REORGANIZAÇÃO DA COLINA DO CASTELO DE POMBAL
POMBAL, POMBAL
Luís Miguel Correia, Nelson Mota e Susana Constantino
COMOCO Arquitectos
2011
SITUAÇÃO ANTERIOR
Nas últimas décadas, o Castelo de Pombal e os seus arredores estavam condenados à reclusão no centro da cidade. Para o cidadão comum, o Castelo era somente um pano de fundo para o dia-a-dia, uma mera referência de identidade que ressoava como a história da cidade mais que como uma experiência real da mesma. A rua “Rua do Castelo”, que define os limites sul e oeste onde a colina se encontra na cidade, delimitando o limite entre os reinos. Desta rua, eram possíveis algumas ligações com o recinto amuralhado. No entanto, o seu estado de conservação decaiu progressivamente, dificultando o uso público. A vegetação da área – hoje em dia muito apreciada pela população – é, paradoxalmente, o resultado do abandono que sofreu esta zona durante a maior parte do século XX.
OBJETIVO DA INTERVENÇÃO
O projecto para a reorganização do Castelo da Colina de Pombal foi lançado pela Câmara Municipal da cidade com o objectivo de promover a recentralização da zona. A ordem básica da Comissão incentivou um projecto que ajude a fomentar o uso desta área histórica tanto por residentes como por turistas. O programa foi desenvolvido em colaboração com os políticos e técnicos municipais, junto com a equipa de projecto e enriquecido pelos comentários da população fornecidos numa etapa preliminar da proposta.
A premissa básica era que o projecto deveria melhorar as ligações entre as zonas urbanas e a parte inferior da colina, e entre a mesma colina com o recinto amuralhado. A articulação com o Castelo, um marco distintivo da cidade, deve ser abordada com o fim de preservar sua importância com a identidade da população. Para aumentar o atractivo da zona, deveriam ser criadas novas instalações como estacionamento, caminhos confortáveis e seguros, zonas de descanso e contemplação, e uma cafetaria.
DESCRIÇÃO DA INTERVENÇÃO
O carácter básico da intervenção é uma tentativa de oferecer uma abordagem pela qual os novos elementos desenhados deveriam estar claramente definidos num contexto tanto natural e dos elementos construídos pré-existentes, sem questionar o carácter destes dois. O projecto define três áreas, cada uma delas com uma abordagem diferente.
Na primeira, as ladeiras ao sul e a poente da colina, a abordagem centrou-se na ideia do fluxo. Esta ideia foi desenvolvida criando e colocando em relevo as ligações entre as zonas urbanas na parte inferior da colina do Castelo, as vias ao largo das ladeiras e à sombra para fornecer protecção e fomentar a diversidade de experiências no contacto com a paisagem. Os materiais utilizados foram principalmente muros rebocados, pavimentos de pedra e areia, e estruturas de madeira.
Na segunda área, na proximidade do cemitério, a abordagem estava comprometida com a ideia de um desenho topográfico da infraestrutura. Tanto a zona do estacionamento como as instalações adjacentes foram desenhadas como elementos topográficos, muros de betão que suportam a transição entre as pequenas diferenças de níveis.
Por último, a terceira área, que rodeia o recinto amuralhado, teve como objectivo realçar o castelo como principal elemento construído. O acesso oeste deste castelo foi redesenhado, incluindo a plataforma na sua parte inferior. Os arredores da igreja de Santa Maria também foram redesenhados para oferecer um espaço público que pudesse fomentar a sua apropriação como cenário privilegiado para actuações e outras actividades culturais. O material que se utiliza nesta área é a pedra calcária, a mesma que se usa nos principais lugares de interesse, o castelo e as ruínas da igreja.
Para trabalhar como um aglutinador entre estas áreas foi desenhada uma cafetaria, constituindo um elemento adicional para atrair visitantes à zona. Para enfatizar a sua importância na intervenção em geral, a cafetaria foi construída em estrutura metálica e acabada com painéis de aço corten, nas suas fachadas e coberturas. Desta maneira, incorpora-se uma estratégia de desenho que contrasta o novo com o pré-existente, sem esquecer a identidade do lugar e gerando um delicado equilíbrio entre a natureza e o edifício.
Nas últimas décadas, o Castelo de Pombal e os seus arredores estavam condenados à reclusão no centro da cidade. Para o cidadão comum, o Castelo era somente um pano de fundo para o dia-a-dia, uma mera referência de identidade que ressoava como a história da cidade mais que como uma experiência real da mesma. A rua “Rua do Castelo”, que define os limites sul e oeste onde a colina se encontra na cidade, delimitando o limite entre os reinos. Desta rua, eram possíveis algumas ligações com o recinto amuralhado. No entanto, o seu estado de conservação decaiu progressivamente, dificultando o uso público. A vegetação da área – hoje em dia muito apreciada pela população – é, paradoxalmente, o resultado do abandono que sofreu esta zona durante a maior parte do século XX.
OBJETIVO DA INTERVENÇÃO
O projecto para a reorganização do Castelo da Colina de Pombal foi lançado pela Câmara Municipal da cidade com o objectivo de promover a recentralização da zona. A ordem básica da Comissão incentivou um projecto que ajude a fomentar o uso desta área histórica tanto por residentes como por turistas. O programa foi desenvolvido em colaboração com os políticos e técnicos municipais, junto com a equipa de projecto e enriquecido pelos comentários da população fornecidos numa etapa preliminar da proposta.
A premissa básica era que o projecto deveria melhorar as ligações entre as zonas urbanas e a parte inferior da colina, e entre a mesma colina com o recinto amuralhado. A articulação com o Castelo, um marco distintivo da cidade, deve ser abordada com o fim de preservar sua importância com a identidade da população. Para aumentar o atractivo da zona, deveriam ser criadas novas instalações como estacionamento, caminhos confortáveis e seguros, zonas de descanso e contemplação, e uma cafetaria.
DESCRIÇÃO DA INTERVENÇÃO
O carácter básico da intervenção é uma tentativa de oferecer uma abordagem pela qual os novos elementos desenhados deveriam estar claramente definidos num contexto tanto natural e dos elementos construídos pré-existentes, sem questionar o carácter destes dois. O projecto define três áreas, cada uma delas com uma abordagem diferente.
Na primeira, as ladeiras ao sul e a poente da colina, a abordagem centrou-se na ideia do fluxo. Esta ideia foi desenvolvida criando e colocando em relevo as ligações entre as zonas urbanas na parte inferior da colina do Castelo, as vias ao largo das ladeiras e à sombra para fornecer protecção e fomentar a diversidade de experiências no contacto com a paisagem. Os materiais utilizados foram principalmente muros rebocados, pavimentos de pedra e areia, e estruturas de madeira.
Na segunda área, na proximidade do cemitério, a abordagem estava comprometida com a ideia de um desenho topográfico da infraestrutura. Tanto a zona do estacionamento como as instalações adjacentes foram desenhadas como elementos topográficos, muros de betão que suportam a transição entre as pequenas diferenças de níveis.
Por último, a terceira área, que rodeia o recinto amuralhado, teve como objectivo realçar o castelo como principal elemento construído. O acesso oeste deste castelo foi redesenhado, incluindo a plataforma na sua parte inferior. Os arredores da igreja de Santa Maria também foram redesenhados para oferecer um espaço público que pudesse fomentar a sua apropriação como cenário privilegiado para actuações e outras actividades culturais. O material que se utiliza nesta área é a pedra calcária, a mesma que se usa nos principais lugares de interesse, o castelo e as ruínas da igreja.
Para trabalhar como um aglutinador entre estas áreas foi desenhada uma cafetaria, constituindo um elemento adicional para atrair visitantes à zona. Para enfatizar a sua importância na intervenção em geral, a cafetaria foi construída em estrutura metálica e acabada com painéis de aço corten, nas suas fachadas e coberturas. Desta maneira, incorpora-se uma estratégia de desenho que contrasta o novo com o pré-existente, sem esquecer a identidade do lugar e gerando um delicado equilíbrio entre a natureza e o edifício.
site: comoco.eu
ver mais sobre o projecto:
archdaily.com
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dezeen.com
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