sábado, 31 de agosto de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #157



EDIFÍCIO-SEDE DA PRF
LEIRIA, AZÓIA

Paulo Seco
com Filipe Lourenço
Impare Arquitectura
2018

Projeto de ampliação do edifício-sede da PRF – Gás, Tecnologia e Construção, S.A. que surge da necessidade de expansão das suas áreas administrativa, de armazém e oficinas.
A proposta prevê a restruturação do edifício existente, construído em 2001, que tem essas mesmas funções, distribuídas em três pisos. Para a construção do novo edifício, contíguo ao primeiro, foram prolongadas, por piso, as funções neles existentes: oficinas no piso térreo, armazém no piso intermédio e escritórios no piso superior.
O programa foi complementado com um refeitório no piso térreo, que se relaciona com uma área exterior de esplanada e com uma sala de controle no piso intermédio.
No piso superior, foi criado um terraço que relaciona os espaços dos dois edifícios e permite a sua iluminação natural.
Na ligação entre os dois edifícios – novo e existente – foi criada uma entrada autónoma, através da qual se distribuem os acessos verticais – por escada e elevador – e as ligações de nível entre os dois edifícios.
O novo edifício, apesar da diferença de linguagem arquitetónica, que o autonomiza, tem a mesma volumetria e cércea do edifício existente, procurando assim manter relações de equilíbrio entre os dois volumes.
As soluções de revestimento exterior – chapa metálica e vãos com sistema de fachada ligeira, semioculta em alumínio – ditaram uma expressão mais clara do novo volume e das relações entre cheio e vazio.
Foi criada uma pala de cobertura, para proteção da passagem de máquinas e equipamentos e para cargas e descargas, na ligação entre o novo volume e um armazém contíguo; essa pala tem, de um dos lados, um pórtico metálico com um vão de 28 metros livres.
Os interiores dos escritórios – novos e existentes – foram uniformizados nos seus revestimentos, na iluminação, no desenho e materiais dos vãos, prolongando e dando continuidade aos espaços, que foram concebidos em diferentes circunstâncias.
Salienta-se que a realização deste projeto, feito 15 anos depois do projeto que a Impare Arquitectura desenvolveu para os interiores dos espaços de escritórios do edifício existente, veio a revelar-se muito gratificante, graças ao grande envolvimento e cumplicidade do cliente em todo o processo, sinal da confiança depositada na prestação dos nossos serviços.

site: impare.pt

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quinta-feira, 29 de agosto de 2019

PROJECTAR EM PEDRÓGÃO GRANDE

Pedrógão Grande recebe a primeira sessão depois da pausa de Agosto da itinerância da actividade PROJECTAR, no próximo dia 19 de Setembro, pelas 19h00, na Casa Municipal de Cultura de Pedrógão Grande com a repetição do documentário dedicado ao arquitecto sino-americano, recentemente falecido, Ieoh Ming Pei, que foi exibido anteriormente na 23.ª sessão, em Vila Nova da Barquinha.



Mais informações em breve.

terça-feira, 27 de agosto de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #156



REMODELAÇÃO DE CASA EM FÁTIMA
OURÉM, FÁTIMA

Helena Botelho
com Andreia Veríssimo, João Veríssimo, Tiago André Pinto, Miguel Cavaleiro
Helena Botelho Arquitectura
2017

SÍTIO
A casa construída em meados do século XX e situa-se numa encosta com vista para o Santuário de Fátima. Está organizada em 3 pisos que se distribuem funcionalmente do seguinte modo: no Piso 0, organiza-se a zona social composta pela entrada principal, salas de estar e de refeição, cozinha, escritório e capela, já no Piso -1, a zona mais privada, contém a ala dos quartos, o espaço de recolhimento. O sótão não foi alvo de qualquer intervenção.
Esta casa apresentava vários problemas funcionais e construtivos, fruto de obras que foi sofrendo ao longo dos últimos anos, resultando numa casa sombria, húmida e fria, e que funcionava encerrada sobre si mesma, não tirando partido da sua relação privilegiada com o exterior - as vistas desafogadas sobre o horizonte e também sobre a horta e jardim, num plano mais próximo.
PROJECTO
As ideias principais do projecto foram abrir a casa para o exterior, criando deste modo novas relações com a paisagem urbana envolvente, e regenerar, desde logo, o aspecto exterior original da casa. Com isto conseguiu-se que a luz natural voltasse a redefinir e qualificar os ambientes e simultaneamente, garantiu-se a reorganização funcional de todo o espaço, inserindo novos elementos de forma a adaptá-lo a um modo de vida mais actual.
Esta operação consistiu no desenho cuidado de cada um dos novos espaços: no piso inferior optou-se por uma nova organização, onde os quartos partilhados e por vezes interiores deram lugar a pequenos núcleos individuais, com mais luz, salubridade, privacidade, permitindo ao mesmo tempo recuperar a sua forte relação com o exterior; já no piso 0 alterou-se o espaço de chegada, garantindo uma articulação natural entre o espaço de entrada e as consequentes áreas de distribuição, nomeadamente com a abertura das escadas de acesso ao sótão. Transformou-se totalmente a cozinha, que se quis adaptada a um uso mais contemporâneo. Ainda neste piso transformou-se o espaço de capela, através da introdução de pequenas peças desenhadas, que permitem obter um espaço mais despojado e simples.
No exterior abriu-se o espaço de alpendre, garantindo uma maior relação com o jardim, de onde se alcançam vistas privilegiadas sobre a cidade.
Esta intervenção baseia-se numa lógica de continuidade, respeitando as pré-existências qualificadas, atribuindo-lhe valores contemporâneos, resultando num projecto dialogante entre partes: o passado e o presente.
MATERIALIDADE
Foi feito um grande trabalho de redesenho de mobiliário, integrado nas paredes, que permite configurar uma continuidade entre os diversos espaços, articulando de forma minuciosa, lambris, estantes, aparadores, ou portas, numa lógica de continuidade espaço-luz-matéria, redefinindo e qualificando todos os espaços, desde zonas de estar a meras zonas de passagem e distribuição entre eles.
Recuperou-se uma cor utilizada no mobiliário original - o azul dominante - uma memória que serviu de base para todos os elementos de madeira do piso de entrada. Já no piso inferior, com uma área contida e programa extenso, optou-se por desenhar uma caixa de madeira que pudesse conter os espaços de instalações sanitárias e que em simultâneo pudesse definir, qualificar e caracterizar de modo especial um simples espaço de corredor e de acesso ao jardim.

site: helenabotelho.com

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arquinfad.org
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nuno-almendra-photography.com
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rushi.net

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #155



EDIFÍCIO CONSELHEIRO JOÃO MARTINS, ESCRITÓRIOS OUTSYSTEMS
PROENÇA-A-NOVA, PROENÇA-A-NOVA

Carlos Delgado Pinto
In'Loki
2017

O desafio foi lançado pelo município de Proença-a-Nova. Com um investimento de baixo orçamento criar o novo escritório para a Outsystems em Proença-a-Nova na linha da cultura empresarial da casa.
O objectivo centrou-se no carácter da luz dos espaços, materiais de construção e volume e no uso de uma métrica estrutural para criar uma malha robusta para o conceito proposto de um pátio interior. Os blocos Ytong foram uma solução 2 em 1 oferecendo os níveis de conforto exigidos bem como uma solução de acabamento expressiva para a imagem interior e exterior. As infra-estruturas que suportam o funcionamento da empresa (elécticas, mecânicas e redes de comunicações) foram utilizadas como um elemento expressivo no carácter dos espaços e na organização do programa.
Ao edifício de 3 pisos existente adicionámos um novo volume que contém as áreas sociais que apoiam a vida quotidiana da Outsystems. Os espaços informais são bastante importantes nas dinâmicas de grupo da empresa. Eles são ferramentas no processo criativo.
O pátio é o ponto central do cenário apoiado pela escada em espiral (a forma é inspirada no logótipo da empresa) que liga os espaços de trabalho convencionais com a área social. A planta da ampliação organiza em torno do pátio a cafetaria, o auditório informal e a sala de formação. A entrada foi localizada junto da principal rua, a Avenida do Brasil. O percurso para as áreas de trabalho obriga a atravessar as áreas sociais de modo a motivar o empenho no trabalho em equipa.
A textura do único material das fachadas (bloco Ytong), para as ruas circundantes, foi executada com uma pequena incisão na junta horizontal de cada fiada de blocos de modo a criar uma maior vibração com a incidência solar. O interior procura ligar-se com a imagem corporativa da Outsystems bem como criar um carácter para este escritório. Os materiais, cores e mobiliário foram decididos em coerência com as orientações da marca. As equipas e empregados foram desafiados a dar os seus contributos para o processo espacial. A ideia do escorrega foi uma sugestão interna que a empresa acolheu para o escritório. A Artista Vanessa Teodoro foi convidada para desenvolver um desenho mural baseado nos valores e cultura da Outsystems.

site: inloki.pt

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archello.com
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interiordesign.net
joaomorgado.com

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #154



30 MORADIAS EM BANDA, LOTE 152
ÓBIDOS, BOM SUCESSO

Nuno Graça Moura
com Luísa Rosas, Vicente Brito, Cátia Bernardo, Rita Machado
Nuno Graça Moura, Arq. Lda.
2008

O cliente previa a construção de 30 moradias em banda com 120m2 para férias. Propomos uma banda contínua ao longo do arruamento, libertando a restante área de paisagem. As moradias resultam estreitas e profundas. Têm acesso pelo arruamento e são orientadas Norte (quartos) /Sul (sala e cozinhas). O espaço interior prolonga-se para pátios privativos cobertos com vegetação (videiras), como é frequente na arq. vernacular portuguesa e mediterrânica. Lâminas de betão, dispostas de forma irregular, fecham parcialmente os pátios nas fachadas sul e garantem maior privacidade em relação ao jardim colectivo. A fachada para a rua é um simples muro com reentrâncias, rebocado e pintado. Os materiais escolhidos procuraram uma atmosfera “dura e fresca”. O interior é pintado a branco. Os pavimentos são em mosaico hidráulico artesanal azul. Junto ao lago a que o plano obrigava, à cota superior de um muro de suporte/barragem funciona a piscina comum.

site: nunogracamoura.com

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bauwelt.de
bomsucesso.com.pt
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habitarportugal.org
leonardofinotti.com

domingo, 11 de agosto de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #152



MOINHO DAS FRAGAS
FIGUEIRÓ DOS VINHOS, FRAGAS DE SÃO SIMÃO

Bruno Lucas Dias
Bruno Dias Arquitectura
2016

"Não há homem sem objetos técnicos, da mesma forma que não há homem sem linguagem." Pierre Lévy

A montante e a poucos quilómetros da nascente da ribeira de Alge surgem duas imponentes fragas, paredões rasgados pela ribeira e pelo tempo!
As fragas de S. Simão são imponentes e de uma beleza impar, fortalecida com as águas cristalinas da ribeira e a sua vegetação singular. Conferem ao local uma mágica sensação de paz e tranquilidade, onde a natureza e o homem são um só. O som da água a correr, dos pássaros, a imponência das fragas dá, a quem desfruta do local, um encontro inesquecível com a natureza.
Quem desce o caminho, aberto outrora à força de braços e com a ajuda de uma mula, inicia uma viagem no tempo… e encontra no sopé das fragas, onde a ribeira se mistura com as margens, um antigo moinho de água desativado e um forno que outrora cozeu pão e broa com o trigo e milho acabado de moer!
Respeitando a linguagem existente nasce este projeto, de alojamento local, que pretende requalificar o edificado e a sua envolvente, de forma a respeitar e manter o mais fiel possível à sua utilização no passado.
A obra tem por princípio o baixo custo, com a reutilização do máximo de elementos existentes do moinho. Desta forma, o projecto centra-se em resolver o interior dando resposta ao programa, com os espaços revestidos na sua totalidade com um só material – pinho, que se desenham em função dos usos, da luz e do bem-estar. A intervenção exterior irá ser: nas caixilharias (substituídas por novas caixilharias de madeira com vidro duplo) e no melhoramento térmico de telhado; no interior usando essencialmente um dos elementos naturais da região, a madeira, pretende-se criar quatro espaços destintos distribuídos pela zona de descanso, de higiene, de alimentação e de lazer. Pretende-se desta forma aumentar o conforto térmico do edifício e tirar partido da sua utilização.
Destina-se a um público-alvo, de condição sócio económica média e média-alta, representado tanto nacionalmente como internacionalmente.
Será um local de refúgio, de encontro com a natureza, com todo o conforto e modernidade que se exige nos dias de hoje.

site: brunodiasarquitectura.pt

ver mais sobre o projecto:
afasiaarchzine.com
archdaily.com
archdaily.com.br
archello.com
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casavogue.globo.com
disup.com
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inhabitat.com
muuuz.com
plataformaarquitectura.cl
portuguesematters.com
publico.pt

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #151



LOFT LUÍS ATAYDE
PENICHE, PENICHE

Ana Margarida Machado e Inês Pipa
Da Fabrica Desenho e Arquitectura
2017

No centro da cidade de Peniche, numa zona urbana consolidada este edifício de habitação é constituído por dois pisos e logradouro, mantendo-se o uso. O edifício é de traça tradicional, implantado num lote com uma frente muito curta (cerca de 6, 7m) e grande profundidade (cerca de 17,80m). Por este motivo, a nível programático cria-se um poço de luz – o pátio. Este pátio será o ponto fulcral do projecto, o eixo a partir do qual todos os espaços se organizam separando a zona íntima da casa, os quartos, da zona social. Este pátio, constitui-se como um pórtico e é dividido no sentido longitudinal por um paramento com caixilho metálico e vidro duplo, nos dois pisos. No piso 0, quando aberto o painel, a pátio ficará da dimensão total, entre a parede de escritório/quarto e parede limite do edifício, paralela a esta.
A nível programático adaptou-se a área pré-existente a uma habitação moderna dotando-a das condições de conforto, salubridade e iluminação exigidas.

site: dafabricarquitectura.com

ver mais sobre o projecto:
homify.pt
facebook.com/DaFabricaearquitectura

sábado, 3 de agosto de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #150



CASA CR
CALDAS DA RAINHA, CALDAS DA RAINHA

Gonçalo Duarte Pacheco
com Luis Câmara Pestana
Gonçalo Duarte Pacheco
2017

O projecto propõe a renovação de uma habitação construída no ano de 1937. Localizada no interior do perímetro urbano de Caldas da Rainha, a sua origem surge associada à gênese de todo o aglomerado urbano que surgiu no inicio do século XX a poente da linha de caminho de ferro que atravessa a cidade.
A habitação surge como um palimpsesto, onde durante quase um século se definiram várias intervenções, identificáveis e que levaram nos últimos anos a um avançado estado de degradação.
O pátio interior foi sendo ocupado ao longo dos anos, tendo tido vários usos que serviram algumas necessidades pontuais.
O projecto redefine o pátio como lugar central da casa, definindo um jardim, uma vez que, através dos muros altos que o ladeiam e o definem, oferece à habitação um espaço exterior intimo, com uma relação muito próxima com o interior da mesma. Esta sensação de proximidade faz com que a sala se projecte directamente para o pátio, criando uma noção de espacialidade maior. No interior, na parte mais escura da habitação, definiu-se um núcleo central infra-estrutural, libertando o resto do programa para as diferentes partes tanto no piso 0 como no piso 1.

site: goncaloduartepacheco.pt

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aeccafe.com
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minimalissimo.com
rushi.net