domingo, 4 de outubro de 2020

(A)RISCAR O PATRIMÓNIO EM ABRANTES - DESENHOS


Aqui estão vários dos trabalhos resultantes do encontro (a)Riscar o Património/Heritage Sketching, realizado no passado dia 26 de Setembro, já na sua sétima edição, uma iniciativa da DGPC – Direção-Geral do Património Cultural, com apoio dos Urban Sketchers Portugal, integrada nas Jornadas Europeias do Património, a que esta estrutura local da Ordem dos Arquitectos se tem associado todos estes anos.
Com o tema geral para os encontros nacionais “Património e Educação”, o encontro de Abrantes, lançou aos participantes o desafio de desenhar Escolas de Abrantes.

Nuno Nobre:
Pedro Costa:
Ricardo Cabrita:

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

(A)RISCAR O PATRIMÓNIO EM ABRANTES - FOTOS


No passado dia 26 de Setembro realizou-se mais uma edição, a sétima, de (a)Riscar o Património/Heritage Sketching, uma iniciativa da DGPC – Direção-Geral do Património Cultural, com apoio dos Urban Sketchers Portugal, integrada nas Jornadas Europeias do Património.
Com o tema geral para os encontros nacionais “Património e Educação”, esta estrutura local da Ordem dos Arquitectos organizou o encontro de Abrantes, lançando aos participantes o desafio de desenhar Escolas de Abrantes.
É deste encontro que aqui fica o registo fotográfico:
(Clique nas imagens para ver mais)

terça-feira, 8 de setembro de 2020

(A)RISCAR O PATRIMÓNIO EM ABRANTES


(a)Riscar o Património/Heritage Sketching é uma iniciativa da DGPC – Direção-Geral do Património Cultural, com apoio dos Urban Sketchers Portugal, integrada nas Jornadas Europeias do Património.
A 7.ª edição de (a)Riscar o Património tem como tema para os encontros nacionais “Património e Educação”.
A actividade realizar-se-á no dia 26 de Setembro, Sábado – de acordo com o calendário das Jornadas Europeias do Património (JEP) que decorrem, em toda a Europa, entre 25 e 27 de Setembro, e cuja iniciativa nos temos associado desde a primeira edição do projecto (a)Riscar o Património, em 2014.
Num repto mais uma vez lançado a todos os praticantes, profissionais, amantes ou curiosos do desenho e do sketching, apelamos à participação de todos nos encontros, que serão realizados em todo o país, promovendo o registo gráfico dos locais e do tema escolhido.
Este ano, apesar dos constrangimentos e da incerteza que o têm tornado atípico, vamos fazer das fraquezas forças e aproveitar a fantástica energia criativa de todos os que, mesmo à distância e reduzidos a um universo de quatro paredes e aos écrans de tablets, telemóveis ou computadores, nunca deixaram de desenhar.
Passado o período mais crítico, voltamos à rua: com máscaras, cuidados redobrados de higiene e preferência por espaços amplos e/ou exteriores – mas com a mesma determinação e alegria.


Tendo em conta o tema desta 7.ª edição do (a)Riscar o Património, a escolha do grupo de sketchers da Delegação do Centro da Ordem dos Arquitectos recaiu sobre as Escolas de Abrantes.

PROGRAMA:

10H00 - Ponto de encontro no Jardim da República, Abrantes.
13h00 – Almoço livre.
17h30 – Encontro final para troca de experiências e desenhos.

Anfitriões: Ricardo Cabrita e Pedro Costa

Organização:
DGPC – Direção-Geral do Património Cultural
Urban Sketchers Portugal
Organização local:
Delegação do Centro da Ordem dos Arquitectos

segunda-feira, 29 de junho de 2020

ARQUITECTURA AO CENTRO #256



CASA DE ALCANENA
TORRES NOVAS, ZIBREIRA

Eduardo Souto Moura
com Carlos Machado, João Carreira, José Fernando Gonçalves, Manuela Lara
Souto Moura - Arquitectos, SA
1987-1992

Os primeiros esquiços do projecto, apontavam para uma vila romana, que visitei nos arredores. Ao longo do projecto, as imagens foram perdendo essa ligação, permanecendo o essencial – os elementos físicos que compõem a construção.
A planta do terreno tinha sido tracejada com vinhas, riscos paralelos cortados por um sistema, quase ortogonal de caminhos.
Quase no meio uma elevação, quase no topo a construção.
A casa não se apresentou unitária, mas repartida em três corpos – quartos, salas e serviços – à volta do pátio central uma galeria em U fazia as circulações. Os eixos de referência do projecto, também ortogonais, não se sobrepuseram às linhas de composição do terreno. Fazendo centro no interior do pátio rodaram quase 45º fixando-se melhor na paisagem.
Já durante a construção, tiramos a torre da água (não era precisa), fizemos uma cave, e substituímos os caixilhos de ferro por alumínio em côr natural.
Entre muros brancos, de pedra e em tijolo, fixamos vidros espelhados. Entre muros brancos, de pedra e em tijolo a paisagem subia suavemente em simetria.

site:

ver mais sobre o projecto:
divisare.com
domusweb.it
miesarch.com

sábado, 27 de junho de 2020

ARQUITECTURA AO CENTRO #255



CASA DOS OLEIROS
CASTELO BRANCO, CASTELO BRANCO

Paulo Martins
Paulo Martins Arquitecto
2019-2020

A Casa dos Oleiros é uma moradia que se situa na zona antiga da cidade, em Castelo Branco, votada a um crescente abandono nos últimos anos.
Em resposta a essa tendência, esta intervenção pretendeu assumir contornos de arquétipo, tentando estabelecer uma tendência na ocupação urbanística da cidade: a revitalização urbana do centro histórico e a sua ocupação por estratos mais jovens, devolvendo a dinâmica a essa parte da cidade.
Seguindo esta intenção, a intervenção consistiu em manter o aspeto original da moradia, pelo exterior, enquanto que, no interior, os espaços foram readaptados aos padrões de conforto e vivência atuais, sendo revestidos de uma minimalista contemporaneidade.
Programaticamente a casa organiza-se em 2 pisos e mezanine, sendo o piso do r/c reservado aos espaços de descanso, por razões lumínicas, e os pisos superiores destinados a albergar as zonas sociais.
Nestes pisos superiores, aos quais se acede pela escadaria original do edifício, recuperamos a amplitude espacial da cobertura permitindo-nos ficar com um pé direito bastante generoso, deixando que a luz reflita nas paredes e teto brancos, inundando todo o espaço anteriormente enclausurado. No piso da mezanine abrimos uma claraboia que, desde a posição de trabalho, nos guia a vista ao castelo, lembrando-nos que a contemporaneidade está carregada de história.
Materialmente a obra quis-se leve, desprendida e acolhedora, fazendo uso de materiais tão simples quanto nobres, pintando as paredes e tetos com tonalidades claras e revestindo pisos e mobiliário com madeira de riga.

site: paulomartins.com.pt

ver mais sobre o projecto:
archdaily.com
archdaily.com.br
archilovers.com
architizer.com
behance.net
dihalma.com
espacodearquitetura.com
homeadore.com
homify.pt
ivotavares.net
journal-du-design.fr
memore.pt
publico.pt

quinta-feira, 25 de junho de 2020

ARQUITECTURA AO CENTRO #254



27 MORADIAS EM BANDA, LOTE 216
ÓBIDOS, BOM SUCESSO

Luís Pessanha Moreira
Luís Pessanha Moreira
2008

As casas serão abertas ao sol de Sul, através de grandes panos de vidro nas áreas sociais. Os quartos e áreas de serviço ficarão orientados para Norte e serão iluminados por vãos mais contidos, rasgados nas paredes ondulantes, que serão objecto de um tratamento diferenciado na cor a aplicar.

site:

ver mais sobre o projecto:
bomsucesso.com.pt
bomsucesso.net

terça-feira, 23 de junho de 2020

ARQUITECTURA AO CENTRO #253



CASA POVO
LEIRIA, MARTINELA

Joel Esperança, Ruben Vaz e Eurico Sousa
Contaminar Arquitectos
2019

O projecto foi desenvolvido no Povo, nos arredores de Leiria, Portugal. Uma zona onde os elementos rochosos são predominantes na paisagem, terras calcárias, topografias irregulares e contrastes acentuados. Este contexto geológico único proporcionou de imediato aos arquitectos um ponto de partida conceptual que é ao mesmo tempo onírico e romântico sem perder a ligação ao que é a realidade física e intrínseca deste local. Surge assim a ideia de uma caverna ou gruta, um refúgio austero entalhado e denticulado que é humanizado pelos seus ocupantes. Esta premissa é um olhar e uma homenagem aos primórdios da humanidade e da sua relação simbiótica com o ambiente que habita, contém em si o paradoxo da pedra perene e agreste que se torna um refúgio natural e maternal.
Por entre uma paisagem diversa, que se caracteriza por ser aparente e empiricamente inóspita, surge num acto de coragem volumétrica uma gruta construída e idealizada inteiramente em betão. Esta moradia unifamiliar balança cuidadosamente o jogo entre o vislumbramento do pinhal envolvente e a privacidade dos seus moradores. O projecto é marcado por uma multiplicidade de circuitos que ordenam os espaços com harmonia e simplicidade através de um elemento fulcral: a luz, que interage rompendo os elementos primitivos e as linhas sinuosas com subtileza.
O programa para esta moradia T3 foi divido pelos dois pisos e meio da habitação que através de um pátio distribui, ordena e conecta tanto os espaços interiores como os percursos exteriores. O acesso principal envolve os pinhais existentes e enquadra a vegetação entre os seus muros de ângulos acentuados. Esta estrutura na entrada recorre a um pé direito de proporções generosas para se conectar à sala e permitir a visualização da paisagem norte/poente mas também proporcionar a entrada de luz e calor do pátio que está no sentido sul e que é adaptado à irregularidade do terreno intocado. Da sala acede-se a uma varanda também em betão, um espaço destinado à contemplação dos entardeceres.
Numa cota distinta nasce um acesso exterior que encaminha ao escritório, espaço que se distingue pela ampla abertura envidraçada. Esta divisão encontra-se meio piso acima e conduz também à cobertura que proporciona uma vista de 360 graus da envolvente. Daqui é possível circular através de uma outra rampa ligada ao pátio e a um acesso secundário privativo que permite aos visitantes aceder diretamente ao escritório sem invadir as restantes divisões da moradia.
A casa Povo respeita e adapta o corte do terreno em relação ao seu traçado original, diferencia-se de forma subtil e delicada mantendo uma relação harmoniosa entre o público e o privado. A distribuição espacial e a volumetria dos quartos acompanha e reflete a topografia de cotas distintas. A rampa de elevação suave permite o acesso directo ao pátio, à sala e à cozinha, ligando todos os elementos tanto pelo interior como pelo exterior.
A criação de um jardim interno com rampas confere ao projecto a integração necessária, além da expressão sensorial quase lúdica utilizada pelas crianças com a interligação do jardim até à cobertura, permitindo uma permeabilidade da gruta com os enquadramentos que seccionam os espaços construídos com o jardim.
Debaixo do escritório, a um meio piso da sala encontra-se a área de serviço (lavandaria) com ligação ao exterior. A solução adoptada possibilita a entrada de luz e ventilação natural nos rasgos criados entre cada patamar da escada que interliga a varanda da sala ao escritório no piso superior.
A necessidade de conectar os espaços cria uma forte narrativa de distribuição espacial e cumpre a sua função ao mesmo tempo que orienta o ritmo e composição da forma do objecto arquitectónico. O betão aparente com cofragem em ripado de madeira é o elemento construtivo predominante nas fachadas e remonta a uma densidade que segue uma volumetria monolítica e cria a proteção que a inspira: uma gruta humanizada.

site: contaminar.pt

ver mais sobre o projecto:
admagazine.ru
afasiaarchzine.com
ambientesdigital.com
archdaily.com.br
archidiaries.com
archilovers.com
dezeen.com
divisare.com
dwell.com
facebook.com/pg/contaminar.architects
ultimasreportagens.com

domingo, 21 de junho de 2020

ARQUITECTURA AO CENTRO #252



CASA DOS PASTORINHOS
TORRES VEDRAS, SILVEIRA

Raul Serra
Linha de Terra Arquitectura
2016-2017

O projecto responde à necessidade de criar um espaço multiusos, compartimentado, com o intuito de reunir pessoas para aprender, discutir, escutar sobre diferentes temas, ensinamentos religiosos.
Criaram-se quatro paredes brancas sobre as quais pousa um tecto em betão maciço, pesado. O interior é suportado através de madeira e derivados da mesma, leve.
Do confronto entre as diferentes materialidades, criam-se espaços, percepções e experiências distintas. No piso inferior, a luz que entra pelas paredes brancas inunda cada espaço, enaltecendo o tom mel da madeira e do osb dos revestimentos. Sente-se aquele cheiro tão singular e a ambiência criada é um contraste com a frieza do exterior. É um espaço confortável e dinâmico na sua utilização para o dia a dia.
Ao subir ao nível superior, quando se esperaria leveza, encontramos uma cobertura austera e crua, perfurada por quatro lanternins que permitem que a luz construa os limites daquele espaço sóbrio. Pretende-se que exista um corte com o exterior, que seja um espaço reservado, de introspeção. Que todas as actividades que se realizem ali, da mais comum à mais sagrada, não sejam interrompidas pela realidade exterior.
Construiu-se um espaço plural, que permite crianças assimilarem novas aprendizagens, mas também individuos mais sábios partilharem os seus conhecimentos e experiências de vida. Um edifício que possibilite diferentes sensações e percepções da luz, gravidade , cor e sentidos.

site: facebook.com/linhadeterraarchitecture

ver mais sobre o projecto:
88designbox.com
archdaily.com.br
emontenegro.net
espacodearquitetura.com

sexta-feira, 19 de junho de 2020

ARQUITECTURA AO CENTRO #251



CASA DE ISILDA E AIRES HENRIQUES
FIGUEIRÓ DOS VINHOS, VALE VICENTE

Tiago Mota Saraiva
com Andreia Salavessa, Paula Miranda, Marta Vieira, Cristina Romão, Mariana Robalo, Diana Amaral, Adriana Gil, Carolina Battle Y Font, Ana Rita Nunes, Raquel Coronel, Rita Rodrigues, Ana Catarino
Ateliermob
2018-2019

A 17 de Junho de 2017 um grande incêndio deflagrou em Pedrógão Grande e espalhou-se pela floresta até Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pêra, Sertã, Penela, Góis e Pampilhosa da Serra, afectando cerca de 500 casas (259 das quais eram primeiras habitações). 64 pessoas morreram ao tentar escapar dos incêndios.
Depois da tragédia, cidadãos e instituições fizeram donativos para ajudar à reconstrução das casas e vidas afectadas pelos incêndios. A Fundação Calouste Gulbenkian, responsável por um dos maiores fundos, contratou a Cooperativa Trabalhar com os 99% crl., para providenciar assistencia técnica no processo de reconstrução, no qual o ateliermob fez projecto para 7 casas.
Mais do que a simples reconstrução das casas perdidas, o objectivo principal foi o de melhorar as condições de vida destas comunidades, com uma atenção particular para o facto de, na sua maioria, se tratar de população envelhecida.
Casa da Isilda e Aires. A alta velocidade do incêndio apenas permitiu a este casal salvar as suas vidas e a do seu cão, escapando no seu pequeno carro, deixando para trás todos os seus pertences. A casa foi completamente destruída, com excepção da sala de estar, onde costumava haver infiltrações de água, como referido pelo casal na primeira conversa, quando nos pediram “uma casa onde não entrasse água”.
A estrutura do telhado, em madeira antiga não tratada, colapsou com o incêndio, demolindo o primeiro piso; as paredes de tijolo que restaram não garantiam a segurança da estrutura. Tornou-se claro que a casa antiga não podia ser recuperada, assim surgiram novas perspectivas: os moradores queriam uma casa de um só piso, uma vez que Isilda tinha crescentes dificuldades de mobilidade; fomos também confrontados com o facto de que o casal não conseguia interpretar desenhos de arquitectura, pelo que a discussão teve lugar por outros meios, com recurso a comparação com casas por eles conhecidas, como a do seu filho; por fim, Isilda desejava ter um jardim onde as suas flores pudessem, de novo, crescer.

site: ateliermob.com

ver mais sobre o projecto:
archdaily.com.br
espacodearquitetura.com