A 81.ª sessão da actividade PROJECTAR, de regresso à casa de partida, em Abrantes, propõe-nos mais uma sessão dupla, com a exibição de dois documentários, o primeiro dedicado ao Pavilhão de Barcelona, do arquitecto Mies van der Rohe, e o segundo sobre as Termas de Pedra, em Vals, do arquitecto Peter Zumthor, no auditório da sede da Delegação do Centro da Ordem dos Arquitectos no próximo dia 12 de Dezembro, pelas 19h00.
Ambos da série Architectures, o primeiro é dedicado ao Pavilhão Alemão de Barcelona, e foi realizado por Stan Neumann em 2009:
No livro dos recordes da arquitectura, o Pavilhão Alemão construído por Mies van der Rohe para a Exposição Universal de Barcelona de 1929, é detentor do da relação reputação por metro quadrado de construção.
Nunca um programa foi definido de forma tão estranha como o do Pavilhão. Para os patrocinadores oficiais, ele deve "representar a Alemanha actual, aquilo que nós fazemos, que nós somos e o que nós procuramos: a clareza, a simplicidade, a integridade." Para Mies van der Rohe, o pavilhão deve ficar totalmente vazio, para que o arquitecto possa fazer arquitectura. O seu único mobiliário, são as duas famosas "cadeiras Barcelona" desenhadas para o Rei e Rainha de Espanha. Esta espantosa equivalência entre grandeza e gratuitidade, este desprezo pelo simples uso considerado como declínio e queda, vai assombrar toda a arquitectura do século XX. Considera-se geralmente o Pavilhão como o auge da carreira alemã de Mies van der Rohe. Depois, diz-se, começou a sua segunda vida, a sua vida americana.
No livro dos recordes da arquitectura, o Pavilhão Alemão construído por Mies van der Rohe para a Exposição Universal de Barcelona de 1929, é detentor do da relação reputação por metro quadrado de construção.
Nunca um programa foi definido de forma tão estranha como o do Pavilhão. Para os patrocinadores oficiais, ele deve "representar a Alemanha actual, aquilo que nós fazemos, que nós somos e o que nós procuramos: a clareza, a simplicidade, a integridade." Para Mies van der Rohe, o pavilhão deve ficar totalmente vazio, para que o arquitecto possa fazer arquitectura. O seu único mobiliário, são as duas famosas "cadeiras Barcelona" desenhadas para o Rei e Rainha de Espanha. Esta espantosa equivalência entre grandeza e gratuitidade, este desprezo pelo simples uso considerado como declínio e queda, vai assombrar toda a arquitectura do século XX. Considera-se geralmente o Pavilhão como o auge da carreira alemã de Mies van der Rohe. Depois, diz-se, começou a sua segunda vida, a sua vida americana.
O segundo documentário, realizado em 2001, é dedicado ao edifício termal de Vals-les-Bains, na Suiça, concebido pelo arquitecto Peter Zumthor entre 1993 e 1996.
Em Vals, as termas imaginadas por Peter Zumthor põem em cena a água, a pedra e a luz numa experiência tão espiritual quanto sensual.
Em Vals-les-Bains, entre Zurique e Locarno, há mais de um século que se explora a água que brota da montanha a 29 º. No anos 1990s, a frequência do complexo turístico e termal está em queda acentuada. A comuna decide construir um novo estabelecimento e escolhe o projecto de Peter Zumthor. O edifício é antes de mais um volume: um paralelepípedo que parece estar meio enterrado na encosta da montanha. Da estrada que atravessa a localidade, não se vê mais que um grande muro que parece feito de pedras planas, com grandes aberturas que parecem fendas. Se nos aproximamos, as camadas de gneiss - esta pedra tradicional utilizada para os telhados das moradias - sobrepõem-se por blocos, todos idênticos e da mesma espessura, e traçam linhas horizontais semelhantes. Uma precisão e uma relojoaria de pedra que se desenvolvem em muros com 60 metros de comprimento, no interior dos grandes balneários, ao longo dos terraços. Em todo o lado a mesma pedra, como o tecido único de uma experiência única, sujeita às variações de luz simultaneamente tranquilizadora e imutável.
Em Vals, as termas imaginadas por Peter Zumthor põem em cena a água, a pedra e a luz numa experiência tão espiritual quanto sensual.
Em Vals-les-Bains, entre Zurique e Locarno, há mais de um século que se explora a água que brota da montanha a 29 º. No anos 1990s, a frequência do complexo turístico e termal está em queda acentuada. A comuna decide construir um novo estabelecimento e escolhe o projecto de Peter Zumthor. O edifício é antes de mais um volume: um paralelepípedo que parece estar meio enterrado na encosta da montanha. Da estrada que atravessa a localidade, não se vê mais que um grande muro que parece feito de pedras planas, com grandes aberturas que parecem fendas. Se nos aproximamos, as camadas de gneiss - esta pedra tradicional utilizada para os telhados das moradias - sobrepõem-se por blocos, todos idênticos e da mesma espessura, e traçam linhas horizontais semelhantes. Uma precisão e uma relojoaria de pedra que se desenvolvem em muros com 60 metros de comprimento, no interior dos grandes balneários, ao longo dos terraços. Em todo o lado a mesma pedra, como o tecido único de uma experiência única, sujeita às variações de luz simultaneamente tranquilizadora e imutável.
Com estas sessões propõe-se esta Delegação da Ordem dos Arquitectos exibir documentários de Arquitectura, como forma de divulgar a vida e obra de arquitectos com importância na história e teoria da arquitectura, nacional e internacional, de várias épocas e movimentos, e assim contribuir para o enriquecimento da cultura arquitectónica na nossa região.
Estas sessões destinam-se, para além dos arquitectos da região, a outros técnicos e a todas as pessoas com curiosidade e interesse nestes temas, sendo de acesso livre mas limitadas à lotação do auditório de sede da Delegação do Centro da Ordem dos Arquitectos, que está disponível para o efeito.
Estas sessões destinam-se, para além dos arquitectos da região, a outros técnicos e a todas as pessoas com curiosidade e interesse nestes temas, sendo de acesso livre mas limitadas à lotação do auditório de sede da Delegação do Centro da Ordem dos Arquitectos, que está disponível para o efeito.
Apoio:
Município de Abrantes
PROGRAMA:
12 de Dezembro, 19h00
Sede da Delegação do Centro da Ordem dos Arquitectos, Abrantes
O Pavilhão Alemão de Barcelona
MIES VAN DER ROHE
(2009, Stan Neumann, 26')
As Termas de Pedra
PETER ZUMTHOR
(2001, Richard Copans, 26')
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