quarta-feira, 28 de março de 2018

PROJECTAR #64


A sexagésima quarta sessão da actividade PROJECTAR será dedicada à premiada arquitecta anglo-iraquiana Zaha Hadid, e terá lugar no auditório do Centro Cultural Gil Vicente, no Sardoal, no próximo dia 12 de Abril, pelas 19h00.



O documentário intitulado "Zaha Hadid... Who Dares Wins", datado de 2013, foi anteriormente exibido na 41.ª sessão PROJECTAR, em Idanha-a-Nova.
O perfil traçado por Alan Yentob da falecida Zaha Hadid, originalmente exibido em 2013, três anos antes da sua recente morte. Nascida em Bagdad em 1950 e instalada em Londres, Hadid foi talvez a mais bem sucedida mulher arquitecta de sempre. Ela foi uma da mão-cheia de arquitectos superestrelas globais que alteraram o modo como as pessoas pensam o mundo através dos seus edifícios. No entanto, nem sempre foi o caso - Hadid teve a reputação de não ser construível, uma 'arquitecta do papel' cujos projectos começaram como coloridas pinturas de formas que desfiavam a gravidade a explodirem no vazio. Como fez esta extraordinária e pioneira mulher - umas vezes sedutora, teimosa, visionária e no entanto exigente - para conseguir construir o impossível? Este documentário visita os seus edifícios espalhados pelo mundo, da Áustria ao Azerbeijão, para descobrir.




Com estas sessões propõe-se esta Delegação da Ordem dos Arquitectos exibir documentários de Arquitectura, como forma de divulgar a vida e obra de arquitectos com importância na história e teoria da arquitectura, nacional e internacional, de várias épocas e movimentos, e assim contribuir para o enriquecimento da cultura arquitectónica na nossa região.

Estas sessões destinam-se, para além dos arquitectos da região, a outros técnicos e a todas as pessoas com curiosidade e interesse nestes temas, sendo de acesso livre mas limitadas à lotação do Auditório do Centro Cultural Gil Vicente, no Sardoal, que está disponível para o efeito.

Apoio:
Município do Sardoal

PROGRAMA:

12 de Abril, 19h00
Centro Cultural Gil Vicente, Sardoal
ZAHA HADID
Quem ousa vence
(2013, Roger Parsons, 75')

ARQUITECTURA AO CENTRO #60



REABILITAÇÃO E AMPLIAÇÃO DO MUSEU DE JOSÉ MALHOA
CALDAS DA RAINHA, CALDAS DA RAINHA

João Santa-Rita
Santa-Rita Arquitectos
2009







site: santarita-associados.pt

ver mais sobre o projecto:
publico.pt
ultimasreportagens.com

terça-feira, 27 de março de 2018

CADERNOS DE VIAGEM DE ABRANTES

Desenho, Literatura, Fotografia, Vídeo, Jornalismo, Multimédia 3.ª Jornada


À semelhança dos “Carnets de Voyage” de Clermont-Ferrant, os Cadernos de Viagem de Abrantes são um espaço de encontro e de fusão do desenho com a escrita de viagens e outras artes como a fotografia e o vídeo.
Abrantes, cidade mais central de Portugal, lugar ideal de partida e de chegada, ou destino a descobrir em si mesma, será este ano palco de exposições de desenhos e cadernos de viagem, sendo uma coletiva, de artistas portugueses, e uma individual do espanhol José María Sánchez.
Paralelamente haverá um programa de workshops, lançamentos, feira do livro de viagens e residência artística com o desenhador José María Sánchez e o escritor Bruno Vieira Amaral.

ENCONTRO DE CADERNOS DE VIAGENS

No dia 7 de abril, entre as 10h e as 15.30h, com os participantes na exposição colectiva e na residência artística, mas aberto a todos os que quiserem viajar por Abrantes, desenhando, escrevendo sobre ela, fotografando, filmando, vivendo-a como mais lhes agradar.
No regresso à biblioteca (15.30h) será feita a partilha dos trabalhos desenhados.

MASTERCLASS com José María Sanchéz e apresentação do livro Abrantes: o caderno de Pedro Cabral (imagens) e Raquel Ochoa (textos), pelas 16h do dia 7 de abril, com a presença dos autores e aberta ao público em geral.

Entretanto, continuam a decorrer desde 7 de março até 27 de abril as restantes actividades desta iniciativa do Município de Abrantes, Biblioteca Municipal António Botto, com a colaboração da Delegação do Centro da Ordem dos Arquitetos - Secção Regional do Sul
Comissário: Eduardo Salavisa

EXPOSIÇÃO:
COM UM CADERNO NO BOLSO, de José María Sánchez
De 7 de março a 27 de abril // Biblioteca Municipal António Botto

OFICINAS:
Com um caderno no bolso: a viagem, o caderno, o esboço.
11 de abril de 2018 // 10:30
Escola Secundária Dr. Solano de Abreu
Por José María Sánchez
Desenho e escrita de viagem: as estórias que os desenhos não contam
13 de abril de 2018 // 18:00
Por Nelson Paciência
Ao vivo e a cores: desenho como terapia
21 de abril de 2018 //10:00
Por Teresa Ruivo

FEIRA DO LIVRO DE VIAGENS
De 9 de março a 27 de abril // Biblioteca Municipal António Botto
Em parceria com a livraria Ao Pé das Letras.

Programa completo:



Mais informações e inscrições em:
bmab.cm-abrantes.pt/.../162-cadernos-de-viagem-de-abrantes

sábado, 24 de março de 2018

ARQUITECTURA AO CENTRO #59



CASAS HBTS
ALCOBAÇA, SÃO MARTINHO DO PORTO

Alexandre Silva Fernandes
ASFgA
2012

Como todos os conceitos de aproximação ao projecto este parte também de uma atitude abstracta.
Neste caso o ponto de partida foi o de definir como área de implantação do projecto aprovado o limite dentro do qual se poderia delinear uma nova solução.
Desde o primeiro momento que a cota de soleira do projecto aprovado - 98,34m - se associou ao polígono de implantação, criando um plano horizontal virtual a partir do qual viriam a ser criados os volumes contentores da casa.
Assim ficou garantido que durante todo o processo de concepção nunca seria ultrapassada nem a área de implantação nem a cota de soleira.
Isto permite-nos afirmar que a solução desenvolvida a partir deste conceito manter-se-á sempre dentro dos parâmetros que tendo sido durante os processos anteriores alvo de dificuldades e tendo chegado a um ponto estável de acordo entre as entidades exteriores e a CMA devem permanecer intocáveis.

site: asfga.weebly.com

ver mais sobre o projecto:
archello.com
asfga.weebly.com
issuu.com/alexsfernandes

sexta-feira, 23 de março de 2018

PROJECTAR NO SARDOAL



Sardoal é o próximo destino da itinerância da actividade PROJECTAR, com sessão marcada para o dia 12 de Abril, pelas 19h00, no Centro Cultural Gil Vicente, com a repetição do documentário dedicado à arquitecta de origem iraquiana Zaha Hadid, que foi exibido anteriormente na 41.ª sessão, em Idanha-a-Nova.



Mais informações em breve.

terça-feira, 20 de março de 2018

ARQUITECTURA AO CENTRO #58



MUSEU MOINHO DE PAPEL
LEIRIA, LEIRIA

Álvaro Siza Vieira
Álvaro Siza Vieira
2009

O Moinho do Papel situa-se na antiga Rua da Fábrica, actual Rua Roberto Ivens, na margem esquerda do Rio Lis, próximo do núcleo urbano da cidade, que data do séc. XIII.
É um espaço museológico, ligado à aprendizagem de artes e ofícios tradicionais relacionados com o papel e o cereal e resulta de um projecto de recuperação e reabilitação levado a cabo por uma equipa multidisciplinar (desde o reconhecido Arquitecto Álvaro Siza Vieira aos técnicos do Município), com o objectivo de preservar a memória de artes e ofícios tradicionais inerentes a este património sociocultural, nomeadamente a moagem do cereal (milho, trigo e centeio), o fabrico do azeite e a produção do papel.

A intervenção efectuada caracteriza-se pela recuperação do antigo edifício do moinho, a construção de um novo corpo a partir de uma anexo existente e na requalificação dos espaços exteriores. Foi ainda recuperado o equipamento hidráulico e tecnológico de funcionamento do moinho.
A entrada faz-se por um pátio à volta do qual se organizam os edifícios. Os pequenos volumes de cor branca e cobertura em telha integram-se harmoniosamente na envolvente.
Num primeiro volume funciona a recepção e uma sala de exposição/multimédia. O corpo do antigo moinho alberga a Sala do Cereal, a Cozinha e a Sala do Papel. É-nos mostrado como se faz o papel a partir de trapos.

site: sizavieira.pt

ver mais sobre o projecto:
arquiteturaportuguesa.pt
cm-leiria.pt
divisare.com
guiasdearquitectura.com
ultimasreportagens.com

HÁ DEZ ANOS - LUGARES DE CULTO EM TOMAR

Depois da sua apresentação em Abrantes, Tomar recebeu a 20 de Março de 2008, na Casa dos Cubos, a primeira itinerância da exposição de fotografias de arquitectura de Rui Morais de Sousa, enquanto Lugares de Culto ou Culto dos Lugares, composta por dezasseis ampliações em grande formato de fotografias de obras de Álvaro Siza, Carrilho da Graça, Manuel Taínha, Fernando Távora, Gonçalo Byrne, Raul Lino, Eduardo Souto Moura e Vittorio Gregotti e Manuel Salgado.

(Clique na imagem para ver mais)

À inauguração seguiu-se uma conferência com o autor das fotografias da exposição, Rui Morais de Sousa, com o arquitecto Bernardino Ramalhete (recentemente falecido) na sua vertente de fotógrafo amador, e com Paulo Sousa, fotógrafo do Sardoal que colabora regularmente na publicação PapelParede, a quem foi lançado o repto para uma reflexão em torno do registo fotográfico de Arquitectura, as questões técnicas e as questões artísticas, com moderação do arquitecto Rui Serrano, presidente do Núcleo do Médio Tejo da Ordem dos Arquitectos.

A exposição esteve patente ao público de 20 de Março a 13 de Abril, da qual podem ser vistos alguns aspectos nas fotos seguintes e cujo catálogo pode ser consultado aqui.

sexta-feira, 16 de março de 2018

ARQUITECTURA AO CENTRO #57



LOJA E TEATRO RENOVA
TORRES NOVAS, ALMONDA

Paulo Henrique Durão
com Daniel Gil Tomé, Inês Belmarço, Inês Sá, João Ricardo Dias, Raul Serra, Tânia Figueiredo Dias
Phyd Arquitectura
2014

Time Capturing Machine – Store & Theatre RENOVA
“Let's indulge in a little science fiction for a moment. Time travel movies often feature a vast, energy‐hungry machine. The machine creates a path through the fourth dimension, a tunnel through time. A time traveller, a brave, perhaps foolhardy individual, prepared for who knows what, steps into the time tunnel and emerges who knows when. The concept may be far‐fetched, and the reality may be very different from this, but the idea itself is not so crazy.”
Stephen Hawking

Existia desde o início, a determinação em trabalhar o projecto como uma máquina, como uma MÁQUINA DE CAPTAR TEMPO. Naturalmente esta condição era resultante do sítio, do contexto e do espírito industrial, que se embrenhava no imaginário. Condição a que acrescia a vontade de captar o tempo e o seu discorrer, no projecto. Um discorrer de tempo e luz nos espaços, que permitisse afirmar ‐ a arquitectura capta tempo, a arquitectura captura o discorrer do tempo.
Vontade que originava diferentes questões. Como é possível, que matérias tão pouco densas, como o ar e a luz, consigam captar o tempo dentro de um espaço? Será o tempo, passível de ser capturado através da Arquitectura? Ou serão estas reflexões abusivas, apropriando‐se indevidamente de elementos não relacionáveis entre si? Espaço, Tempo e Arquitectura. Como será possível, através da Arquitectura articular estes diferentes conceitos?
A solução tomou corpo, a partir do momento em que encaramos a possibilidade de a Arquitectura ser uma MÁQUINA DE CAPTAR TEMPO, decisão que exigia uma metodologia de abordagem própria nas decisões do projecto. Por este fato, constituía‐se fundamental dividir esta questão em duas grandes áreas de actuação, SUPERFÍCIE e PERFURAÇÃO.
Pensar o projecto através da superfície, conferindo continuidade e expressão antagónica, demarcando com precisão os limites das suas superfícies fundamentais do projecto, interior e exterior. Demarcação efectuada através da matéria e da sua expressão própria, mas também através do desenho e da aferição do ponto de transição entre as duas SUPERFÍCIES. Consideramos que a superfície exterior seria construída e caracterizada, pela expressão própria do aço. Por oposição, a superfície interior seria caracterizada pela cor e pela sua expressão. O uso contínuo, de uma mesma cor ou de uma mesma matéria atribui ao projecto elevado nível de abstracção. Qualificando-o de duas superfícies, de carácter antagónico, que conferem contraste e simultaneamente enfatizam a outra premissa fundamental, a perfuração.
Perfuração sobre a superfície, que se obtém através de dois mecanismos diferentes, o corte e a perfuração propriamente dita. O corte verifica-se, nos seccionamentos efectuados na nave industrial pré-existente, resultando dessa acção as extremidades transparentes do espaço. O mecanismo da PERFURAÇÃO verifica-se nas restantes operações, variando apenas a sua escala e dimensão, consoante a qualificação pretendida nos espaços.
Procuramos através da arquitectura e desta máquina do tempo, construir espaços em que as pessoas pudessem experienciar a leveza e densidade do tempo e das suas diferentes temporalidades.

site: phydarquitectura.com

ver mais sobre o projecto:
archdaily.com
archdaily.com.br
archello.com
architizer.com
divisare.com
habitarportugal.org
iconic-architecture.com
obrasweb.mx
plataformaarquitectura.cl
ultimasreportagens.com
worldarchitecture.org



segunda-feira, 12 de março de 2018

ARQUITECTURA AO CENTRO #56



PISCINAS MUNICIPAIS EM PATAIAS
ALCOBAÇA, PATAIAS

Hélder Santos Delgado
Santos Delgado Arquitectura
2008

O LUGAR
O território, plano, pontuado pelos pinheiros e pela vegetação sub-arbustiva, oscila com pequenos montes de areia que aqui e ali vão aparecendo. Numa área vasta que é o pinhal de Leiria, as estradas compridas que rasgam a mancha contínua de árvores, constituem praticamente as únicas referências espaciais, tornando-se estas em eixos muito fortes.
O lote disponibilizado para a implantação das piscinas é periférico em relação à vila de Pataias situando-se num ponto de charneira entre o espaço urbano e o espaço florestal, num entroncamento de estradas que é uma das "portas" de entrada em Pataias, e tendo como única construção vizinha um bloco de habitação social com 4 pisos.

O CONCEITO
A construção resulta de um protocolo estabelecido entre o Município de Alcobaça e a empresa Secil, sendo uma das premissas para o projecto, a introdução de materiais do universo Secil como sejam os betões (branco, negro e colorido), os painéis de cimento e madeira “Viroc”, as argamassas e betumes “Secil-Martingança” e os prefabricados “Secil-Prebetão”.
Das primeiras reuniões estabelecidas com a Secil, ficou a intenção de construir um edifício onde o betão branco assumisse um papel de destaque por ser o produto nuclear da Secil e por ser em Pataias que se localiza a Cibra, a única fábrica de cimento branco do país.
Conjugando a possibilidade de usar um material como o betão branco, com um território praticamente plano e descartado de referências arquitectónicas e urbanas, surgiu a vontade de desenhar um edifício com um carácter de objecto plástico, uma escultura habitável que fosse pousada naquele espaço natural.
Contrariando o sentido de massa e peso inerente ao betão, imaginou-se uma “folha branca” que se recortou e se dobrou em vários planos, como se de um trabalho manual se tratasse e que depois se colocou naturalmente sobre o terreno.
Os planos da “folha branca” encontram paralelismo com os eixos das estradas adjacentes e a geometria com ângulos agudos pretende imprimir dinâmica à construção.
Dentro dos espaços delimitados pela “folha branca” surgem 2 volumes autónomos: um volume em betão preto que corresponde a um núcleo de salas para as instalações técnicas (filtros, bombas, central térmica, desumidificadores, arrumos) e para o pessoal adstrito ao funcionamento das Piscinas (sala dos professores, secretaria, gabinete da administração); e um outro volume em betão colorido (óxido de ferro) que agrega num nível inferior espaços de apoio para os utentes das piscinas (balneários, vestiários, instalações sanitárias e um ginásio), e num nível superior espaços para o público assistente (a plateia, um bar com as respectivas dependências e as instalações sanitárias).

site: facebook.com/Santos-Delgado-Arquitectura-Design

ver mais sobre o projecto:
archilovers.com
guiasdearquitectura.com
habitarportugal.org
tintafresca.net
ultimasreportagens.com
versor.org

sexta-feira, 9 de março de 2018

PROJECTAR COM RAÚL HESTNES FERREIRA


RAÚL HESTNES FERREIRA recentemente falecido, será um dos arquitectos em foco na próxima sessão PROJECTAR, a realizar nesta quinta-feira, dia 15 de Março, pelas 19h00, no auditório da Escola de Música, situado no edifício do ex-Quartel de Penamacor no Largo Tenente Coronel Júlio Rodrigues da Silva, em PENAMACOR.

RAÚL HESTNES FERREIRA (1931-2018)

Raúl José Hestnes Ferreira nasceu em 24 de Novembro de 1931, em Lisboa, filho do poeta e escritor José Gomes Ferreira. Do contacto desde muito novo com Francisco Keil do Amaral, amigo da família, tomou o gosto pela arquitectura.

Estudou arquitectura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto (onde foi aluno de Fernando Távora, que o marcou sgnificativamente), em Helsínquia, Finlândia, e na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, onde recebeu o diploma de Arquitecto em 1961. Com Bolsa de Estudos da Fundação Gulbenkian, estudou ainda nos Estados Unidos, na Universidade de Yale e na Universidade de Pensilvânia, na classe de Louis Kahn, onde lhe foi atribuído o Master in Architecture em 1963.

Colaborou em Ateliers no Porto, com Arménio Losa e Cassiano Barbosa (1955-57), em Helsíquia, Lisboa e Filadélfia, com Louis I. Kahn (1963-65), e com entidades públicas como a Câmara Municipal de Almada (1960-62), o Gabinete Técnico da Habitação (1965-68) e a Direcção de Serviços de Urbanismo (1970-71) ambos em Lisboa, e ainda em Beja ou com a Direcção Geral das Construções Escolares (1970-80).

Entre as suas primeiras obras destacam-se a casa em Albarraque para o seu pai (1960-61), a casa Shrimpton (1960) na Praia da Luz, em Lagos, o Edifício Guadiana (1966-76) em Monte Gordo, a remodelação da Papelaria da Moda (1966-68) em Lisboa, ou a casa de Queijas (1967-73).

Ensinou arquitectura no Departamento de Arquitectura da E.S.B.A.L. (1970-72), no Curso de Arquitectura da Cooperativa Árvore do Porto (1986-88), como Professor Catedrático convidado do Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra de 1991 até 2003, no ISCTE de 2001 a 2003, e no Departamento de Arquitectura da Universidade Lusófona, como Professor Catedrático de 2010 a 2018.

Como urbanista, foi responsável pelos Planos UNOR 40 e respectiva Praça Institucional (1971), em Lisboa, pela reestruturação do Plano da Cidade Universitária de Lisboa (1976), pelos Planos da Unidade Habitacional Estrada de Lisboa (1980) e da zona das Portas de Mértola (1984), ambos em Beja, coordenador do Sector de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Plano Regional Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa (PROTAML) (1990), ou do Plano de Pormenor para o Bairro da Rosa - Ingote (1994), em Coimbra.

Participou no SAAL (Serviço de Apoio Ambulatório Local) com a realização do projecto do Bairro das Fonsecas e Calçada (1974-86) em Lisboa. Seguiram-se os projectos para a Casa da Cultura da Juventude de Beja (1975-85), para o Edifício ISCTE I - Pavilhão Esplanada (1976-78) na Cidade Universitária de Lisboa, da Escola Secundária José Gomes Ferreira (1976-80) em Benfica, Lisboa, e o Ginásio da mesma escola (1978-80).

Também em Beja, projectou a Unidade Residencial João Barbeiro (1978-84) e a Unidade Residencial na Estrada de Lisboa (1978-87), e ainda a recuperação de uma Arcada do Século XVI na Praça da República (1982-83), pela qual recebeu o Prémio Cadernos Municipais de 1982. E para a Universidade de Lisboa projectou também a Faculdade de Farmácia (1979-97), o Centro de Patogénese Molecular desta Faculdade (1991-97), a Ala Autónoma do ISCTE (1989-95), o Centro de Formação do INDEG / ISCTE (1991-95) e o Edifício ISCTE II / ICS (1993-2002).

Entre outros projectos seus que merecem destaque estão a Agência da Caixa Geral de Depósitos de Avis (1985-91), a remodelação do Centro Desportivo e Estádio da Senhora dos Remédios (1986-93) em Lamego, a remodelação do Martinho da Arcada (1988-90) em Lisboa, o Tribunal Judicial da Moita (1988-94), a Biblioteca Municipal Bento de Jesus Caraça (1989-97) também na Moita, a adaptação de parte do Mosteiro de São Martinho de Tibães a Pousada (1991-92), a remodelação do Museu de Évora (1993-2002) ou o Centro de Recursos da Benedita (1995-2002) em Coimbra.

Tem obras publicadas em livros e revistas de vários países, incluindo uma monografia dos seus trabalhos (ASA, 2002), estando representado no "Dictionnaire d'Architecture de XX´me siécle". Efectuou conferências e participou em reuniões e exposições em Portugal e noutros países.

Foram-lhe, entre outros, atribuídos o Prémio Nacional de Arquitectura e Urbanismo da AICA (1982), o Prémio Nacional de Arquitectura da A.A.P. de 1993 (Construção, Técnica e Detalhe pela Agência da Caixa Geral de Depósitos de Avis), o Prémio Valmor em 2002 (ISCTE II / ICS) e as Menções Honrosas do Prémio Valmor em 1982 (Escola Secundária José Gomes Ferreira em Benfica) e 1993 (INDEG / ISCTE).

Faleceu a 11 de Fevereiro de 2018, em Lisboa.


Casa da Cultura da Juventude de Beja (1975-85)


Informações sobre os documentários aqui.
Mapa de localização do local onde decorrerá a sessão aqui.

Apoio:
Município de Penamacor

PROGRAMA:

15 de Março, 19h00
Auditório da Escola de Música, Penamacor
RAÚL HESTNES FERREIRA
(1993, Edgar Feldman, 25')
NUNO TEOTÓNIO PEREIRA
(1993, Edgar Feldman, 23')