quarta-feira, 27 de novembro de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #179



CASA ÓBIDOS
ÓBIDOS, ARELHO

Fernando Coelho e Ana Loureiro
com Sérgio Silva e Luís Vieira
FCC Arquitectura
2018

O desenvolvimento do projecto teve como ponto de partida um conjunto de edifícios existentes, cujos interiores se encontravam em avançado estado de degradação, nalguns pontos mesmo em ruínas. Uniram-se as construções que se tornaram uma habitação.
O projecto visou alterar o menos possível o aspeto exterior das construções (conservando e recuperando as paredes exteriores), remodelando os interiores de acordo com as exigências de uma habitação contemporânea. A intenção foi revitalizar sem descaracterizar, requalificando os espaços que estavam “mortos” e articulando-os com novos espaços.
Promoveu-se o diálogo entre o velho e o novo, assumindo as diferenças entre ambos, salvaguardando e valorizando a identidade da construção existente.
A entrada no terreno é feita pelo seu extremo sul. Aqui mantiveram-se as paredes aí existentes e as coberturas sem telha, que passaram a funcionar como pérgula sobre o espaço destinado a estacionamento.
No prolongamento a norte desenvolve-se a casa. Unem-se dois volumes existentes através de um espaço construído em estrutura metálica e vidro, que funcionará como entrada e zona de distribuição.
Cria-se um volume destinado às zonas íntimas da casa (cinco suites). Este volume será semienterrado, abrindo-se a poente, de onde se pode disfrutar de magníficas vistas na direção da Lagoa de Óbidos. A cobertura ajardinada pode funcionar como prolongamento da zona exterior de lazer exterior, acedendo-se a ela através de umas escadas em caracol que ligam à área envolvente à piscina.
A cobertura ajardinada, além de contribuir para a sustentabilidade energética da habitação, reduz o impacto do volume construído, visualmente assemelhando-se a um jardim.

site: fc-arquitectura.com

ver mais sobre o projecto:
aeccafe.com
archdaily.cn
archdaily.com
archdaily.com.br
archello.com
estatemag.kz
flexalighting.net
idealista.pt
new.rushi.net
plataformaarquitectura.cl
ultimasreportagens.com

sábado, 23 de novembro de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #178



UNIDADE DE SAÚDE FAMILIAR DE SÃO MARTINHO DO PORTO
ALCOBAÇA, SÃO MARTINHO DO PORTO

Elisabete Mendes
Município de Alcobaça
2016







site: facebook.com/elisabete.mendes

ver mais sobre o projecto:
archilovers.com
facebook.com/elisabete.mendes

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

PROJECTAR EM ABRANTES


De volta à casa de partida, a próxima paragem da actividade PROJECTAR será na Sede da Delegação do Centro da Ordem dos Arquitectos, em Abrantes, para mais uma sessão dupla, com a exibição de dois documentários, o primeiro dedicado ao Pavilhão de Barcelona, do arquitecto Mies van der Rohe, e o segundo sobre as Termas de Pedra, em Vals, do arquitecto Peter Zumthor, no próximo dia 12 de Dezembro, pelas 19h00.



Mais informações em breve.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #177



CASA DE ARTES E CULTURA DO TEJO
VILA VELHA DE RÓDÃO, VILA VELHA DE RÓDÃO

Henrique Barros-Gomes
Plural, Lda.
2006

O complexo desenvolve-se em dois corpos diferentes, articulados por uma praça onde se localizam os acessos principais, destinados à Casa de Artes e Cultura do Tejo e à Biblioteca Municipal.
A intervenção tira partido da configuração do terreno, adaptando-se à sua topografia. A biblioteca, implantada no local de maior declive, é disposta em terraços, acompanhando o terreno. A Casa de Artes dispõe-se de uma forma mais plana, mas também num local de transição de cota em elevações naturais do terreno.
Uma pala em consola une os edifícios, servindo como elemento de ligação e protecção, cobrindo uma passagem através de "decks" de madeira sobre um espelho de água.
Os edifícios dispõem de grandes aberturas para as direcções mais apetecíveis, como as vistas a Sul, para o Tejo, estando mais fechados para as vistas menos interessantes, nomeadamente a unidade industrial de grande impacte, a Nascente.
Foi procurada uma imagem de sobriedade, por um lado e de grande modernidade, por outro, preconizando-se materiais nobres e ancestrais, como a pedra de xisto da região aparelhada de forma tradicional ou a madeira, aliados a materiais que introduzem uma imagem mais contemporânea, como o zinco ou os metais e grelhas de cor escura, intercalados com grandes envidraçados, criando efeitos cenográficos consentâneos com o programa a implementar.
A Biblioteca Municipal de Vila Velha de Ródão, projectada simultaneamente, foi construída alguns anos mais tarde.

site: henriquebgomes.com

ver mais sobre o projecto:
cm-vvrodao.pt
plural-planeamento.pt

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #176



EDIFÍCIO DE LOGÍSTICA E SERVIÇOS MTD
LEIRIA, ZONA INDUSTRIAL DE COVA DAS FAIAS

Filipe Saraiva
com Nélida Oliveira
Filipe Saraiva Arquitectos
2009

A intervenção solicitada, situa-se no lote n.º 10 da Zona Industrial de Cova das Faias (ZICOFA), em Leiria, num terreno com um desnível considerável, de cerca de 4 m, com orientação nascente/poente. O propósito do pedido foi a criação de um projecto que incluísse, em simultâneo, um armazém de calçado, "showroom" e serviços administrativos.
A forma do edifício estava condicionada ao polígono de implantação e toda a concepção do projecto se desenvolveu com base neste princípio. Um contentor metálico, cortado e aberto em dois corpos, com rotação do corpo menor paralelo à via, relativamente ao corpo de maior dimensão destinado ao armazém. Este último, segue um alinhamento paralelo aos restantes limites do lote.
Projectou-se um edifício monolítico, com uma imagem plástica forte, para onde se pretende transpor o conceito que esteve na origem do desenho. Há elementos físicos e gráficos que apesar de separados pelo corte, têm uma leitura de continuidade, o que reforça a imagem pretendida. É o caso do volume do cais, que funciona como contramolde do espaço de entrada, num jogo de cheio/vazio. Para enfatizar esta imagem surge, ainda, o número do lote (10) representado graficamente na fachada dos dois blocos, separado pelo corte que originou a rotação do bloco de menor dimensão.
O corpo rectangular de menor dimensão, que se separa do corpo do armazém funciona em dois pisos acima do solo. No rés-do-chão encontram-se os principais espaços de acesso ao público, nomeadamente a recepção, salas de espera e zona de exposição. Os restantes compartimentos deste piso são reservados ao pessoal que trabalha no estabelecimento e localizam-se mais próximos do armazém. Na continuidade destes compartimentos, este corpo funde-se com a área do armazém, garantindo assim uma ligação directa entre ambos. No piso superior deste corpo funcionam os gabinetes de direcção, comercial, marketing e design. As escadas junto à recepção, destinadas ao público, funcionam como um elemento de charneira entre o espaço de entrada e os serviços administrativos, integrando o balcão da recepção.
Toda a "pele" exterior do edifício é composta por um revestimento em chapa metálica, de forma a dar unidade ao volume. Na zona de escritórios foi previsto um plano inclinado na mesma chapa, com tratamento "micro perfurado" permitindo a entrada de luz filtrada, no interior do espaço. Os planos interiores, na zona do corte que separa os dois corpos, foram pintados numa cor forte e vibrante com o intuito de destacar a secção do volume e a rotação que originou a sua abertura.

site: www.filipesaraiva.pt

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #175



QUINTA DA PAIÃ
COVILHÃ, DOMINGUISO

Filipe Vogt Rodrigues, Inês Maia Vicente e Marta Mateus Frazão
Atelier Data
2005

Um grande olival estendido sobre a terra argilosa serve de cenário à casa. O acesso à quinta acontece a uma cota superior - Vista surpreendente sobre o extenso e aprumado olival, o rio Zêzere e ainda a Serra da Gardunha. A localização da casa impunha-se próxima do limite desta entrada que "vê por cima".
Pensámos sobre o limite. A tendência natural seria murar este pequeno grande e esmagador pedaço de terra. O sentido de propriedade e a salvaguarda daquilo que é nosso, é importante. Transferimos porém o limite - da propriedade à casa.

O projecto assentou sobre 3 premissas essenciais:

1) Construir um limite - (muro de ardósia cego). Linha que introduz a casa no terreno e constrói o limite da moradia. O seu desenho permite mediar a relação interior e exterior através da introdução de pátios.

2) Pátios de estadia/contemplação como meio de introduzir a paisagem dentro de casa.

3) Materialização - A utilização do material ardósia em contraste com o reboco à talocha pintado a branco, diferencia usos, e hierarquiza as relações que se pretendem evidenciar entre interior e exterior, correspondendo a fachada cega ao lado "duro" - lado de entrada da casa, e a fachada "mole" plano branco com grandes superfícies envidraçadas, ao lado que se pretende mais permeável ao exterior.

site: atelierdata.com

ver mais sobre o projecto:

sábado, 9 de novembro de 2019

RISCAR A ARQUITECTURA NA VILA MEDIEVAL DE OURÉM


Numa organização conjunta do Município de Ourém e da Delegação do Centro da Ordem dos Arquitectos, com o apoio dos Urban Sketchers Portugal e da Direção-Geral do Património Cultural, realiza-se no dia 23 de Novembro o evento Riscar a Arquitectura: Encontro de Diários Gráficos na Vila Medieval de Ourém, a partir das 10h00 junto à Galeria da Vila Medieval, convidando-se os amantes do desenho, e também da fotografia, a olhar para os edifícios e conjuntos urbanos de grande riqueza histórica e arquitectónica, como o é a Vila Medieval de Ourém.

PROGRAMA:
10:00H: Sessão de Desenho Urbano
13:00H: Almoço convívio (marcação obrigatória)
14:30H: Continuação dos trabalhos de Desenho Urbano
16:00H: Inauguração da Exposição “(a)Riscar o Património”


A exposição (A)Riscar o Património resulta de uma iniciativa da DGPC – Direção-Geral do Património Cultural, com apoio dos Urban Sketchers Portugal, que teve início em 2014, integrada nas comemorações das Jornadas Europeias do Património.
Associar a representação do património ao desenho, na sua vertente mais imediata e espontânea, dá o mote para este projecto, que tem como base a reunião, em várias vilas e cidades do país, num mesmo dia, entre sketchers, ilustradores, artistas ou simples amantes do desenho e que em 2019 realizou a sua sexta edição. São 6 anos de desenhos rápidos, feitos ao sabor do instante, em cadernos de diferentes dimensões e caraterísticas, a captar lugares, ambientes, pessoas, momentos e monumentos – já que o mote transversal a este projeto é, sempre, o património, em tudo o que encerra de diverso e universal.

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #174



CLUBHOUSE DE GOLF DO BOM SUCESSO
ÓBIDOS, BOM SUCESSO

Nuno Graça Moura e Luisa Rosas
com Rita Machado, Carlos Castro, Pedro Gonçalves
Nuno Graça Moura, Arq. Lda.
2012

O novo edifício situa-se à cota alta de uma encosta voltada para um lago construído e para o campo de golfe. Surge no remate do futuro hotel, de muito maior dimensão e de que se conhece um estudo prévio. Procuramos minimizar a preasença da construção e adaptá-la à topografia. O edifício apresenta-se fechado para a estrada e aberto para a paisagem. Uma laje espessa, pousa sobre paredes de pedra, que dividem o espaço interior e o delimitam para a estrada. O acesso é feito por uma rampa coberta. O átrio/loja distribui para a área administrativa, bar, restaurante, terraços, vestiários e garagem. A cobertura é ajardinada e, em parte, campo de golfe.

site: nunogracamoura.com

ver mais sobre o projecto:
facebook.com/pg/Nuno-Graça-Moura-Arquitecto-Lda

domingo, 3 de novembro de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #173


ÁREA DA ESTAÇÃO DE CASTELO BRANCO, ESPAÇO PÚBLICO POENTE
CASTELO BRANCO, CASTELO BRANCO

Nuno Lourenço e Lúcia Manso
com NPK arquitectos paisagistas associados
RISCO
2018

A solução de desenho urbano, cuja obra da primeira fase se encontra concluída, permitiu criar um novo jardim público entre a Rua Pedro da Fonseca e a Estação com uma área de cerca de 5.000 m2, na envolvente do qual ganharão destaque os bonitos edifícios do complexo ferroviário, a conservar, as chaminés da antiga metalúrgica e o futuro viaduto, projetado como um elemento de caracterização do espaço urbano e não como uma estrutura meramente rodoviária.
Na segunda fase deste projeto, com a construção deste viaduto, será possível estabelecer um percurso ciclável entre a zona a norte e a zona a sul da via-férrea e melhorar globalmente a acessibilidade ao bairro do Barrocal. Esta nova ligação afasta definitivamente a hipótese de continuação rodoviária da Avenida Nun’Álvares, preservando assim a antiga estação e o ambiente urbano da mesma Avenida.

site: risco.org

ver mais sobre o projecto:
ultimasreportagens.com