domingo, 29 de dezembro de 2019

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #186



QPT OFFICE
COVILHÃ, TEIXOSO

Filipe Vogt Rodrigues, Inês Maia Vicente e Marta Mateus Frazão
Atelier Data
2005

Ao longo dos anos, resistiram de um antigo celeiro, apenas as paredes em pedra robusta. O exercício de recuparação desta estrutura conciliou dois objectivos. Habilitar o edifício para um uso de escritório e atribuir-lhe um novo sentido e interpretação formal. A cobertura é o grande elemento responsável pela transformação do edifício. Reinventar o limite superior significou simultaneamente resolver o programa de escritório. A insuficiência de espaço no piso térreo levou a considerar a existência de uma galeria no piso superior destinada a área administrativa. A carapaça em zinco acumula deste modo programa - contentor de usos - e actualiza e reconfigura esta pré-existência.

site: atelierdata.com

ver mais sobre o projecto:
vmzinc.com

sábado, 21 de dezembro de 2019

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #184



12 MORADIAS EM BANDA, LOTE 286
ÓBIDOS, BOM SUCESSO

Nuno Graça Moura
com Luísa Rosas, Cátia Bernardo, Rita Machado, Carlos Castro, Pedro Gonçalves
Nuno Graça Moura, Arq. Lda.
2010

Este projecto foi realizado praticamente em simultâneo com outro, de programa semelhante, localizado nas imediações (L152) e segue os mesmos princípios básicos. As casas dispõem-se em banda, apresentando-se fechadas para a rua -um simples muro com reentrâncias- e abertas para o espaço comum de paisagem a sul. Pátios de carácter diverso definem espaços de transição para o exterior. A piscina colectiva forma um segundo volume completando o conjunto (será murada para garantir privacidade).

site: nunogracamoura.com

ver mais sobre o projecto:
bomsucesso.com.pt
facebook.com/pg/Nuno-Graça-Moura-Arquitecto-Lda

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #183



REMODELAÇÃO DO HOTEL ÁGUA D'ALMA
CALDAS DA RAINHA, FOZ DO ARELHO

Gonçalo Duarte Pacheco
Gonçalo Duarte Pacheco
2018

O projecto surgiu da necessidade de adaptar o Hotel Penedo Furado a uma marca contemporânea e competitiva que pudesse possivelmente marcar a diferença no panorama actual da indústria hoteleira desta região.
A intervenção previa trabalhos de remodelação e de ampliação, principalmente devido ao actual estado de degradação do edifício que, entre outras coisas, não permitia o acesso a pessoas de mobilidade condicionada (sendo o acesso feito por uma larga escadaria). O conceito do projecto reflecte, assim, a necessidade de resolver problemas específicos de funcionamento, construção e mobilidade, através de soluções pontuais.
O cruzamento entre o passado do hotel e os aspectos contemporâneos assume uma importância assinalável devido ao facto de a estética construtiva tomar o compromisso de estabelecer essa ligação na própria fachada principal.
A partir daqui, o piso de entrada é marcado por uma longa pala de betão de 14 metros sobre a entrada, que desenvolve uma nova relação interior/exterior na área da recepção e na sala de jantar. É a partir deste novo volume que um terraço muito atractivo emerge oferecendo-nos a possibilidade de chegar ao bar e apreciar a vista sobre a Lagoa de Óbidos.

site: goncaloduartepacheco.pt

ver mais sobre o projecto:
afasiaarchzine.com
divisare.com
facebook.com/pg/goncaloduartepacheco

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #182



ESCRITÓRIOS CA
ANSIÃO, ANSIÃO

Bruno Lucas Dias
com Catarina Serra, Kevin Lopes
Bruno Dias Arquitectura
2018

É na Vila de Ansião, mais concretamente nos escritórios do Crédito Agrícola de Ansião, que surge o projeto.
Este, é baseado na ideia de uniformizar um espaço pré-existente, recortado e deformado, através da concepção de divisórias permeáveis entre si, para que os compartimentos criados não pareçam pequenos e estreitos, mas sim quase infinitos e com a luz exterior sempre presente.
Os escritórios, organizam-se a partir de um eixo principal, ao longo deste, o programa vai-nos sendo apresentado: gabinetes, salas de reunião e auditório. A regularização do espaço é algo tido como elemento primordial, através desta regularização foi-nos possível criar espaços com maior conforto e identidade.
Quanto à materialidade, madeira e vidro, são a base da intervenção. Estes conferem ao espaço leveza e luminosidade, essenciais para uma boa apropriação do espaço.

site: brunodiasarquitectura.pt

ver mais sobre o projecto:
afasiaarchzine.com
archdaily.com.br
archello.com
arqa.com
divisare.com
espacodearquitetura.com

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #181



EDIFÍCIO POLIVALENTE DO CNE
IDANHA-A-NOVA, CNAE-CENTRO DE ACTIVIDADES ESCUTISTAS

Pedro Ferreira e Helena Vieira
Plano Humano Arquitectos
2019







site: planohumanoarquitectos.com

ver mais sobre o projecto:
behance.net
joaomorgado.com

domingo, 1 de dezembro de 2019

PROJECTAR #81



A 81.ª sessão da actividade PROJECTAR, de regresso à casa de partida, em Abrantes, propõe-nos mais uma sessão dupla, com a exibição de dois documentários, o primeiro dedicado ao Pavilhão de Barcelona, do arquitecto Mies van der Rohe, e o segundo sobre as Termas de Pedra, em Vals, do arquitecto Peter Zumthor, no auditório da sede da Delegação do Centro da Ordem dos Arquitectos no próximo dia 12 de Dezembro, pelas 19h00.



Ambos da série Architectures, o primeiro é dedicado ao Pavilhão Alemão de Barcelona, e foi realizado por Stan Neumann em 2009:

No livro dos recordes da arquitectura, o Pavilhão Alemão construído por Mies van der Rohe para a Exposição Universal de Barcelona de 1929, é detentor do da relação reputação por metro quadrado de construção.

Nunca um programa foi definido de forma tão estranha como o do Pavilhão. Para os patrocinadores oficiais, ele deve "representar a Alemanha actual, aquilo que nós fazemos, que nós somos e o que nós procuramos: a clareza, a simplicidade, a integridade." Para Mies van der Rohe, o pavilhão deve ficar totalmente vazio, para que o arquitecto possa fazer arquitectura. O seu único mobiliário, são as duas famosas "cadeiras Barcelona" desenhadas para o Rei e Rainha de Espanha. Esta espantosa equivalência entre grandeza e gratuitidade, este desprezo pelo simples uso considerado como declínio e queda, vai assombrar toda a arquitectura do século XX. Considera-se geralmente o Pavilhão como o auge da carreira alemã de Mies van der Rohe. Depois, diz-se, começou a sua segunda vida, a sua vida americana.


O segundo documentário, realizado em 2001, é dedicado ao edifício termal de Vals-les-Bains, na Suiça, concebido pelo arquitecto Peter Zumthor entre 1993 e 1996.

Em Vals, as termas imaginadas por Peter Zumthor põem em cena a água, a pedra e a luz numa experiência tão espiritual quanto sensual.

Em Vals-les-Bains, entre Zurique e Locarno, há mais de um século que se explora a água que brota da montanha a 29 º. No anos 1990s, a frequência do complexo turístico e termal está em queda acentuada. A comuna decide construir um novo estabelecimento e escolhe o projecto de Peter Zumthor. O edifício é antes de mais um volume: um paralelepípedo que parece estar meio enterrado na encosta da montanha. Da estrada que atravessa a localidade, não se vê mais que um grande muro que parece feito de pedras planas, com grandes aberturas que parecem fendas. Se nos aproximamos, as camadas de gneiss - esta pedra tradicional utilizada para os telhados das moradias - sobrepõem-se por blocos, todos idênticos e da mesma espessura, e traçam linhas horizontais semelhantes. Uma precisão e uma relojoaria de pedra que se desenvolvem em muros com 60 metros de comprimento, no interior dos grandes balneários, ao longo dos terraços. Em todo o lado a mesma pedra, como o tecido único de uma experiência única, sujeita às variações de luz simultaneamente tranquilizadora e imutável.




Com estas sessões propõe-se esta Delegação da Ordem dos Arquitectos exibir documentários de Arquitectura, como forma de divulgar a vida e obra de arquitectos com importância na história e teoria da arquitectura, nacional e internacional, de várias épocas e movimentos, e assim contribuir para o enriquecimento da cultura arquitectónica na nossa região.

Estas sessões destinam-se, para além dos arquitectos da região, a outros técnicos e a todas as pessoas com curiosidade e interesse nestes temas, sendo de acesso livre mas limitadas à lotação do auditório de sede da Delegação do Centro da Ordem dos Arquitectos, que está disponível para o efeito.

Apoio:
Município de Abrantes

PROGRAMA:

12 de Dezembro, 19h00
Sede da Delegação do Centro da Ordem dos Arquitectos, Abrantes
O Pavilhão Alemão de Barcelona
MIES VAN DER ROHE

(2009, Stan Neumann, 26')
As Termas de Pedra
PETER ZUMTHOR

(2001, Richard Copans, 26')

ARQUITECTURA AO CENTRO #180



CASA SO
PORTO DE MÓS, ALQUEIDÃO DE ARRIMAL

Paulo Henrique Durão
Inês Belmarço, Inês Oliveira, João Ricardo Dias, João Gil Antunes, Marta Santos
Phyd Arquitectura
2019

O confronto com a realidade desta ruína foi sempre um confronto imerso em memórias. Memórias de um sítio em que a expressividade é evidente nas matérias que o constituem – A pedra, o vale e a Serra – provocam um jogo de ténue equilíbrio entre lugar, matéria, luz e sombra. Encontramos uma luz que escorria por paredes de pedra que definiam espaços contíguos, apenas separados por linhas de pedra empilhada. Em cada fissura, em cada ruga dessas linhas acentuava-se um dócil equilíbrio entre luz e sombra.
Perante este cenário, o exercício consistiu em encontrar o modo mais natural de articulação entre as ruínas e os espaços, definindo simultaneamente as possibilidades futuras de articulação entre interior e exterior. Ainda no capítulo das decisões, optou-se pela reabilitação dos volumes pré-existentes e pela introdução de um novo elemento que os viria a articular. A resposta é dada pelo gesto quase imediato de unir as pré-existências.
O gesto - profundamente ligado ao terreno que acompanha a pendente - relaciona as duas peças orientadas a nascente e origina um pátio exterior pontuado pela oliveira centenária. O projeto constrói um espaço de atravessamento e união das ruínas, que revela a evidência da função de ligação entre áreas programáticas da casa e simultaneamente diferencia as possibilidades de vivência do exterior. Expressa a sua temporalidade através do antagonismo da matéria na relação com a pré-existência.

site: phydarquitectura.com

ver mais sobre o projecto:
archdaily.com
archdaily.com.br
archilovers.com
architizer.com
designboom.com
divisare.com
emontenegro.net

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #179



CASA ÓBIDOS
ÓBIDOS, ARELHO

Fernando Coelho e Ana Loureiro
com Sérgio Silva e Luís Vieira
FCC Arquitectura
2018

O desenvolvimento do projecto teve como ponto de partida um conjunto de edifícios existentes, cujos interiores se encontravam em avançado estado de degradação, nalguns pontos mesmo em ruínas. Uniram-se as construções que se tornaram uma habitação.
O projecto visou alterar o menos possível o aspeto exterior das construções (conservando e recuperando as paredes exteriores), remodelando os interiores de acordo com as exigências de uma habitação contemporânea. A intenção foi revitalizar sem descaracterizar, requalificando os espaços que estavam “mortos” e articulando-os com novos espaços.
Promoveu-se o diálogo entre o velho e o novo, assumindo as diferenças entre ambos, salvaguardando e valorizando a identidade da construção existente.
A entrada no terreno é feita pelo seu extremo sul. Aqui mantiveram-se as paredes aí existentes e as coberturas sem telha, que passaram a funcionar como pérgula sobre o espaço destinado a estacionamento.
No prolongamento a norte desenvolve-se a casa. Unem-se dois volumes existentes através de um espaço construído em estrutura metálica e vidro, que funcionará como entrada e zona de distribuição.
Cria-se um volume destinado às zonas íntimas da casa (cinco suites). Este volume será semienterrado, abrindo-se a poente, de onde se pode disfrutar de magníficas vistas na direção da Lagoa de Óbidos. A cobertura ajardinada pode funcionar como prolongamento da zona exterior de lazer exterior, acedendo-se a ela através de umas escadas em caracol que ligam à área envolvente à piscina.
A cobertura ajardinada, além de contribuir para a sustentabilidade energética da habitação, reduz o impacto do volume construído, visualmente assemelhando-se a um jardim.

site: fc-arquitectura.com

ver mais sobre o projecto:
aeccafe.com
archdaily.cn
archdaily.com
archdaily.com.br
archello.com
estatemag.kz
flexalighting.net
idealista.pt
new.rushi.net
plataformaarquitectura.cl
ultimasreportagens.com

sábado, 23 de novembro de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #178



UNIDADE DE SAÚDE FAMILIAR DE SÃO MARTINHO DO PORTO
ALCOBAÇA, SÃO MARTINHO DO PORTO

Elisabete Mendes
Município de Alcobaça
2016







site: facebook.com/elisabete.mendes

ver mais sobre o projecto:
archilovers.com
facebook.com/elisabete.mendes

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

PROJECTAR EM ABRANTES


De volta à casa de partida, a próxima paragem da actividade PROJECTAR será na Sede da Delegação do Centro da Ordem dos Arquitectos, em Abrantes, para mais uma sessão dupla, com a exibição de dois documentários, o primeiro dedicado ao Pavilhão de Barcelona, do arquitecto Mies van der Rohe, e o segundo sobre as Termas de Pedra, em Vals, do arquitecto Peter Zumthor, no próximo dia 12 de Dezembro, pelas 19h00.



Mais informações em breve.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #177



CASA DE ARTES E CULTURA DO TEJO
VILA VELHA DE RÓDÃO, VILA VELHA DE RÓDÃO

Henrique Barros-Gomes
Plural, Lda.
2006

O complexo desenvolve-se em dois corpos diferentes, articulados por uma praça onde se localizam os acessos principais, destinados à Casa de Artes e Cultura do Tejo e à Biblioteca Municipal.
A intervenção tira partido da configuração do terreno, adaptando-se à sua topografia. A biblioteca, implantada no local de maior declive, é disposta em terraços, acompanhando o terreno. A Casa de Artes dispõe-se de uma forma mais plana, mas também num local de transição de cota em elevações naturais do terreno.
Uma pala em consola une os edifícios, servindo como elemento de ligação e protecção, cobrindo uma passagem através de "decks" de madeira sobre um espelho de água.
Os edifícios dispõem de grandes aberturas para as direcções mais apetecíveis, como as vistas a Sul, para o Tejo, estando mais fechados para as vistas menos interessantes, nomeadamente a unidade industrial de grande impacte, a Nascente.
Foi procurada uma imagem de sobriedade, por um lado e de grande modernidade, por outro, preconizando-se materiais nobres e ancestrais, como a pedra de xisto da região aparelhada de forma tradicional ou a madeira, aliados a materiais que introduzem uma imagem mais contemporânea, como o zinco ou os metais e grelhas de cor escura, intercalados com grandes envidraçados, criando efeitos cenográficos consentâneos com o programa a implementar.
A Biblioteca Municipal de Vila Velha de Ródão, projectada simultaneamente, foi construída alguns anos mais tarde.

site: henriquebgomes.com

ver mais sobre o projecto:
cm-vvrodao.pt
plural-planeamento.pt

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #176



EDIFÍCIO DE LOGÍSTICA E SERVIÇOS MTD
LEIRIA, ZONA INDUSTRIAL DE COVA DAS FAIAS

Filipe Saraiva
com Nélida Oliveira
Filipe Saraiva Arquitectos
2009

A intervenção solicitada, situa-se no lote n.º 10 da Zona Industrial de Cova das Faias (ZICOFA), em Leiria, num terreno com um desnível considerável, de cerca de 4 m, com orientação nascente/poente. O propósito do pedido foi a criação de um projecto que incluísse, em simultâneo, um armazém de calçado, "showroom" e serviços administrativos.
A forma do edifício estava condicionada ao polígono de implantação e toda a concepção do projecto se desenvolveu com base neste princípio. Um contentor metálico, cortado e aberto em dois corpos, com rotação do corpo menor paralelo à via, relativamente ao corpo de maior dimensão destinado ao armazém. Este último, segue um alinhamento paralelo aos restantes limites do lote.
Projectou-se um edifício monolítico, com uma imagem plástica forte, para onde se pretende transpor o conceito que esteve na origem do desenho. Há elementos físicos e gráficos que apesar de separados pelo corte, têm uma leitura de continuidade, o que reforça a imagem pretendida. É o caso do volume do cais, que funciona como contramolde do espaço de entrada, num jogo de cheio/vazio. Para enfatizar esta imagem surge, ainda, o número do lote (10) representado graficamente na fachada dos dois blocos, separado pelo corte que originou a rotação do bloco de menor dimensão.
O corpo rectangular de menor dimensão, que se separa do corpo do armazém funciona em dois pisos acima do solo. No rés-do-chão encontram-se os principais espaços de acesso ao público, nomeadamente a recepção, salas de espera e zona de exposição. Os restantes compartimentos deste piso são reservados ao pessoal que trabalha no estabelecimento e localizam-se mais próximos do armazém. Na continuidade destes compartimentos, este corpo funde-se com a área do armazém, garantindo assim uma ligação directa entre ambos. No piso superior deste corpo funcionam os gabinetes de direcção, comercial, marketing e design. As escadas junto à recepção, destinadas ao público, funcionam como um elemento de charneira entre o espaço de entrada e os serviços administrativos, integrando o balcão da recepção.
Toda a "pele" exterior do edifício é composta por um revestimento em chapa metálica, de forma a dar unidade ao volume. Na zona de escritórios foi previsto um plano inclinado na mesma chapa, com tratamento "micro perfurado" permitindo a entrada de luz filtrada, no interior do espaço. Os planos interiores, na zona do corte que separa os dois corpos, foram pintados numa cor forte e vibrante com o intuito de destacar a secção do volume e a rotação que originou a sua abertura.

site: www.filipesaraiva.pt

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #175



QUINTA DA PAIÃ
COVILHÃ, DOMINGUISO

Filipe Vogt Rodrigues, Inês Maia Vicente e Marta Mateus Frazão
Atelier Data
2005

Um grande olival estendido sobre a terra argilosa serve de cenário à casa. O acesso à quinta acontece a uma cota superior - Vista surpreendente sobre o extenso e aprumado olival, o rio Zêzere e ainda a Serra da Gardunha. A localização da casa impunha-se próxima do limite desta entrada que "vê por cima".
Pensámos sobre o limite. A tendência natural seria murar este pequeno grande e esmagador pedaço de terra. O sentido de propriedade e a salvaguarda daquilo que é nosso, é importante. Transferimos porém o limite - da propriedade à casa.

O projecto assentou sobre 3 premissas essenciais:

1) Construir um limite - (muro de ardósia cego). Linha que introduz a casa no terreno e constrói o limite da moradia. O seu desenho permite mediar a relação interior e exterior através da introdução de pátios.

2) Pátios de estadia/contemplação como meio de introduzir a paisagem dentro de casa.

3) Materialização - A utilização do material ardósia em contraste com o reboco à talocha pintado a branco, diferencia usos, e hierarquiza as relações que se pretendem evidenciar entre interior e exterior, correspondendo a fachada cega ao lado "duro" - lado de entrada da casa, e a fachada "mole" plano branco com grandes superfícies envidraçadas, ao lado que se pretende mais permeável ao exterior.

site: atelierdata.com

ver mais sobre o projecto:

sábado, 9 de novembro de 2019

RISCAR A ARQUITECTURA NA VILA MEDIEVAL DE OURÉM


Numa organização conjunta do Município de Ourém e da Delegação do Centro da Ordem dos Arquitectos, com o apoio dos Urban Sketchers Portugal e da Direção-Geral do Património Cultural, realiza-se no dia 23 de Novembro o evento Riscar a Arquitectura: Encontro de Diários Gráficos na Vila Medieval de Ourém, a partir das 10h00 junto à Galeria da Vila Medieval, convidando-se os amantes do desenho, e também da fotografia, a olhar para os edifícios e conjuntos urbanos de grande riqueza histórica e arquitectónica, como o é a Vila Medieval de Ourém.

PROGRAMA:
10:00H: Sessão de Desenho Urbano
13:00H: Almoço convívio (marcação obrigatória)
14:30H: Continuação dos trabalhos de Desenho Urbano
16:00H: Inauguração da Exposição “(a)Riscar o Património”


A exposição (A)Riscar o Património resulta de uma iniciativa da DGPC – Direção-Geral do Património Cultural, com apoio dos Urban Sketchers Portugal, que teve início em 2014, integrada nas comemorações das Jornadas Europeias do Património.
Associar a representação do património ao desenho, na sua vertente mais imediata e espontânea, dá o mote para este projecto, que tem como base a reunião, em várias vilas e cidades do país, num mesmo dia, entre sketchers, ilustradores, artistas ou simples amantes do desenho e que em 2019 realizou a sua sexta edição. São 6 anos de desenhos rápidos, feitos ao sabor do instante, em cadernos de diferentes dimensões e caraterísticas, a captar lugares, ambientes, pessoas, momentos e monumentos – já que o mote transversal a este projeto é, sempre, o património, em tudo o que encerra de diverso e universal.

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #174



CLUBHOUSE DE GOLF DO BOM SUCESSO
ÓBIDOS, BOM SUCESSO

Nuno Graça Moura e Luisa Rosas
com Rita Machado, Carlos Castro, Pedro Gonçalves
Nuno Graça Moura, Arq. Lda.
2012

O novo edifício situa-se à cota alta de uma encosta voltada para um lago construído e para o campo de golfe. Surge no remate do futuro hotel, de muito maior dimensão e de que se conhece um estudo prévio. Procuramos minimizar a preasença da construção e adaptá-la à topografia. O edifício apresenta-se fechado para a estrada e aberto para a paisagem. Uma laje espessa, pousa sobre paredes de pedra, que dividem o espaço interior e o delimitam para a estrada. O acesso é feito por uma rampa coberta. O átrio/loja distribui para a área administrativa, bar, restaurante, terraços, vestiários e garagem. A cobertura é ajardinada e, em parte, campo de golfe.

site: nunogracamoura.com

ver mais sobre o projecto:
facebook.com/pg/Nuno-Graça-Moura-Arquitecto-Lda

domingo, 3 de novembro de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #173


ÁREA DA ESTAÇÃO DE CASTELO BRANCO, ESPAÇO PÚBLICO POENTE
CASTELO BRANCO, CASTELO BRANCO

Nuno Lourenço e Lúcia Manso
com NPK arquitectos paisagistas associados
RISCO
2018

A solução de desenho urbano, cuja obra da primeira fase se encontra concluída, permitiu criar um novo jardim público entre a Rua Pedro da Fonseca e a Estação com uma área de cerca de 5.000 m2, na envolvente do qual ganharão destaque os bonitos edifícios do complexo ferroviário, a conservar, as chaminés da antiga metalúrgica e o futuro viaduto, projetado como um elemento de caracterização do espaço urbano e não como uma estrutura meramente rodoviária.
Na segunda fase deste projeto, com a construção deste viaduto, será possível estabelecer um percurso ciclável entre a zona a norte e a zona a sul da via-férrea e melhorar globalmente a acessibilidade ao bairro do Barrocal. Esta nova ligação afasta definitivamente a hipótese de continuação rodoviária da Avenida Nun’Álvares, preservando assim a antiga estação e o ambiente urbano da mesma Avenida.

site: risco.org

ver mais sobre o projecto:
ultimasreportagens.com

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

PROJECTAR #80


A octogésima sessão da actividade PROJECTAR, será dedicada a edifícios escolares, com a exibição de dois documentários, o primeiro sobre a Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, projectada pelo arquitecto Vítor Figueiredo com a colaboração de Eduardo Trigo de Sousa, e o segundo sobre a Escola Superior de Educação de Setúbal, do arquitecto Álvaro Siza, e realiza-se no próximo dia 14 de Novembro, pelas 19h00, no Auditório dos Paços do Concelho das Caldas da Rainha.



Ambos da série Ver Artes com autoria de Manuel Graça Dias e realizados por Edgar Feldman em 1995, o primeiro documentário a exibir, intitulado Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha, foi originalmente transmitido na RTP2, em 21 de Setembro de 1995:
Programa apresentado por Manuel Graça Dias sobre arquitectura, com destaque para o projecto arquitectónico do edifício da Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha, da autoria dos arquitectos Victor Figueiredo e Eduardo Trigo de Sousa.




O segundo documentário, intitulado Escola Superior de Educação de Setúbal foi originalmente transmitido na RTP2, em 9 de Novembro de 1995:
Programa apresentado por Manuel Graça Dias sobre arquitectura dedicado ao projecto da Escola Superior de Educação de Setúbal da responsabilidade do arquitecto Álvaro Siza Vieira.




Com estas sessões propõe-se esta Delegação da Ordem dos Arquitectos exibir documentários de Arquitectura, como forma de divulgar a vida e obra de arquitectos com importância na história e teoria da arquitectura, nacional e internacional, de várias épocas e movimentos, e assim contribuir para o enriquecimento da cultura arquitectónica na nossa região.

Estas sessões destinam-se, para além dos arquitectos da região, a outros técnicos e a todas as pessoas com curiosidade e interesse nestes temas, sendo de acesso livre mas limitadas à lotação do auditório dos Paços do Concelho das Caldas da Rainha, que está disponível para o efeito.

Apoio:
Município das Caldas da Rainha

PROGRAMA:

14 de Novembro, 19h00
Auditório dos Paços do Concelho das Caldas da Rainha
Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha
VÍTOR FIGUEIREDO
e EDUARDO TRIGO DE SOUSA
(1995, Edgar Feldman, 24')
Escola Superior de Educação de Setúbal
ÁLVARO SIZA

(1995, Edgar Feldman, 26')

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #172



CASA ANSIÃO
ANSIÃO, ANSIÃO

Bruno Lucas Dias
com Humberto Lopes, Joana Zuna, Eugénia Gomes
Bruno Dias Arquitectura
2017

No centro histórico da Vila de Ansião, uma casa existente com algum valor histórico, pontua e delimita a frente do terreno da implantação.
À nossa vista, encontramos duas arquiteturas distantes, não só separadas pelo tempo, mas também pela diferença na forma de edificação. Procurando-se estabelecer uma simbiose entre as duas, através do respeito que mantém pelo existente. Esta relação surge de uma forma tão natural, que nos faz pensar que uma nunca existiria uma sem a outra.
O terreno, é delimitado por muros e construções que lhe são adjacentes, desta forma a opção de criar um pátio interior, para onde todos os compartimentos desaguam, atribuindo à casa um caracter intimista que vive para o interior, garantindo mais privacidade. Assim, a implantação surge não só a partir das características do local, mas também com base na proporção de ouro. Isto porque, o corpo humano é a ilustração mais notável e óbvia da regra de ouro, e a presença humana é o elemento essencial na definição de Casa.
A procura por cores e materiais mais quentes no interior proporciona um maior conforto espacial.
Já no espaço exterior, e tendo como base os materiais pré-existentes, são destacadas as linhas originais da casa e mantem-se a mesma linguagem no novo volume, conferindo assim um caracter unitário e uniforme a toda intervenção.

site: brunodiasarquitectura.pt

ver mais sobre o projecto:
afasiaarchzine.com
archdaily.cn
archdaily.com
archdaily.com.br
archello.com
architonic.com
dezeen.com
disup.com
divisare.com
domusweb.it
dromanelli.blogspot.com
dwell.com
espacodearquitetura.com
ignant.com
plainmagazine.com
plataformaarquitectura.cl
publico.pt
stylepark.com
yatzer.com

sábado, 26 de outubro de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #171



CASA SP
CALDAS DA RAINHA, SALIR DO PORTO

Gonçalo Duarte Pacheco
com Luis Câmara Pestana e Tomé Gouveia
Gonçalo Duarte Pacheco
2018

O projeto da Casa SP insere-se na área urbana da pequena localidade de Salir do Porto, a 2km da Baía de São Martinho do Porto. A habitação define-se no limite urbano a sul, projectando-se para uma zona de planície composta por árvores de fruto.
O posicionamento da casa teve em conta a inclinação acentuada do terreno, marcado por um declive de três metros. Definiu-se a implantação na parte plana do terreno, revelando a casa em dois níveis e, consequentemente, em quatro volumes: um no nível superior e três no nível inferior. Definida a habitação pela forma e posicionamento dos volumes mais baixos, surgem duas áreas exteriores que incorporam simultaneamente a piscina no lado sul e um poço pré-existente, no lado norte.
Esta intenção de manter a inclinação do terreno permitiu a criação de uma entrada singular, definida por uma ponte, que estabelece a ligação entre o plano de rua e o plano superior da habitação, onde se situam a sala e a cozinha, ligadas à paisagem através da abertura estratégica de dois vãos e do terraço que funciona como prolongamento da habitação para a paisagem.
No plano inferior, surgem os quartos, a garagem, e uma segunda sala de estar virada a norte enfatizada por uma luz zenital que nos revela uma relação mais intimista da habitação, uma vez que unifica os dois pisos e destaca a existência de um poço antigo artesanal, construído em pedra e uma árvore pré-existente.

site: goncaloduartepacheco.pt

ver mais sobre o projecto:
afasiaarchzine.com
archdaily.com
archdaily.com.br
archello.com
espacodearquitetura.com
facebook.com/pg/goncaloduartepacheco
freedownloadcad.com
homedsgn.com
leibal.com
morewithlessdesign.com
studiomayk.com

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

PROJECTAR NAS CALDAS DA RAINHA


Regressamos às Caldas da Rainha para mais uma sessão dupla da actividade PROJECTAR, desta vez no auditório dos Paços do Concelho, com a exibição de dois documentários, o primeiro dedicado à Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, do arquitecto Vítor Figueiredo, e o segundo sobre a Escola Superior de Educação de Setúbal, do arquitecto Álvaro Siza, no próximo dia 14 de Novembro, pelas 19h00.



Mais informações em breve.

terça-feira, 22 de outubro de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #170



GINÁSIO MAISFITNESS
TORRES VEDRAS, TORRES VEDRAS

João Amaral e Manuela Tamborino
com Luís Correia
Estúdio AMATAM
2016

O que é ser MAIS FITNESS? Entender a mística por detrás da marca é compreender que são as pessoas que a definem. É a vontade de pertencer a esta “tribo” que faz com que as pessoas adiram e queiram fazer parte deste conceito de fitness. Deste conceito surge o mote para este novo ginásio em Torres Vedras, no qual se pretendia definir uma imagem espacial identitária para este e futuros ginásios MAIS FITNESS. Uma tribo comunica por símbolos e cores, e foi essa linguagem que procurámos identificar de modo a afirmar a identidade da marca MAIS FITNESS.
O edifício para a instalação deste ginásio era existente, pelo que grande parte do exercício formal passava pela aceitação das características do edificado e quando possível adaptá-las e reformulá-las, de modo a tirarmos o máximo partido da riqueza espacial em prole das qualidades que pretendiamos dotar a este ginásio.
Ao nível programático o exercício era simples. A mística do MAIS FITNESS está associada à energia positiva das pessoas, e à partilha dessa energia em aulas de grupo com o máximo número de praticantes. Assim, impunha-se um estúdio XXL – quanto maior, melhor! A definição do posicionamento deste espaço no layout do edificio existente, assim como a escada existente de acesso ao seu interior, foram os factores preponderantes na distribuição do programa. A colocação do balcão de recepção como ponto nevrálgico da dinâmica de circulação no interior do ginásio era um dos requisitos. Daí, a sua centralidade, permitir estabelecer relações com a área de lounge, os estúdios, o gabinete e área de atendimento, e até mesmo com os balneários.
Para a criação da identidade espacial da marca, procurámos explorar conceitos associados ao seu universo: a elegância e a energia, o preto e o amarelo, o – e o +. Explorando assim estes elementos em diferentes intensidades nos ambientes dos espaços, nas composições cromáticas e nos padrões gráficos, pretendemos transmitir uma identidade exclusiva, coerente, contemporânea e actual, indissociável do que representa o MAIS FITNESS. O posicionamento da marca ditou as restantes opções. Evitámos transmitir uma conotação Low Cost, mas antes um premium democrático. Os ambientes dos espaços, assim como a escolha de materiais reflete isso mesmo, elegância e bom gosto, com um toque de irreverêcia nos detalhes. Acreditamos que menos é mais, pelo que se procurou tirar partido de uma palete de materiais corente e limitada, de modo a transmitir unidade mas também diferenciação entre os diferentes usos do ginásio.
BALNEÁRIOS
Os balneários são dos espaços mais preponderantes na avaliação da qualidade de um ginásio. Pretendemos surpreender, criando um espaço acima de tudo contemporâneo para uma geração habituada a procurar novas referências todos os dias. Os tons primam pela elegância e com toques de irreverência através de apontamentos gráficos e da manipulação da estereotomia dos cerâmicos. O balneário Masculino e Feminino são iguais esteticamente, porque no fundo aqui não há homens nem mulheres, há pessoas a procurarem ser melhores!
ÁREAS SOCIAIS
Este é o core do ginásio! É aqui que a partilha começa, se descobrem cumplicidades e se fazem amizades. É aqui que se inicia o percurso no MAIS FITNESS e também onde acaba. Este é um espaço aglutinador e central, onde o convívio é constante. Evidenciar essa centralidade foi o mote para estruturar esta área. A aplicação de uma pintura de cor amarelo no pavimento estrutura todo o percurso desde a entrada até à recepção, potenciando o ambiente da marca e dando-lhe preponderância. O amarelo revela-se em todo o espaço, deambulando entre as paredes, o tecto, o mobiliário, contaminando com uma energia contagiante. O branco e o cinza acabam por fazer o justo equilíbrio, passando uma atmosfera de sofisticação. Graficamente, acrescentou-se uma outra layer, que procura através da simbologia gráfica do MAIS (+), evidenciar trajectos, direcções e a preponderância da energia dentro do ginásio, como se fosse um medidor táctil de intensidade!
No lounge o ambiente torna-se mais branco, oferecendo o destaque à vista fabulosa e aos elementos verdes que pontualmente são colocados, estimulando um certo relaxamento emocional e bem-estar associado a estes elementos e ao mobiliário confortável e descontraido.
CORREDOR
Com tanta energia por todo o lado, necessitamos de criar espaços neutros e de descompressão. Por isso apostámos neste corredor, que acaba por ser o ponto de preparação para um novo treino, ou para recuperar do último treino. É sempre um ponto de passagem entre momentos energéticos. O branco é a cor dominante. O efeito visual criado pelos espelhos leva-nos ao infinito, seja na mente como no espaço.
ESTÚDIO SPINNING
Esta modalidade transpira velocidade, movimento, vertigem… e foi com estes princípios que se definiu a estratégia conceptual para este estúdio. O efeito cénico de multiplicação criado pelos espelhos, que remetem para um ponto no infinito, assemelhando-se a um vortex acaba por intensificar o sentido de quem pedala em direcção a algo, Para tornar esse efeito mais dramático, exploraram-se linhas que enfatizam o movimento e a vontade de quem pretende alcançar o destino a que se propôs. Existe também alguma áurea de espaço de culto associado aos elementos gráficos, que se pretende que possam ser explorados na criação de uma certa mística associada às aulas desta modalidade.
ESTÚDIO FITNESS
Este é o local de culto do MAIS FITNESS. O motor de toda a energia. Aqui a intensidade sobe ao limite. Por isso não sentimos a necessidade de excessos visuais. Procurou-se tornar o espaço mais acolhedor através da pintura do tecto e parte das paredes em cinza, devido à sua grande dimensão vertical, e apostámos em enfatizar o sentido do palco através da horizontalidade dos planos brancos. Através da aplicação de uma pelicula colorida espelhada no pórtico da entrada, com características únicas a nível cromático, pretende-se criar um elemento surpresa único, capaz de acrescentar mais dinâmica aos momentos de treino. ESPAÇO UNDERGROUND
Aqui surge o lado obscuro do MAIS FITNESS. Um espaço com uma energia diferente…. Mais corrosiva… um espaço para quebrar barreiras e limites, para ir mais além. Para batalharmos com o nosso eu interior, em busca da perfeição. Um ambiente sombrio, intimidador, mas desafiante. Partindo dos ringues de luta como referência, aplicou-se rede na limitação dos diferentes espaços. A presença da cor amarela faz-nos nunca perder a noção que continuamos no MAIS FITNESS, e que basta seguir a cor para voltarmos à luz!

site: estudioamatam.com

ver mais sobre o projecto:
archdaily.com
archdaily.com.br
archello.com
archilovers.com
architizer.com
estatemag.kz
facebook.com/pg/GinasioMaisFitnessTorresVedrasSul
frameweb.com
lookingarchitecture.wordpress.com
new.rushi.net
pvc.org.br
retaildesignblog.net
wonderfulvinyl.pvc.org

sábado, 19 de outubro de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #169



ADEGA 23
VILA VELHA DE RÓDÃO, SARNADAS DE RÓDÃO

Francisco Freitas, Luís Valente, Paulo Borralho, Rui Didier, Ana Tomé e Eliza Jabłońska
Atelier RUA
2017

O terreno, localizado em Sarnadas de Ródão, distrito de Castelo Branco tem uma área com cerca de 15 ha dos quais 10,5 ha serão para plantação de vinhas. É dividido pela auto-estrada A23 em duas parcelas com aproximadamente a mesma área. A Sul, o terreno é marcado sobretudo pela existência de uma barragem que alimenta o sistema de rega das vinhas. A Norte da A23, um pavilhão com aproximadamente 530 m2 e uma casa das máquinas à qual está associado um tanque para rega, pontuavam o terreno nas suas cotas mais elevadas. Uma passagem subterrânea (túnel) a Poente e uma passagem aérea (viaduto) a Nascente constituem-se como ligações viárias e pedonais entre as parcelas Norte e Sul.
A ideia de projeto passou por unificar a construção existente e a ampliação necessária para complementar o programa, transformando-os num único objecto. Desta dualidade entre pré-existência e nova construção surgem duas materialidades distintas que contrastam e se complementam. Por um lado, o revestimento das paredes existentes em painéis de cortiça; um material ligado a esta região e com excelentes características térmicas e acústicas. Reforçando esta preocupação em relação ao comportamento térmico do edifício, uma segunda pele metálica de cor dourada constitui-se como uma “cinta” que envolve o edifício existente e materializa os novos espaços da adega. Esta “cinta” provoca o ensombramento dos espaços técnicos permitindo a necessária regulação de temperatura e ventilação de forma natural. Esta solução permitiu também um desenho mais versátil e livre dos alçados de acordo com o programa definido.
Esta pele foi trabalhada do ponto de vista da textura através de módulos de chapa calandrada e micro perfurada que funcionam simultaneamente a escalas diferentes, uma textura perceptível da auto-estrada e outra lida numa situação de maior proximidade com uma aparência têxtil. A distribuição do programa funcional localiza as zonas de produção e de caracter mais técnico na zona correspondente ao pavilhão existente com um pé direito duplo de cerca de 6 metros e com uma área de aproximadamente 500 m2. Esta zona, em open-space, tem dois acessos exteriores através de dois portões. Um, na fachada Sul para as cargas e descargas do produto acabado e outro na fachada Nascente para receber as uvas. É também neste alçado (Nascente) que estão localizadas as máquinas de frio, a mesa de recolha, o tapete elevatório e o desengarçador.
No lado Norte surge uma ampliação do pavilhão existente para dar resposta ao programa social e de apoio à área de produção. O acesso a este núcleo, e ao nível do piso térreo faz-se através de uma galeria exterior coberta que se eleva progressivamente em relação à vinha à medida que nos aproximamos da entrada principal, aqui encontram-se: a recepção ao visitante, uma zona para exposição de vinho, escritório, laboratório, instalações sanitárias, balneários e arrumos. Estes dois últimos têm acesso directo à zona de produção. Ainda neste piso existe uma comunicação vertical através de escadas que liga este programa ao piso -1 e ao piso 1. No piso -1 está a Sala das Barricas, encarada como um cofre com uma grande montra e com paredes exteriores duplas constituídas por painéis de betão à vista, onde estão localizadas as cerca de 80 barricas de madeira. No piso 1 está o programa de caráter mais público: a copa, o quarto e a sala de provas (que se relaciona directamente com a vista sul- poente sobre a vinha através de uma varanda coberta).

site: atelierrua.com

ver mais sobre o projecto:
aasarchitecture.com
adega23.pt
archdaily.cn
archdaily.com
archdaily.com.br
archello.com
archilovers.com
baunetz.de
cm-vvrodao.pt
designboom.com
detail.de
divisare.com
domusweb.it
facebook.com/pg/Atelier-RUA-Arquitectos
facebook.com/pg/Nuno-Almendra-Fotografia
new.rushi.net
plataformaarquitectura.cl
publico.pt

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #168



CASA O: 10 MORADIAS INDIVIDUAIS, LOTES 127 A 130 E 137 A 142
ÓBIDOS, BOM SUCESSO

Madalena Cardoso de Menezes e Francisco Teixeira Bastos
com Ana Botelho, Sérgio Hipólito, Sofia Tavares da Silva, Sérgio Xavier
Atelier dos Remédios
2009

Este projecto teve a sua génese na procura de uma forma de habitar todos os espaços componentes de uma casa e na interdependência destes com um espaço central multiforme.
Traçamos uma linha longitudinal, com a direcção Este/Oeste, no ponto médio da largura do lote. Tratou-se de um desejo de uma ocupação em extensão, permitindo a manutenção de uma área livre paralela à construção com as mesmas dimensões desta. Encostámos à extrema Nascente com 3m de afastamento, a faixa de área construída, no pressuposto de atribuir à fachada Nascente o lugar dos quartos e à fachada Poente a zona das salas. o topo Norte é ocupado pela entrada e estacionamento e o topo Sul pela cozinha.
A ocupação da cozinha no quadrante sudeste, num lugar privilegiado da casa, não se tratou de uma consequência mas de uma atribuição a este espaço, que se demonstra dos mais habitados no quotidiano familiar, de uma situação invulgar, mais confortável e mais central da habitação.
Decidimos separar a sala de estar da sala de jantar e dispô-las numa relação espacial de canto entre elas e em que ambas partilham o mesmo espaço exterior. Deste modo conseguimos não ocupar o quadrante Sudoeste da casa, dotando-o de um pátio coberto que se por um lado fracciona a construção permitindo entradas de luz Sul e Poente no interior da habitação, por outro repõe a unidade da construção ao nível do plano de cobertura que percorrerá os espaços sociais.
Uma outra decisão conceptual apontou a distribuição dos espaços desta casa. Quisemos que a suite se tornasse o refúgio dos seus futuros donos. Deste modo tornámo-la o elemento mais destacado desta construção, o que se encontra numa cota elevada em relação ao resto da casa, o que se procura – o lugar onde se vai. Por outro lado jogámos com a subversão deste valor ao encostar a área de esplanada da piscina e fazer da sua fachada o pano de fundo desta, trata-se de uma reposição programática de sentido comunitário que regulou todo este projecto.
Com a vontade de um espaço central de distribuição e com o cumprimento de todas as linhas anteriormente referidas, acedemos a esta moradia por uma entrada recolhida e entalada entre dois corpos dispostos com um ângulo de 10º entre eles. Um primeiro espaço de entrada mais baixo 50cm dá acesso ao espaço de distribuição por excelência através de 3 degraus. No hall central encontram-se todos os espaços de distribuição e direcções apontadas, trata-se de um espaço centrífugo embora dotado de um suplemento de área “supérflua” que permite a informalidade de encontros, actividades ocupações etc.
Acede-se aos quartos, suite, sala de estar, lavabo, lavandaria e cozinha através de câmaras dispostas de ambos os lados deste hall central, sendo a sala de jantar a única excepção a esta regra e que terá acesso directo na ponta oposta à da entrada na habitação, no ponto mais estreito do hall.
O corpo da suite e sala de estar teve uma rotação de 10º em relação ao alinhamento original (N/S) de modo a poder estabelecer uma fuga visual do corpo da sala de jantar e por outro lado definir mais concisamente zonas de estar no jardim, nomeadamente zona de estar frente ao pátio, zona à frente da sala de estar e zona da piscina.
A piscina será implantada no quadrante Noroeste do lote num plateau situado a uma cota de 55cm mais elevada em relação à cota do arruamento respectivo. Toda a casa aposta numa arquitectura de volumes, que provocam espaços encerrados em si mesmos mas que na composição entre eles vão provocando espaços ambíguos de exterior interior que trarão uma disposição singular de espaço e de iluminação natural.

site: atrem.eu

ver mais sobre o projecto:
bomsucesso.com.pt
habitarportugal.org
homify.com.my
homify.es
homify.it
homify.pt
thehardt.com

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #167



CAPELA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
IDANHA-A-NOVA, CNAE-CENTRO DE ACTIVIDADES ESCUTISTAS

Pedro Ferreira e Helena Vieira
com João Martins
Plano Humano Arquitectos
2017

Em plena região centro de Portugal, no concelho de Idanha a Nova, a construção deste edifício surgiu da vontade de ter no Centro Nacional de Atividades Escutistas (CNAE) uma capela aquando do XXIII Acampamento Nacional de Escuteiros Católicos Portugueses, que envolveu cerca de 22000 participantes, e para se juntar às demais construções definitivas que este centro escutista dispõe.
A localização escolhida é privilegiada, numa área de planalto, central no CNAE, em ambiente rural e natural, com um sistema de vistas extraordinário, que impulsionou a conceção do edifício.
A vivência espacial inicia-se com o percurso de acesso à capela, um momento de passagem gradual para o ambiente mais recolhido deste recinto, criado por uma divisória em postes de madeira tratada, suficiente para delimitar o espaço, mas propositadamente aberta, mostrando uma capela disponível para todos os que passam. A coroar a entrada, pregão da vida do povo cristão, um sino, alusivo ao Corpo Nacional de Escutas e ao XXIII Acampamento Nacional.
A inspiração para esta construção, dedicada a Nossa Senhora de Fátima, nasceu do âmago da experiência escutista: a vida ao ar livre, o acampamento, a tenda, a sobriedade e simplicidade das construções e estilo de vida. Também as extremas do edifício, de forma pontiaguda, fazem uma alusão ao lenço escutista, símbolo da promessa e compromisso neste movimento.
Pensámos a capela como uma grande tenda, de portas abertas a todos, e em todos os momentos. Um ponto de acolhimento, abrigo e encontro. A sua forma muito simples, semelhante a uma tenda canadiana, estabelece-se em duas águas, que se moldam à utilização dos seus visitantes. A estrutura aproxima-se às pessoas na zona da entrada, onde o volume é mais baixo e mais estreito, mais próximo da escala humana, e alonga-se para a frente e para o alto, elevando o utilizador para algo superior, com uma paisagem deslumbrante como pano de fundo, que amplifica estas sensações. O espaço envolve, acalma, e convida-nos a contemplar a imensidão da paisagem. O contexto intimista do local alia-se ao espírito escutista e cristão de comunhão com a natureza.
A orientação Nascente / Poente da capela potencia que o nascer do sol ilumine o seu espaço interior, mas é ao pôr-do-Sol que se usufrui de uma imensidão de cores, tons e ambiências, que envolvem o olhar e legitimam também toda a composição arquitetónica.
No outono e inverno, a luz, mais crua, destaca a tranquilidade do local, e a simbiose de desadorno entre o edifício e a paisagem.
O ponto de entrada, onde o edifício se assemelha ao lenço escutista, e à forma como este assenta no pescoço, é também marcado pela presença da água, que aqui “nasce”, formalizando um início, que convida à entrada na capela e no Mistério que celebra, evocando a longa e rica simbologia bíblica e litúrgica.
A água atravessa todo o espaço da capela, num caminho que se desenvolve até ao altar – lugar central de qualquer espaço celebrativo cristão - e posteriormente para a paisagem, encaminhando o utilizador para a cruz, que fora da capela, no mesmo alinhamento, pontua a paisagem e consolida a sensação de amplitude e projeção para o Divino.
A grande cruz, implantada na paisagem, com a sua forma imponente e ao mesmo tempo delicada, que se aligeira à medida que ganha altura, testemunha e corrobora a solenidade do local.
O alinhamento destes elementos litúrgicos, dispostos segundo um caminho protegido pela forma arquitetónica, que ao abrigar projeta também o utilizador para o alto e para a paisagem, unificam os propósitos da conceção formal e conceptual do edifício.
A estrutura de madeira e zinco confere um aspeto exterior simples e protetor ao templo, e um ambiente confortável e acolhedor no interior, onde a estrutura de 12 vigas, numa alusão aos Apóstolos, foi deixada à vista, mostrando a verdade e simplicidade construtiva.
Com um comprimento total de 12m, a estrutura atinge o seu ponto mais alto aos 9m, após o Altar, onde o elevar da viga principal aumenta a profundidade do espaço e destaca este ponto sacro. Toda a estrutura é ligada ao chão através de rótulas metálicas.
Os materiais escolhidos integram o edifício na envolvente, na prática escutista, e no conceito arquitetónico. A madeira é um material muito utilizado pelos escuteiros nas suas construções. É um material natural e tradicional, que confere solidez e conforto. O zinco, material também tradicional, aqui eleito pelas suas excelentes qualidades de estanquicidade, e também pela sensação de proteção que confere.
O altar, a fonte e o caminho de percurso da água, são elementos fixos do edifício, e são constituídos em pedra, material natural e nobre.
A cátedra, o ambão, o suporte do círio, a base da imagem de Nossa Senhora de Fátima e os bancos da assembleia são móveis, feitos em madeira maciça, trabalhada de forma simples, quase tosca, depurada de acabamentos adicionais, deixando a função sobrepor-se à decoração.
A luz, importante tema na arquitetura e na expressão religiosa, foi pensada de forma a realçar a expressividade de todo o espaço, interior e exterior. Pela sua localização, em ambiente rural, e no centro da prática escutista, a iluminação artificial eleita é discreta, harmoniosamente distribuída, destacando e enquadrando o edifício com a natureza sempre que a noite cai, deixando contudo sobressair as estrelas. É uma iluminação que parte de baixo e se projeta no conjunto edificado, e na grande cruz, que valoriza as dimensões da arquitetura, conferindo-lhe também dimensões etéreas. Um único ponto de luz destaca-se da restante iluminação, e cai do alto do eixo da estrutura, no topo do altar, consagrando em reverência este elemento.
A capela está ao serviço da comunidade escutista, e permite que em celebrações para maior número de pessoas a assembleia possa ficar no exterior, ficando o celebrante virado para a paisagem, passando desta forma a capela a funcionar como um Altar.
Este é um lugar espiritual, uma existência simples, sagrada, que convida a recolher, em diálogo pessoal, em encontro com a fé, e a voltar a olhar para a frente, para um horizonte mais alto.

site: planohumanoarquitectos.com

ver mais sobre o projecto:
anteprojectos.com.pt
archdaily.com
archdaily.com.br
archello.com
archilovers.com
archipanic.com
architizer.com
architonic.com
area-arch.it
bbc.com
casasdemadeira.eu
chi-athenaeum.org
designboom.com
dezeen.com
divisare.com
e-architect.co.uk
freecadworld.com
gooood.cn
inhabitat.com
inspirationist.net
internationalarchitectureawards.com
joaomorgado.com
larchitecturedaujourdhui.fr
metalocus.es
miesarch.com
new.rushi.net
portugalinews.eu
publico.pt
uzinabooks.com
worldarchitecturefestival.com
yiqisheji.com
5osa.com