CASA E ATELIERS
CASTELO BRANCO, CHÃO DA VÃ
Cláudia Melo
Cláudia Melo Arquitectura
2011
O projecto de uma residência e ateliers para artes tem a intenção de criar um complexo para trabalhar e viver, ao invés de ser somente uma casa. Foi especialmente projectada para as necessidades de seus habitantes - um casal de artistas visuais - e de acordo com o terreno - uma paisagem grosseira com um clima quente e seco entre a cidade de Castelo Branco e a Espanha. O local específico possui um pequeno rio, pedras e uma vegetação superficial com um sentido único de beleza. Não há árvores excepto ao lado do rio e um penhasco domina o terreno e permite vistas de 360 graus. A construção situa-se aqui.
Este complexo para trabalhar e viver possui um centro, um campo aberto como um pátio que organiza todos os espaços - interior, exterior e circulações. Funcionalmente, este vazio é equivalente a um claustro medieval já que é um local entre o interior e o exterior que pode ser percorrido em toda sua extensão. Os espaços adjacentes são fragmentados em blocos de acordo com sua funcionalidade - do doméstico ao público, incluindo as circulações. Os volumes são distribuídos de norte a sul e do público ao privado e os primeiros volumes vistos da entrada são os ateliers que protegem a residência. Uma narrativa com objectivo e estética funcionais revelam um código: volumes que correspondem a locais para viver/trabalhar são cinzentos e fazem apelo à estabilidade devido aos seus acabamentos feitos de blocos de betão e chapas de aço com linhas horizontais. No sentido oposto, as circulações são vibrantes e dinâmicas já que são vermelhas, feitas com chapas de aço com linhas verticais e projectadas com geometria complexa.
A conjunção complementar de materiais e cores reflectem as residências tradicionais de Castelo Branco, onde as paredes são sólidas, feitas com pedra cinzenta, portas de madeira e janelas pintadas de vermelho. Vermelho é a melhor cor para proteger o interior tanto do calor quanto do frio extremo devido ao seu espectro de cor.
Sustentabilidade é uma questão muito importante e a residência está organizada em dois pavimentos que estão integrados na paisagem natural. A maioria dos compartimentos está virado para o sul e são sombreados pela geometria de varandas e grelhas para receber a luz natural e o ganho de calor durante o inverno e os evitando no verão. A ventilação transversal natural permite um arrefecimento natural da edificação especialmente nas noites de verão. A massa termal das paredes de betão ajudam criando uma bateria de calor para prevenir a radiação solar excessiva no verão e minimizando a perda de calor do interior no inverno. Materiais e soluções construtivas de baixo custo também expressam a sustentabilidade e arquitectura sem desperdício.
No primeiro pavimento o quarto do casal possui uma instalação sanitária integrada devido a razões de estética, funcionais e sustentáveis: a instalação sanitária está virada para sul por uma grande janela e é separada do quarto por grandes portas-janela. No verão estas portas são abertas e a ventilação natural vem do exterior para resfriar tanto o quarto quanto a instalação sanitária. No inverno elas fecham ambos os espaços e uma zona tampão é criada na instalação sanitária para receber a radiação solar do exterior, introduzindo-a no quarto através de convecção.
A paisagem rude agora absorve este novo elemento e os proprietários que ali vivem estão imprimindo seus próprios padrões de tempo e espaço. A edificação agora pertence a todos eles.
Este complexo para trabalhar e viver possui um centro, um campo aberto como um pátio que organiza todos os espaços - interior, exterior e circulações. Funcionalmente, este vazio é equivalente a um claustro medieval já que é um local entre o interior e o exterior que pode ser percorrido em toda sua extensão. Os espaços adjacentes são fragmentados em blocos de acordo com sua funcionalidade - do doméstico ao público, incluindo as circulações. Os volumes são distribuídos de norte a sul e do público ao privado e os primeiros volumes vistos da entrada são os ateliers que protegem a residência. Uma narrativa com objectivo e estética funcionais revelam um código: volumes que correspondem a locais para viver/trabalhar são cinzentos e fazem apelo à estabilidade devido aos seus acabamentos feitos de blocos de betão e chapas de aço com linhas horizontais. No sentido oposto, as circulações são vibrantes e dinâmicas já que são vermelhas, feitas com chapas de aço com linhas verticais e projectadas com geometria complexa.
A conjunção complementar de materiais e cores reflectem as residências tradicionais de Castelo Branco, onde as paredes são sólidas, feitas com pedra cinzenta, portas de madeira e janelas pintadas de vermelho. Vermelho é a melhor cor para proteger o interior tanto do calor quanto do frio extremo devido ao seu espectro de cor.
Sustentabilidade é uma questão muito importante e a residência está organizada em dois pavimentos que estão integrados na paisagem natural. A maioria dos compartimentos está virado para o sul e são sombreados pela geometria de varandas e grelhas para receber a luz natural e o ganho de calor durante o inverno e os evitando no verão. A ventilação transversal natural permite um arrefecimento natural da edificação especialmente nas noites de verão. A massa termal das paredes de betão ajudam criando uma bateria de calor para prevenir a radiação solar excessiva no verão e minimizando a perda de calor do interior no inverno. Materiais e soluções construtivas de baixo custo também expressam a sustentabilidade e arquitectura sem desperdício.
No primeiro pavimento o quarto do casal possui uma instalação sanitária integrada devido a razões de estética, funcionais e sustentáveis: a instalação sanitária está virada para sul por uma grande janela e é separada do quarto por grandes portas-janela. No verão estas portas são abertas e a ventilação natural vem do exterior para resfriar tanto o quarto quanto a instalação sanitária. No inverno elas fecham ambos os espaços e uma zona tampão é criada na instalação sanitária para receber a radiação solar do exterior, introduzindo-a no quarto através de convecção.
A paisagem rude agora absorve este novo elemento e os proprietários que ali vivem estão imprimindo seus próprios padrões de tempo e espaço. A edificação agora pertence a todos eles.
site: claudiamelo-arquitectura.com
ver mais sobre o projecto:
archdaily.com
archdaily.com.br
plataformaarquitectura.cl
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