segunda-feira, 30 de julho de 2018

ARQUITECTURA AO CENTRO #74



CASA NM + LG
ABRANTES, ABRANÇALHA

Paulo Miguez
Paulo Miguez Arquitectos
2009

Moradia de linhas contemporâneas edificada sobre o conceito de tensão de volumes, de cheios e vazios. Desenhada por dois paralelepípedos brancos os quais assentam sobre um plano formado por um muro de xisto, criando tensão na massa construída. O jogo de volumes transita para o interior, utilizando o vazado entre volumes para introduzir a escada de acesso que percorre todo o espaço de duplo pé direito.
Os volumes brancos albergam os compartimentos de descanso. No piso térreo são dispostas as zonas sociais, permitindo rasgar o volume por meio de grandes vãos envidraçados, ocultos por meio de portadas em madeira que dissimulam as fenestrações, provocando uma sensação de protecção a todo o volume construído ao nível do piso térreo.
Combinamos uma variedade de materiais improváveis, entre o tradicional e o industrial, numa combinação coerente, que resulta na constante surpresa de quem visita a casa.

site: paulomiguezarquitectos.com

ver mais sobre o projecto:
architizer.com

quinta-feira, 26 de julho de 2018

ARQUITECTURA AO CENTRO #73



CASA LEIRIA I
LEIRIA, CODICEIRA

Joel Esperança e Ruben Vaz
Romeu Sousa (designer)
Contaminar Arquitectos
2007

...e do jardim nasce a casa...
Com pinheiros mansos e as vinhas da Quinta da Sapeira por companhia, este projecto procurou captar a tranquilidade e o vinco forte e irregular do terreno.
Desenvolvendo-se em meios pisos, com o objectivo de adoção ao terreno, procurando criar o menor impacto possível na envolvente. O desenho, a cor e o material utilizado como embasamento, evidência o carácter levitante.
Circula-se através de rampas que une o programa e transmite à casa uma fluidez espacial.
Zona íntima, cada espaço tem a sua atmosfera e relação visual única com a envolvente.

site: contaminar.pt

ver mais sobre o projecto:
architizer.com
habitarportugal.org
ultimasreportagens.com

domingo, 22 de julho de 2018

ARQUITECTURA AO CENTRO #72



CASA H
ALCOBAÇA, BENEDITA

Sandra Gerardo
GS.Arquitectura
2012

Este projecto refere-se a uma habitação unifamiliar situada num terreno classificado como reserva ecológica. A ocupação do terreno respeita o perímetro de uma casa e outros anexos existentes no local.
Reportando-se ao pré-existente, é constituída por dois volumes brancos em forma de paralelepípedo interligados entre si. Os volumes são diferentes no formato, sendo um comprido e baixo e o outro mais curto e mais alto. Ao mesmo tempo que os dois volumes se articulam de forma diferente com o meio envolvente, organizam a habitação numa hierarquia e programas distintos. Na interligação dos dois estão situadas as entradas da casa, orientadas a norte e sul.
Como o terreno apresenta um declive, os volumes brancos apoiam-se num embasamento de pedra visível do lado norte, onde esse mesmo declive é aproveitado para criar pavimento semienterrado.
A habitação orienta as suas aberturas a leste (quartos), sul (cozinha, sala de estar) e oeste (sala de estar, sala de jantar) protegidas por cortinas, sendo (praticamente) fechada do lado norte, potenciando ao máximo a eficiência energética. As vistas são assim enquadradas para a serra dos Candeeiros e paisagens ecológicas e agrícolas.
O interior do perímetro do terreno é murado com pedra da região salvaguardando a privacidade, fazendo com que seja indiferente permanecer no interior ou no exterior da habitação. A organização espacial é assim feita de continuidades físicas e visuais, criando uma ambiguidade na leitura e definição dos limites da casa fechada.
Os materiais de construção utilizados são tradicionais, como alvenaria de tijolo e pedra, rasgados por grandes vãos em caixilharia de alumínio e vidro que iluminam de forma natural a habitação.
As águas da chuva recolhidas na cobertura são canalizadas e devidamente filtradas para um poço existente, sendo efectuado o total reaproveitamento das águas.

site: facebook.com/GSarquitetura

ver mais sobre o projecto:
archdaily.com.br
archilovers.com
plataformaarquitectura.cl

quarta-feira, 18 de julho de 2018

ARQUITECTURA AO CENTRO #71



CASA DE TABIQUE
ARRUDA DOS VINHOS, CASAL DE SANTO ANTÓNIO

Eduardo Carvalho, Francisco Freire e Luís Gama
Plano B Arquitectura
2008

Reconstrução de um edifício em ruínas. O local encontra-se em reserva ecológica nacional o que obrigou a manter a implantação, a altura e o uso (arrecadação) do edifício existente.
Porpôs-se uma construção utilizando os mesmos materiais do edifício existente (pedra, terra e madeira) mas re-ordenados. Assim, a madeira é utilizada na estrutura do edifício, a terra no enchimento das paredes e a pedra nas fundações e na plataforma onde o edifício assenta. Em complemento utilizou-se asfalto no revestimento da plataforma exterior, cortiça no isolamento térmico, metal nos vãos e rufos, madeira nos portões e deck e policarbonato no revestimento exterior das paredes.
A relação de empatia que criámos com o dono de obra permitiu que parte da obra fosse realizada com mão-de-obra voluntária. No verão, durante alguns fins-de-semana, organizámos uma oficina de Tabique para preencher as paredes com terra.
Toda a construção em planob-arruda.blogspot.com

site: planob.com

ver mais sobre o projecto:
abarrigadeumarquitecto.blogspot.com
archdaily.com
arqa.com
eartharchitecture.org
eyecandy-webcandy.blogspot.com
habitarportugal.org
inarquitecture.blogspot.com
projectafuturo.blogspot.com
revarqa.com
tectonicablog.com
tinyhousedesign.com

sábado, 14 de julho de 2018

ARQUITECTURA AO CENTRO #70



REMODELAÇÃO DA CAPELA DE S. JOÃO BAPTISTA
ANSIÃO, SARZEDELA

Bruno Dias
com Jorge Pimenta
Bruno Dias Arquitectura
2013

Situada numa aldeia, nas proximidades da vila de Ansião, encontra-se uma capela que depois de abandonada e maltratada, continua a dar provas da sua solidez. Embora continuasse a ser consumida pelo tempo descansava em silêncio, à espera de uma garantia da sua manutenção, o uso.
Encontrava-se em avançado estado de degradação. Contudo ao longo dos tempos surgiram algumas intervenções que danificaram a vivência da capela e a sua condição estrutural.
Após uma análise profunda dos antecedentes da capela, registos antecedentes e vivências dos antigos habitantes, o projecto iniciado em 2010, pela primeira vez na sua história, afectava a totalidade do edifício. Processo complexo a que se somaram e se sobrepuseram as actividades de restauração, reabilitação e restauração.
Propunha-se retribuir o conforto ausente no espaço, atribuir-lhe um carácter de permanência. Através de um conjunto de intervenções que pretendia trazer coerência interna a todo o conjunto das operações previstas no edifício na consideração da memória da capela.
Este projecto teve por base a revitalização do espaço interno da capela, criando um espaço harmonioso, num programa especialmente sensível, desenvolvendo uma linguagem actual, tendo sempre por base o respeito pelo património existente e o seu carácter arquitectónico.
Recuperar, na disposição assimétrica do seu interior, a memória histórica do edifício, estabelecendo relações de analogia com o núcleo funcional do existente maltratado e mutilado que iria recuperar as suas dimensões antigas. O novo sistema construtivo assentou, sempre que possível na recuperação das estruturas originais, substituindo as antigas vigas de madeira, que entretanto tinham ruído ou desaparecido.
A nova configuração espacial iria modificar a relação existente entre o vazio e o espaço construído, propondo relações de mais proximidade com o conforto.
De grande riqueza espacial clarificada, alterando a sua escala com o programa, em que as luzes, as transparências e as grandes perspectivas assumiram um protagonismo na definição dos novos espaços, tomando como premissa as paredes brancas existentes, declaradamente abstractas e cenográficas, transmitindo calma e leveza ao espaço, encenando a espacialidade religiosa, garantindo uma intervenção actual, respeitando o património existente e o seu carácter arquitectónico, atribuindo-lhe uma espacialidade cenográfica reutilizando objectos existentes, criando assim a sua identidade com base nos valores antecedentes.
Projecto desenvolvido em sintonia com os habitantes da aldeia, retirando deles o máximo de experiências antecedentes na capela, garantindo assim uma intervenção vivida por todos, criando uma proximidade do habitar prematuro.

site: brunodiasarquitectura.pt

ver mais sobre o projecto:
afasiaarchzine.com
archdaily.com
archdaily.com.br
archilovers.com
divisare.com
espacodearquitetura.com
plataformaarquitectura.cl
startfortalents.net

terça-feira, 10 de julho de 2018

ARQUITECTURA AO CENTRO #69



LOFTS EM TORRES VEDRAS
TORRES VEDRAS, TORRES VEDRAS

Samuel Torres de Carvalho
STC Arquitectura
2005

O projecto, inserido no centro histórico de Torres Vedras, propôs a substituição do edifício e anexos preexistentes por quatro habitações em Loft. Todas as casas se desenvolvem em três pisos, correspondentes à volumetria do edifício preexistente. A escolha da tipologia em Loft deveu-se à natureza inicialmente industrial da zona, onde há ainda vários exemplos deste tipo de estruturas.
Esta tipologia garante não só o contacto de todos os fogos com a rua mas também permite proteger a área habitável, premissa base num lote adjacente a uma rua com tráfego de pessoas e carros constante. Esta tipologia também permitiu a uma pequena escala maiores espaços dos compartimentos interiores, assim como uma melhor iluminação e ventilação.
O tratamento das fachadas principais reflecte a intenção de diferenciar o piso térreo dos restantes. Os painéis fenólicos escolhidos permitem que os portões da garagem, portas de entrada e espaços entre elas sejam revestidos, conferindo uma leitura contínua desta parte dos alçados.

site: stc-arquitetura.com

ver mais sobre o projecto:
ultimasreportagens.com

sábado, 7 de julho de 2018

PROJECTAR #67 - FOTOS



Realizou-se no passado dia 5 de Julho a sexagésima sétima sessão da actividade Projectar, que desta vez decorreu na Adega 23, em Sarnadas de Ródão, concelho de Vila Velha de Ródão.

Clicar na foto para ver mais.
Enriquecida com uma prova de vinhos da primeira produção da Adega 23 para receber os participantes, a sessão foi precedida de uma visita guiada pelo arquitecto Luís Valente do Atelier RUA ao edifício projectado por este colectivo, que contou ainda com uma breve apresentação da história do projecto pela anfitriã, a Dra. Manuela Carmona.
Aos pouco mais de três dezenas de participantes juntou-se, durante a visita, o Sr. Presidente da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, Dr. Luís Miguel Ferro Pereira.


A visita terminou na cave, na futura sala das barricas, onde decorreu a sessão com a projecção de dois documentários sobre arquitectura industrial, em particular sobre os edifícios da Chocolataria Menier em Noisiel, França, complexo industrial construído entre 1872 e 1906, projectado pelos arquitectos Jules Saulnier, Jules-Louis Logre e Stephen Sauvestre, e da fábrica Van Nelle em Roterdão, Holanda, concebida por Jan Brickman e Leen Van der Vlugt entre 1926 e 1931.