo, 25')
JUAN NAVARRO BALDEWEG
A volúpia do olhar

(2003, José Manuel Castillejo, 28')

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

ARQUITECTURA AO CENTRO #97



RECONVERSÃO DE PALHEIRO EM APOIO DE PISCINA
FERREIRA DO ZÊZERE, PORTO DA ROMÃ

Henrique Barros-Gomes
HBG
2012

Um antigo apoio agrícola, totalmente obsoleto, é reconvertido numa confortável "poolhouse" e sala de jogos, extensão da casa principal da propriedade.
Mantêm-se uma volumetria semelhante à da construção existente, mas simplifica-se e reorganiza-se a compartimentação interior.
Diversas portadas de maeira, deslizantes, protegem os vãos da intrusão e do excesso de exposição solar, animam as fachadas e estabelecem um contraponto à alvura das paredes brancas.
Simplicidade, modernidade e tradição combinadas.

site: henriquebgomes.com

ver mais sobre o projecto:
archello.com

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

PROJECTAR EM CASTANHEIRA DE PERA


Castanheira de Pera acolhe a próxima sessão da actividade PROJECTAR no próximo dia 6 de Dezembro, com a exibição de dois documentários sobre arquitectos espanhóis, o primeiro sobre a dupla Antonio Cruz e Antonio Ortiz e o segundo sobre Juan Navarro Baldeweg, a partir das 19h00 no auditório da Biblioteca Municipal.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

AIRES MATEUS - ARQUIVO 1998 – 2018


exposição
AIRES MATEUS
ARQUIVO 1998 – 2018

Salas do Noviciado, Convento de Cristo, Tomar
23 de Novembro a 31 de Janeiro

“AIRES MATEUS – ARQUIVO 1998 – 2018”, a exposição que percorre os últimos 20 anos do Atelier Aires Mateus, inaugura no próximo dia 23 de novembro, às 18H00, no Convento de Cristo, em Tomar. Para esta retrospetiva, os arquitectos Manuel e Francisco Aires Mateus escolheram 54 projetos, apresentados em 91 maquetes, nas salas do Noviciado do Convento da Ordem de Cristo.



Esta exposição de Arquitectura acontece no âmbito da parceria entre a Direção Geral do Património Cultural – Convento de Cristo, a Delegação do Centro da Ordem dos Arquitectos – Secção Regional Sul, que trouxe já ao monumento Património Mundial da Humanidade UNESCO, exposições dos arquitectos Nuno Mateus e José Mateus (ARX Portugal), Souto de Moura e Carrilho da Graça.

Manuel e Francisco Aires Mateus nasceram em Lisboa em 1963 e 1964. Formaram-se na Faculdade de Arquitectura /U.T.L. em 1986 e 1987 respetivamente. Começaram a colaborar com o arquitecto Gonçalo Byrne a partir de 1983. Em 1988 começaram a desenvolver projetos enquanto autores. O atelier Aires Mateus é fundado nessa altura pelos dois irmãos, embora ocupando ainda um espaço dentro do atelier do arquitecto Gonçalo Byrne.
A crescente escala de projetos fez com que se estabelecessem num espaço maior e autónomo para responder às solicitações de trabalho. Desde então, a dimensão e quantidade de trabalho tem sido prolífica, resultando em diversos prémios de arquitectura nacionais e internacionais. A visibilidade do seu trabalho originou convites para realizar conferências e lecionar em várias instituições internacionais, como a Graduate School of Design em Harvard, a Accademia de Arquitectura de Mendrisío entre outras em Portugal. Neste momento, a estrutura abrange dois escritórios, ambos em Lisboa, e estabelece diversas parcerias com ateliers locais para o desenvolvimento de projetos internacionais.

Manuel Aires Mateus foi Prémio Pessoa em 2017.

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

ARQUITECTURA AO CENTRO #96



CENTRO ESCOLAR DE BEMPOSTA
ABRANTES, BEMPOSTA

Manuel Aires Mateus e Francisco Aires Mateus
com Humberto Silva, Humberto Fonseca, Pedro Canotilho, Marco Campolongo e João Esteves
Aires Mateus & Associados
2012

O centro Escolar de Bemposta localiza-se a Poente do Bairro 25 de Abril, e foi desenvolvido para a Câmara Municipal de Abrantes.
O Projecto compreende a construção de um edifício térreo com três volumes prismáticos rodados entre si, formando um corpo geométrico agrupado. A intervenção compreende uma área de construção de aproximadamente 1 700 m², estando a escola implantada num terreno com cerca de 5 750 m².
O Programa definido para a escola compreende valências ao nível do ensino básico e pré-escolar, pretendendo-se ainda a construção de áreas sociais e de apoio, tais como refeitório suportado por cozinha, áreas administrativas e biblioteca.

site: airesmateus.com

ver mais sobre o projecto:
afasiaarchzine.com
afaconsult.com
divisare.com
facebook.com/pg/mrb.dsgn
ultimasreportagens.com

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

ARQUITECTURA AO CENTRO #95



MORADIA UNIFAMILIAR
CASTELO BRANCO, BENQUERENÇAS

Alexandra Belo e Vitor Mingacho
dbA arquitectura
2012

Reconversão de palheiro em moradia unifamiliar.

site: dbaarquitectura.com

ver mais sobre o projecto:
archilovers.com

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

PROJECTAR #70


A septuagésima sessão da actividade PROJECTAR será no Fundão, e pretende homenagear o arquitecto Robert Venturi, falecido no passado dia 18 de Setembro, e a sua mulher e colaboradora a arquitecta Denise Scott Brown, e terá lugar no dia 7 de Novembro no auditório da Biblioteca Municipal Eugénio de Andrade pelas 19h00.



Realizado por Michael Blackwood em 1987, antes de lhe ser atribuído o prémio Pritzker em 1991, o documentário conta com a participação, para além dos arquitectos em foco Robert Venturi e Denise Scott-Brown, de Martin Pawley, Alvin Boyarsky, Philip Finkelpearl, Colin Amery, Gavin Stamp, Jules Lubbock, Sir John Sainsbury, Vincent Scully e do Princípe Carlos de Gales:

Filmado durante a concepção e realização da ampliação Sainsbury da National Gallery de Londres, Venturi fala das experiências reveladoras com a arquitectura clássica que levaram à sua revolucionária reavaliação da arquitectura moderna e à sua obra de refência de 1966, Complexidade e Contradição. A sua mulher e sócia arquitecta Denise Scott Brown descreve a sua formulação dos princípios do pós-modernismo em Las Vegas e noutros sítios. Historiadores de arquitectura quer atacam quer defendem a ampliação da National Gallery e o trabalho de Venturi e Scott Brown. O video faz o levantamento das pricipais obras do casal. Filmado com os arquitectos em Las Vegas, Roma, Veneza, Filadélfia, e na casa da sua mãe na Pensilvânia.




Com estas sessões propõe-se esta Delegação da Ordem dos Arquitectos exibir documentários de Arquitectura, como forma de divulgar a vida e obra de arquitectos com importância na história e teoria da arquitectura, nacional e internacional, de várias épocas e movimentos, e assim contribuir para o enriquecimento da cultura arquitectónica na nossa região.

Estas sessões destinam-se, para além dos arquitectos da região, a outros técnicos e a todas as pessoas com curiosidade e interesse nestes temas, sendo de acesso livre mas limitadas à lotação do auditório da Biblioteca Municipal Eugénio de Andrade, no Fundão, que está disponível para o efeito.

Apoio:
Município do Fundão

PROGRAMA:

7 de Novembro, 19h00
Biblioteca Municipal Eugénio de Andrade, Fundão
ROBERT VENTURI E DENISE SCOTT BROWN
(1987, Michael Blackwood, 58')

sábado, 20 de outubro de 2018

ARQUITECTURA AO CENTRO #94



CASA EM LITEIROS
TORRES NOVAS, LITEIROS

Paulo Henrique Durão
Daniel Gil Tomé, Jennifer Duarte, José António Martins, Alexandre Calado
Phyd Arquitectura
2008

Sonhámos uma casa,
uma casa que crescesse das suas raízes,
que conquistasse o seu espaço entre o terreno que a alimenta, e o tronco próprio de uma árvore.

Uma casa que fosse uma árvore enraizada, que pudesse crescer, ganhar corpo, expressão e a sua própria identidade. Olhámos em volta e percebemos que entre a presença de oliveiras perfeitamente enraizadas na história daquele lugar e a morfologia do próprio terreno existia já um espaço próprio de seres vivos. Agora, o desafio era tentar tornar possível o habitar humano, neste interstício entre matéria e o raízoma de uma árvore.

Por entre memórias de uma criança que havia despertado para o mundo perto de ali, existia uma imagem ténue da extraordinária vila cardillium, sinal da outrora presença Romana. Mas nós não podíamos fazer uma casa em torno de um pátio, que raiva, perto de ali houvera um Arquitecto que pudera fazer uma casa em torno de um pátio.

Necessitávamos de fazer um muro, que cortasse a influência dos ventos de norte que sopravam gélidos, e permitisse gerar um habitar perene, os planaltos têm destas coisas.
Queríamos sobrepor as suas vivências num mesmo plano, converter o habitar dos espaços de estar, dormir, cozinhar, trabalhar, num mesmo espaço de sentido familiar, e ao mesmo tempo tão próximos e tão distantes.
Construímos um esqueleto capaz de albergar estas distintas vontades, e fizemos como muitos outros tinham feito anteriormente, colocámos uns planos verticais capazes de definir o espaço, de o orientar, de conferir-lhe escala, dobrámos esses mesmos planos no sentido horizontal para nos protegermos. Tentámos perceber se alguém lá poderia viver.

A vida contemporânea não se compadece com a existência de histórias da história.
Sonhámos uma casa para a Blimunda sete luas e para o Baltazar sete sóis.

site: phydarquitectura.com

ver mais sobre o projecto:
architizer.com
habitarportugal.org

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

PROJECTAR NO FUNDÃO


O Fundão volta a receber a itinerância da actividade PROJECTAR, no próximo dia 7 de Novembro, com uma sessão dedicada ao recentemente falecido arquitecto Robert Venturi e à sua mulher e colaboradora arquitecta Denise Scott Brown, pelas 19h00 na Biblioteca Municipal Eugénio de Andrade.



Mais informações em breve.

terça-feira, 16 de outubro de 2018

ARQUITECTURA AO CENTRO #93



CASA E ATELIERS
CASTELO BRANCO, CHÃO DA VÃ

Cláudia Melo
Cláudia Melo Arquitectura
2011

O projecto de uma residência e ateliers para artes tem a intenção de criar um complexo para trabalhar e viver, ao invés de ser somente uma casa. Foi especialmente projectada para as necessidades de seus habitantes - um casal de artistas visuais - e de acordo com o terreno - uma paisagem grosseira com um clima quente e seco entre a cidade de Castelo Branco e a Espanha. O local específico possui um pequeno rio, pedras e uma vegetação superficial com um sentido único de beleza. Não há árvores excepto ao lado do rio e um penhasco domina o terreno e permite vistas de 360 graus. A construção situa-se aqui.
Este complexo para trabalhar e viver possui um centro, um campo aberto como um pátio que organiza todos os espaços - interior, exterior e circulações. Funcionalmente, este vazio é equivalente a um claustro medieval já que é um local entre o interior e o exterior que pode ser percorrido em toda sua extensão. Os espaços adjacentes são fragmentados em blocos de acordo com sua funcionalidade - do doméstico ao público, incluindo as circulações. Os volumes são distribuídos de norte a sul e do público ao privado e os primeiros volumes vistos da entrada são os ateliers que protegem a residência. Uma narrativa com objectivo e estética funcionais revelam um código: volumes que correspondem a locais para viver/trabalhar são cinzentos e fazem apelo à estabilidade devido aos seus acabamentos feitos de blocos de betão e chapas de aço com linhas horizontais. No sentido oposto, as circulações são vibrantes e dinâmicas já que são vermelhas, feitas com chapas de aço com linhas verticais e projectadas com geometria complexa.
A conjunção complementar de materiais e cores reflectem as residências tradicionais de Castelo Branco, onde as paredes são sólidas, feitas com pedra cinzenta, portas de madeira e janelas pintadas de vermelho. Vermelho é a melhor cor para proteger o interior tanto do calor quanto do frio extremo devido ao seu espectro de cor.
Sustentabilidade é uma questão muito importante e a residência está organizada em dois pavimentos que estão integrados na paisagem natural. A maioria dos compartimentos está virado para o sul e são sombreados pela geometria de varandas e grelhas para receber a luz natural e o ganho de calor durante o inverno e os evitando no verão. A ventilação transversal natural permite um arrefecimento natural da edificação especialmente nas noites de verão. A massa termal das paredes de betão ajudam criando uma bateria de calor para prevenir a radiação solar excessiva no verão e minimizando a perda de calor do interior no inverno. Materiais e soluções construtivas de baixo custo também expressam a sustentabilidade e arquitectura sem desperdício.
No primeiro pavimento o quarto do casal possui uma instalação sanitária integrada devido a razões de estética, funcionais e sustentáveis: a instalação sanitária está virada para sul por uma grande janela e é separada do quarto por grandes portas-janela. No verão estas portas são abertas e a ventilação natural vem do exterior para resfriar tanto o quarto quanto a instalação sanitária. No inverno elas fecham ambos os espaços e uma zona tampão é criada na instalação sanitária para receber a radiação solar do exterior, introduzindo-a no quarto através de convecção.
A paisagem rude agora absorve este novo elemento e os proprietários que ali vivem estão imprimindo seus próprios padrões de tempo e espaço. A edificação agora pertence a todos eles.

site: claudiamelo-arquitectura.com

ver mais sobre o projecto:
archdaily.com
archdaily.com.br
plataformaarquitectura.cl

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

ARQUITECTURA AO CENTRO #92



CASA RAINHA
CALDAS DA RAINHA, FOZ DO ARELHO

Bruno Erpicum
Atelier d’Architecture Bruno Erpicum & Partners
2011

Betão envolve o edifício, como uma pele envelhecida pelo tempo sob o sol e o clima de Portugal. Esta pele tem rugas e algumas pequenas falhas que são reveladas com a luz, o que denota a força de seu carácter.
Sob a zona de actividades diárias, exposta à luz e ao ar, está um ambiente familiar subterrâneo. Funciona como uma sala intermediária antes dos quartos. O sofá convida-nos a sentar por um momento e revelar os segredos do material cru, único elemento de decoração.
Os quartos incluem uma instalação sanitária com chuveiro. Tudo é incorporado numa única sala para optimizar o espaço. Isso é o que conta.
O bloco central da zona de actividades diárias é onde está apoiada a cobertura, como um guarda-chuva rodeado por uma coroa de luminosidade.
Ao cair a noite, pode-se até pensar que uma estrela caiu na terra.

site: aabe.be

ver mais sobre o projecto:
archdaily.com
archdaily.com.br
archello.com
archilovers.com
architizer.com
plataformaarquitectura.cl
ultimasreportagens.com

sábado, 6 de outubro de 2018

ARQUITECTURA AO CENTRO #91



CASA S+M TORRES
TORRES VEDRAS, SANTA CRUZ

Cristina Castelo Branco e Manuel Lema Barros
Lema Barros + Castelo Branco, Arquitectos
2010

Iniciámos o projecto em 2004, logo após o regresso da Bienal de Veneza. O sítio: ímpar. Debruçado sobre o oceano. Ponto final da mancha urbana: limite e confronto com o extenso campo a sul. Recentemente concluída, a casa já transpira vida. A tridimensionalidade procurada em projecto materializou-se, visivelmente, na obra. A casa forma um gaveto de remate de duas frentes construídas. Simultaneamente enfatiza a sua relação com o mar, elevando-se do solo e projectando-se sobre a arriba, olhando o horizonte. No interior, cada janela é uma tela que emoldura as distintas paisagens do entorno. No terraço, em açoteia, domina-se a envolvente, desde a mancha espraiada da povoação, o Mar, as Berlengas e o Cabo Carvoeiro ao longe, a Serra da Vila, o Varatojo, até á Serra de Montejunto. Esta casa é um barco, ancorado em terra a vigiar, atento, o mar.

site: lemabarroscastelobranco.blogspot.com

ver mais sobre o projecto:
architizer.com

terça-feira, 2 de outubro de 2018

ARQUITECTURA AO CENTRO #90



AGÊNCIA BANCÁRIA
LEIRIA, COLMEIAS

Eduardo Rodrigues
com Carlos Lagoa
2L Atelier Arquitectos
2013

Inserido num edifício que visa a requalificação de uma antiga zona industrial, o projecto nasce da necessidade da criação de um novo conceito para uma agência bancária, que pretende incluir também um novo conceito de balcão de atendimento, por consequência uma nova organização, aparência e linguagem que identificasse esta instituição, pretende-se assim dar reposta a esta procura de uma renovada imagem que se deseja coesa, reconhecível entre todas as dependências/balcões, simples na sua forma, sólida, comunicativa e acolhedora.
A ideia nasce deste modo a partir da utilização de dois objectos, uma caixa enquanto analogia à instituição e um balcão, tornando-se estes os protagonistas de uma estória que se desenvolve e organiza todo o espaço, espaço que consiste numa área ampla com aproximadamente 200m2.
A caixa de entrada, um elemento “sólido” em pedra que ganha dois universos, um maciço durante o dia e um translucido a noite revelando o seu interior, a sua identidade.
O balcão enquanto elemento produtor, balizador, de espaços e de proximidade entre utente e banco.
Criam-se espaços e objectos claramente delineados e monólitos que se traduzem no mote desta instituição “somos da terra” enquanto ideia de solidez, reafirmando a característica base da intervenção, pureza na geometria, gerando uma perceção identificativa única.

site: 2latelier.com

ver mais sobre o projecto:
archdaily.com
archdaily.com.br
archello.com
archilovers.com
architetti.com
architizer.com
arqa.com
arquitectura.estudioquagliata.com
arthitectural.com
chinaasc.org
designmag.cz
estacaoespacial.com
facebook.com/pg/2Latelier
joaomorgado.com

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

PROJECTAR #69


A sexagésima nona etapa da actividade PROJECTAR será na Lourinhã, com mais uma sessão dupla, desta vez dedicada a edifícios singulares da empresa Vitra e da Fundação Louis Vuitton, a realizar no dia 11 de Outubro no auditório do Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira pelas 19h00.



Ambos da série Architectures e realizados por Richard Copans, começamos com "VitraHaus", um showroom no complexo industrial da empresa Vitra, projectado pelo gabinete de arquitectos Herzog & de Meuron:

Em 2006 a empresa VITRA encomenda ao gabinete «Herzog & de Meuron» a construção de um edifício destinado à apresentação dos móveis da sua nova colecção «HOME». Será um museu e um showroom.
Os arquitectos propõem empilhar 12 casas de telhado de duas águas. 12 casas todas diferentes cujas combinação e intersecção criam espaços surpreendentes tanto pelo exterior como pelo interior.
Mais que um arquétipo, é uma casa feita de casas, um passeio em paisagens arquitectónicas sempre renovadas.




Segue-se "O Navio de Vidro", dedicado ao edifício concebido para a Fundação Louis Vuitton por Frank Gehry:

A Oeste de Paris, na orla da cidade, o edifício da Fundação Louis Vuitton construído por Frank Gehry entre 2006 e 2014.
A fim de construir um edifício digno das ambições do seu prestigioso cliente, Frank Gehry propõe um monumento de vidro que dará a ilusão de movimento.
Grandes envidraçados translúcidos e volumes brancos de formas orgânicas sucedem-se duma ponta à outra do edifício, interrompidos por fendas ou por sobreposições. Cada vela é singular, cada volume branco é único. Difícil falar de cobertura ou de fachada.
Os grandes envidraçados evocam grandes velas. Insufladas pelo vento, elas parecem indicar um movimento. O edifício não está apenas orientado de Este para Oeste. Ele tem uma direcção. Impulsionado pelos ventos de Oeste, um grande navio de vidro parece vogar para Paris.
Surpreendente edifício no qual o rigoroso ajustamento de peças únicas de vidro e de Ductal reconcilia o processo industrial com o gesto do artesão. Uma aproximação à indústria do luxo de que o edifício da Fundação é o último emblema.





Com estas sessões propõe-se esta Delegação da Ordem dos Arquitectos exibir documentários de Arquitectura, como forma de divulgar a vida e obra de arquitectos com importância na história e teoria da arquitectura, nacional e internacional, de várias épocas e movimentos, e assim contribuir para o enriquecimento da cultura arquitectónica na nossa região.

Estas sessões destinam-se, para além dos arquitectos da região, a outros técnicos e a todas as pessoas com curiosidade e interesse nestes temas, sendo de acesso livre mas limitadas à lotação do auditório do Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira, na Lourinhã, que está disponível para o efeito.

Apoio:
Município da Lourinhã

PROGRAMA:

11 de Outubro, 19h00
Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira, Lourinhã
VitraHaus
HERZOG & DE MEURON

(2011, Richard Copans, 26')
O Navio de Vidro
FRANK GEHRY

(2014, Richard Copans, 26')

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

PROJECTAR NA LOURINHÃ


A Lourinhã vai acolher a próxima etapa da itinerância da actividade PROJECTAR, no próximo dia 11 de Outubro quinta-feira, para mais uma sessão dupla com a exibição de documentários sobre dois edifícios singulares projectados pelos arquitectos Herzog & de Meuron e Frank Gehry, e terá lugar no auditório do Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira, pelas 19h00.



Mais informações em breve.

ARQUITECTURA AO CENTRO #87



SHOWROOM, LOJA E WINE LOUNGE DO CASAL DA COELHEIRA
ABRANTES, TRAMAGAL

Pedro Costa e Ana Barral
MODO Arquitectos Associados
2013

A Quinta do Casal da Coelheira dedicou-se à produção agrícola na primeira metade do século XX, tendo-se destacado ao longo dos anos na produção vinícola de referência, frequentemente premiada.
No sentido de adequar as características do espaço de atendimento ao público à qualidade dos seus produtos e às exigências actuais, decidiu em 2008 criar um novo espaço de showroom, loja e wine lounge, através da reabilitação de parte do edificado existente e enquadrado numa estratégia maior de modernização das instalações.
Esta intervenção valorizou profundamente a forma de comunicar da empresa com os seus visitantes e clientes. Aqui fica espelhado o rigor e a alta tecnologia envolvida nos processos decorrentes.
De facto, as unidades fabris eram, há poucos anos, partes “invisíveis”, em termos de comunicação e relações com entidades externas. Actualmente, passaram a ser peças muito importantes na transmissão dos valores centrais das empresas industriais.
Inspirada por esta constante evolução da Quinta e dos processos produtivos, a intervenção visa dignificar e enaltecer a história, tradição, qualidade, inovação e sofisticação.
Na prática, procedeu-se à remodelação da ala esquerda do edifício existente, aproveitando a zona em arcada que estava sub utilizada como parque de estacionamento. Assim, passou a fazer-se a entrada pela área de showroom e loja, com salas técnicas associadas, passando-se depois a um espaço amplo multifuncional onde se realizam, por exemplo, provas de degustação e lançamento de novos produtos. No piso superior existe uma sala de reuniões, com vista sobre o wine lounge.
Nos acabamentos e divisórias foram utilizados, com traço e design moderno, materiais naturais (pedra, madeira, metais) tradicionalmente associados a uma atividade de longa história como seja a agricultura e especialmente a vinicultura.
Com esta intervenção foram criadas condições de trabalho seguras e eficientes, em espaços de grande qualidade e responsabilidade ambiental e simultaneamente transmitir a todos os visitantes, sem necessidade de palavras, um firme empenho na tradição de qualidade, consistência e inovação características da Quinta do Casal da Coelheira.

site: modoassociados.com

ver mais sobre o projecto:
aeccafe.com
archdaily.cn
archdaily.com
archdaily.com.br
archello.com
architizer.com
plataformaarquitectura.cl
thearchitectureinsight.com

domingo, 16 de setembro de 2018

(A)RISCAR O PATRIMÓNIO NA VILA MEDIEVAL DE OURÉM


(a)Riscar o Património/Heritage Sketching é uma iniciativa da DGPC – Direção-Geral do Património Cultural, com apoio dos Urban Sketchers Portugal, integrada nas Jornadas Europeias do Património.
Este ano, o tema das Jornadas Europeias do Património – a que, desde 2014, nos temos associado – é Partilhar Memórias. Mais uma vez, não será difícil escolher um sítio interessante, em cada uma das localidades seleccionadas, adequado a este tema. A actividade realizar-se-á no dia 29 de Setembro, Sábado – de acordo com o calendário das Jornadas Europeias do Património (JEP) que decorrem, praticamente em toda a Europa, entre 28, 29 e 30 de Setembro.
Num repto mais uma vez lançado a todos os praticantes, profissionais, amantes ou curiosos do desenho e do sketching, terão lugar em Porto, Vila do Conde, Aveiro, Montemor-o-Velho, Castelo Branco, Leiria, Tomar, Ourém, Torres Vedras, Lisboa, Évora, Algarve (cidade a determinar), Madeira – Santa Cruz e Açores – S. Miguel, encontros que promoverão o registo gráfico dos locais e do tema escolhido.


Tendo em conta o tema desta 5.ª edição do (a)Riscar o Património, a escolha do grupo de sketchers da Delegação do Centro da Ordem dos Arquitectos recaiu sobre a Vila Medieval de Ourém e o seu castelo.

PROGRAMA:

10H00 - Ponto de encontro no Largo do Pelourinho, Vila Medieval de Ourém.
13h00 – Almoço oferecido pela Delegação do Centro da Ordem dos Arquitectos.
18h00 – Encontro final para troca de experiências e desenhos.

Anfitriões: Ricardo Cabrita e Pedro Costa

Organização:
DGPC – Direção-Geral do Património Cultural
Urban Sketchers Portugal
Organização local:
Delegação do Centro da Ordem dos Arquitectos

Apoio:
Pousada do Conde de Ourém

ARQUITECTURA AO CENTRO #86



POSTO DE TURISMO E ELEVADOR DO OUTEIRO
ALCOBAÇA, SÃO MARTINHO DO PORTO

Gonçalo Sousa Byrne e João Pedro Falcão de Campos
com Ana Moniz, Gabriela Raposo, Isabel Monteiro, José Ricardo Vaz, Luís Cordeiro, Luísa Ramalho, Neuza Talhão e Sofia Saraiva
Gonçalo Byrne Arquitectos + Falcão de Campos Arquitecto
2008

O projeto da Requalificação Urbana de S. Martinho do Porto pretende, num ciclo de 3 fases, contribuir para a valorização e enriquecimento da Vila. Para isso procura conciliar o individual e o colectivo, o novo e o pré-existente.
Com a intenção de vencer a barreira entre a cota baixa da vila e a cota alta do centro histórico, foi projectado um elevador panorâmico. Espaço vazio, corpo atravessado verticalmente por dois elementos transparentes de circulação, ambos públicos e privados, rompem a cobertura do edifício deixando-nos pousar nas diferentes praças da encosta.
O Largo José Bento da Silva, espaço miradouro com vista privilegiada sobre a baía, comunica com a cota do mar e com a vila através de uma sucessão de espaços que descem a encosta proporcionando praças, pausas e olhares.
O posto de turismo é livre e polivalente, agregando vários valores na sua pequena área, desde espaço expositivo, de reunião e de informação.

site: byrnearq.com e falcaodecampos.pt

ver mais sobre o projecto:
archdaily.com
archdaily.com.br
plataformaarquitectura.cl
tsm.tn.it

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

ARQUITECTURA AO CENTRO #85



CASA XIEIRA 1
LEIRIA, CARANGUEJEIRA

Sara Oliveira e Marco Guarda
A2+ Arquitectos
2008

Uma topografia acentuada, uma paisagem e uma exposição solar impares, intuíram diversas condições ao projecto.
Era necessário que a habitação se desenvolvesse num piso único, contivesse uma boa funcionalidade, uma boa exposição solar e um usufruto da paisagem.
Pretendeu-se que o portão de entrada descrevesse juntamente com a habitação e muros confinantes, um espaço-páteo de acolhimento.
Ao entrar pelo átrio de entrada deparamo-nos com a magnificência da vista a sul, prolongando-se pela sala até ao terraço exterior.
A zona social é delimitada da zona privativa, expostas a sul, por um pano de parede revestido a azulejo em que a fachada é intercalada por vãos de vidro e portadas metálicas. A recorrência a planos, quer de cobertura quer de fachada, salientes ao polígono de implantação, estabelecem separações tipológicas ou relações interessantes com o exterior. Pequenos momentos de pátios interiores ou recorrência a materiais regionais conferem unidade ao projecto.

site: a2mais.com

ver mais sobre o projecto:
habitarportugal.org
homify.pt
ultimasreportagens.com

sábado, 8 de setembro de 2018

ARQUITECTURA AO CENTRO #84



MORADIA UNIFAMILIAR
CASTELO BRANCO, ALCAINS

Alexandra Belo e Vitor Mingacho
dbA arquitectura
2012

Dado o contexto urbano do terreno a edificar, procura-se neste projecto integrar elementos volumétricos, cromáticos e materiais que possam resolver o enquadramento urbanístico da frente de rua que ocupa.
A forma obtida da implantação do edifício advém da sua distribuição funcional face às condicionantes geométricas do terreno, bem como às exigências quanto à densidade edificatória definidas pelo Plano Director Municipal de Castelo Branco.
Define-se uma distribuição dos espaços em três corpos, o que gera um espaço de pátio interior com ambientes exteriores diferenciados.
A volumetria do edifício, coerente com a sua definição em planta, é claramente recortada em três volumes. Apesar de possuir dois pisos de altura constante, a cobertura apresenta diferentes alturas que se harmonizam com as cérceas dos edifícios adjacentes, gerando uma transição entre elas.
A distribuição da moradia inclui, no rés-do-chão, a garagem e a cozinha/zona de comer, com uma zona exterior de lavandaria num primeiro corpo.
No primeiro andar situam-se dois quartos com uma casa de banho comum e uma suite, com closet, terraço e instalações sanitárias próprias.
Apesar de que a volumetria se possa decompor nestes corpos no sentido longitudinal, os espaços relacionam-se entre si no sentido transversal, nomeadamente as zonas públicas da casa: a sala de estar com a zona de comer e cozinha, que se relacionam com o pátio através de superfícies envidraçadas. A escada que comunica os dois pisos assume também esta ligaçao transversal entre volumes longitudinais.
A entrada constitui um espaço independente do resto da casa, funcionando como uma antecâmara que antecede o âmbito privado.
Destacam-se, na fachada voltada para a rua, dois elementos fundamentais: uma grande janela que acompanha a subida da escada, cuja luz, matizada por um bastidor com tubulares metálicos horizontais, entra no espaço de circulação comum; e uma sacada no primeiro andar, cuja luz desce à sala de estar do piso de entrada através de um espaço de duplo pé direito.
Este último elemento integra um eixo visual entre a rua e o espaço interior do terreno, pois está enfrentado a uma janela situada no pátio interior. Com efeito, este eixo é marcado, não só pela comunicaçao visual, mas também física do edifício, uma vez que incorpora também a entrada da casa. Por este motivo, decidiu-se marcá-lo com um tratamento material e cromático diferenciado a nível de fachada.

site: dbaarquitectura.com

ver mais sobre o projecto:
archilovers.com

terça-feira, 4 de setembro de 2018

ARQUITECTURA AO CENTRO #83



CASA CASAL DOS CLAROS
LEIRIA, AMOR

Joel Esperança e Ruben Vaz
Romeu Sousa (designer)
com Frederico Louçano, Hugo Rainho, Margarida Carrilho
Contaminar Arquitectos
2015

Moradia unifamiliar de dois pisos – rés-do-chão e cave – realizada pelo atelier Contaminar, situada entre a ruralidade dos campos do rio Lis e a urbanidade da periferia da cidade de Leiria.
Inserida num terreno de pequenas dimensões, a habitação localiza-se numa zona urbana caótica de pequena escala, rodeada de estufas e zonas de cultivo. Ocupando os seus limites, é a própria habitação que faz a vedação do terreno, vivendo à volta de pequenos pátios. Estes pátios asseguram a privacidade e transportam o utilizador para um lugar diferente, de ambiente introspectivo, criando uma composição de cheios e vazios na planta e nos alçados.
A geometria geral da casa, de aparência rígida, é interrompida por aberturas circulares, que introduzem a poesia necessária nos diversos espaços. Os vários eixos assentam numa quadrícula de 3,5x3,5 metros que organiza e disciplina o espaço. No centro da construção existe um pátio que a atravessa até à cave, fazendo, no piso superior, a divisão entre área social e área privada. Na zona mais íntima, outro pátio separa a suite dos restantes quartos.
Junto à cozinha existe um terceiro pátio que se relaciona com o exterior, revestido a madeira sucupira, e que nos faz questionar se estamos num espaço interior ou exterior. No pátio da suite temos a mesma sensação, pois são espaços híbridos, distintos e confortáveis.
Os dois pátios centrais da casa encontram-se num espaço único ajardinado na cave, que se relaciona com a área de ginásio e com uma zona de convívio. Parte desse jardim situa-se num meio piso e faz a separação de outro pátio da cave, com funções mais técnicas. O espaço da cave é marcado pela presença do betão, e da iluminação zenital que, sendo mais filtrada, proporciona um ambiente de maior dramatismo.

site: contaminar.pt

ver mais sobre o projecto:
archdaily.com
archdaily.com.br
archello.com
archilovers.com
artravelmagazine.com
jornal.amormais.pt
jornaldeleiria.pt
homify.co.uk
homify.pt
noticiasarquitectura.info
plataformaarquitectura.cl
publico.pt
ultimasreportagens.com


sexta-feira, 31 de agosto de 2018

ARQUITECTURA AO CENTRO #82



CENTRO INTEGRADO DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS
VILA NOVA DA BARQUINHA, VILA NOVA DA BARQUINHA

Manuel Aires Mateus e Francisco Aires Mateus
com Humberto Silva, Miguel Valério, Francisco Caseiro, João Caria e Humberto Fonseca
Aires Mateus
2009

Os universos que frequentamos na infância tendem a perdurar nas nossas memórias. É o tempo em que nos relacionamos com a arquitectura de um modo mais livre e genuíno. Estabelecem-se apropriações e hierarquizações intuitivas dos valores da arquitectura. Interessa por isso identificar o património que é estimado por todos, e sobre o qual se podem desenhar as memórias que se construirão.
Num território não conformado define-se um perímetro quadrado: forma autónoma e clara. A necessidade de diferentes funções na escola estabelece o pretexto para espaços distintos. Cada compartimento é uma experiência autónoma com escala, proporção e identidade própria. A agregação de todos os volumes define o seu valor iconográfico exterior. No interior protegido é definido um espaço intersticial, infinito por não revelar o seu inicio ou fim, que é usado como recinto lúdico.
É uma estrutura de ausência e ocupação que mimetiza os princípios que sempre se encontraram nas aglomerações urbanas.
Escolhe-se um vão replicável para todas as necessidades e define-se um acabamento generalizado para todos os espaços. A criteriosa economia destes elementos faz ressaltar a diversidade dos espaços.
A intensidade deste novo universo propõe-se na serena sucessão de momentos únicos.

site: airesmateus.com

ver mais sobre o projecto:
afasiaarchzine.com
archdaily.com
archdaily.com.br
arcstreet.com
divisare.com
elcroquis.es
issuu.com/girpbarquinha
minimalissimo.com
plataformaarquitectura.cl
thehardt.com
ultimasreportagens.com

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

PROJECTAR #68


A sexagésima oitava sessão da actividade PROJECTAR, será preenchida com dois documentários sobre cinco casas portuguesas construídas nos anos 1990s, projectadas pelos arquitectos Egas José Vieira, Nuno e José Mateus, Gonçalo Byrne, Eduardo Souto Moura e Manuel e Francisco Aires Mateus, e realiza-se no próximo dia 13 de Setembro, pelas 19h00, no Auditório do edifício da Câmara Municipal de Alcanena.



Ambos da série Ver Artes com autoria de Manuel Graça Dias e realizados por Edgar Feldman em 1996, o primeiro documentário a exibir, intitulado Duas Casas Alentejanas, originalmente transmitido na RTP2, em 8 de Fevereiro de 1996, será dedicado a duas casas construídas no Alentejo:
Programa apresentado por Manuel Graça Dias sobre arquitetura dedicado a duas casas alentejanas, a Casa de Tróia, da autoria do arquiteto Egas José Vieira e a Casa de Melides, da autoria dos arquitetos Nuno e José Mateus.


Casa de Tróia, Arq.º Egas José Vieira
Casa de Melides, Arq.ºs Nuno e José Mateus


Três casas construídas no norte do Ribatejo serão o tema do segundo documentário, intitulado Três Casas em Alcanena e originalmente transmitido na RTP2, em 11 de Abril de 1996:
Programa apresentado por Manuel Graça Dias sobre arquitetura, dedicado a três casas em Alcanena, da autoria dos arquitectos Eduardo Souto de Moura, Manuel e Francisco Mateus e Gonçalo Byrne.


Casa César Ferreira, Arq.º Gonçalo Byrne
Casa de Alcanena, Arq.º Eduardo Souto Moura
Casa em Alcanena, Arq.ºs Manuel e Francisco Aires Mateus


Com estas sessões propõe-se esta Delegação da Ordem dos Arquitectos exibir documentários de Arquitectura, como forma de divulgar a vida e obra de arquitectos com importância na história e teoria da arquitectura, nacional e internacional, de várias épocas e movimentos, e assim contribuir para o enriquecimento da cultura arquitectónica na nossa região.

Estas sessões destinam-se, para além dos arquitectos da região, a outros técnicos e a todas as pessoas com curiosidade e interesse nestes temas, sendo de acesso livre mas limitadas à lotação do auditório do edifício da Câmara Municipal de Alcanena, que está disponível para o efeito.

Apoio:
Município de Alcanena

PROGRAMA:

13 de Setembro, 19h00
Auditório do edifício da Câmara Municipal de Alcanena
DUAS CASAS ALENTEJANAS
(1996, Edgar Feldman, 26')
TRÊS CASAS EM ALCANENA
(1996, Edgar Feldman, 25')

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

ARQUITECTURA AO CENTRO #81



CASA LAEJO
ANSIÃO, AVELAR

Bruno Dias
Bruno Dias Arquitectura
2013

Um terreno de ondulação suave pontuado por oliveiras, onde o projecto surge como um elemento no território, um gesto mínimo, um quadrado. A casa parte de uma leitura dos muros existentes e da paisagem, nas suas diversas escalas e condições, atribuindo à residência um carácter intimista, voltada ao seu interior, garantindo mais privacidade.
Respondendo a um programa funcional específico, a casa procura estabelecer contatos com o lugar natural. No percurso através da casa, em diversos momentos, vislumbramos o espaço antes de usufruí-lo. Criou-se uma disposição dos ambientes em torno de um pátio, garantindo iluminação indireta nos espaços internos, circunscritos por um percurso que varia pela ação do espaço e da luz. A Casa é gerada a partir do lugar e das suas características, e aspira fundir-se nele.

site: brunodiasarquitectura.pt

ver mais sobre o projecto:
archdaily.com
archdaily.com.br
archinew.altervista.org
architonic.com
bloglovin.com
planosdecasas.net
plataformaarquitectura.cl

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

PROJECTAR EM ALCANENA


No dia 13 de Setembro, quinta-feira, regressamos a Alcanena para mais uma sessão da actividade PROJECTAR, com a exibição de dois documentários sobre cinco casas portuguesas dos anos 1990s dos arquitectos Egas José Vieira, Nuno e José Mateus, Gonçalo Byrne, Eduardo Souto Moura e Manuel e Francisco Aires Mateus, e que terá lugar no auditório do edifício da Câmara Municipal, pelas 19h00.


Ver Paços do Concelho de Alcanena num mapa maior

Mais informações em breve.