sexta-feira, 29 de novembro de 2013

ELEIÇÕES PARA A ORDEM DOS ARQUITECTOS

No próximo dia 19 de Dezembro, a Ordem vai a votos para a eleição dos órgãos Nacionais e Regionais Norte e Sul.
 
Com o objectivo de contribuir para um melhor esclarecimento dos eleitores, e por solicitação da Lista A - MAIS Arquitectura candidata aos órgãos nacionais, esta Delegação da Ordem dos Arquitectos promove no próximo dia 10 de Dezembro, terça-feira, pelas 19h00, uma sessão de esclarecimento com o Arq.º João Santa-Rita Fernandes, candidato a Presidente do Conselho Directivo Nacional, na sua sede, em Abrantes.

Assim, vimos convidar todos os colegas a participarem com as suas dúvidas, sugestões ou reclamações, para melhor preparar a acção no próximo mandato, e a aparecer no jantar convívio que se seguirá.

Mais informações em:
Nota sobre a Convocatória das Eleições para o Mandato 2014-2016
Candidaturas Mandato 2014-2016
Publicitação dos Cadernos Eleitorais
Convocatória e Calendário Eleitoral

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

CASA EM MAÇÃO NO ESPAÇOS & CASAS

Uma casa de férias projectada pelo Arq.º Duarte Pape, na aldeia de Vale de Abelha, no concelho de Mação, é um dos temas focados em mais um programa Espaços & Casas, para ver do minuto 10'30" ao 13'30".


Espaços&Casas T5 Eps 33 from GO-TO on Vimeo.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

PROJECTAR COM EILEEN GRAY


EILEEN GRAY será a protagonista da primeira sessão da actividade PROJECTAR contada no feminino, no próximo dia 21 de Novembro, pelas 19h00, no edifício dos Paços do Concelho de ALCANENA.

Nascida em 9 de Agosto de 1878, em Enniscorthy, na Irlanda, como Kathleen Eileen Moray Smith, quinta filha de um pintor amador, que lhe incutiu o gosto pelas artes, e de uma descendente de uma família aristocrática, teve o seu nome alterado para Kathleen Eileen Moray Gray quando a sua mãe se tornou a 19.ª Baronesa Gray.

Foi uma das primeiras mulheres a frequentar a Slade School of Fine Art, em Londres, onde ingressou em 1898, e continuou depois os estudos em Paris, a partir de 1902, na Académie Julian e na École Colarossi, continuando no entanto a visitar frequentemente as casas da família em Londres e na Irlanda.

Em 1905 regressou a Londres por doença da mãe, voltando a frequentar a Slade, onde se sente cada vez mais insatisfeita com o desenho e a pintura. Nas suas deambulações por Londres descobre uma oficina de reparação de trabalhos em laca onde se oferece para trabalhar, o que lhe vai permitir aprender os rudimentos da arte da lacagem, atraída que estava já por essa antiga arte oriental da China e do Japão.

De novo em Paris em 1906, vai continuar a aprender essa arte com Seizo Sugawara, um jovem artífice japonês vindo do norte do Japão que aceita ensinar-lhe os segredos do ofício. Essa aprendizagem vai ocupar-lhe quatro anos, período em que se instala num apartamento em Paris que virá a ser a sua residência até ao final da sua vida.

Mas só em 1913 se sentirá confiante para expor os seus trabalhos, com uns painéis decorativos no Salon des Artistes Décorateurs, que vão despertar o interesse do estilista Jacques Doucet que para além da aquisição aí feita, lhe vai encomendar uma série de trabalhos para o seu apartamento de Paris.

Entretanto, com o estalar da Primeira Grande Guerra, Eileen vai para Londres, levando Sugawara consigo, só voltando a Paris no final de 1917, com o aproximar do fim da guerra, altura em que recebe a encomenda para decorar o interior de um apartamento na Rue de Lota, projecto que ela aproveita para abordar com uma lógica de conjunto, com os seus móveis, tapetes e painéis decorativos. Este seu trabalho será muito bem referenciado em vários artigos em jornais e revistas.

Incentivada por este sucesso e pelo crítico de arquitectura Jean Badovici, abre o seu espaço comercial em Paris em 1922 com nome Galerie Jean Désert, nome masculino fictício, onde vende os seus trabalhos e colaborações com Sugawara e Evelyn Wyld. Conquista uma clientela selecta, onde se contam o realizador René Clair, o escritor James Joyce ou a criadora de moda Elsa Schiaparelli, embora não se revele um negócio rentável. A loja encerra em 1930.

Em 1923 cria um conjunto de quarto, Bedroom-Boudoir para Monte Carlo, no Salon des Artistes Décorateurs, muito mal recebido pela crítica francesa - a filha do Dr. Caligari, chamam-lhe - mas que atrai a atenção do arquitecto holandês J.P. Oud. Também a sua contribuição para o Salon d’Automne do mesmo ano foi elogiada pelos colegas expositores, entre os quais Le Corbusier e o arquitecto Robert Mallet Stevens.

Encorajada pelo seu novo companheiro Jean Badovici, volta-se para a arquitectura, visitando em conjunto vários exemplos da arquitectura moderna na Europa, e projectando a partir de 1924 aquela que será a sua obra maior, a casa E.1027 numa encosta junto ao mar em Roquebrune, perto do Mónaco. Faz o projecto de arquitectura em colaboração com Jean Badovici e desenha todo o mobiliário expressamente para a casa, que fica pronta em 1929.

Estabelece relação com a Union des Artistes Modernes, em cuja exposição de 1930 expõe o projecto da casa E.1027, e que será também publicado no primeiro número da revista L'Architecture d'aujourd'hui.

Em 1932 separa-se de Badovici, a quem deixa a casa E.1027, e começa a construção de uma nova casa na estrada de Castellar para Menton, a que chamará Villa Tempe a Pailla, um projecto mais pessoal e intimista, feito a solo, já sem a colaboração de Jean Badovici. A espaços mais compactos alia mobiliário versátil e articulado.

Aceita o convite de Le Corbusier para participar na Exposition internationale «Arts et Techniques dans la Vie Moderne» de Paris em 1937, com um projecto seu para um Centro de Férias e Lazer. No entanto, levando uma vida cada vez mais de reclusão, não estará presente na inauguração. Entretanto, por essa altura, Le Corbusier enquanto amigo de Badovici, visita a casa E.1027 à qual não resiste adicionar o seu contributo, uma série de pinturas murais nas suas paredes entre 1937-38. Eileen considera esta intervenção, sem a sua autorização, um acto de puro vandalismo e corta relações com Le Corbusier. Quer tenha sido por admiração ou por inveja do resultado atingido por Eileen, a verdade é que Le Corbusier se sentiu cada vez mais ligado à casa. Não logrando adquirir a casa, acabou por comprar um lote de terreno adjacente onde edificou o seu Le Cabanon. Viria a morrer na manhã de 27 de Agosto de 1965, quando foi nadar na praia próximo da casa E.1027.

Eileen Gray continuaria a viver na Villa Tempe a Pailla até ao primeiro ano da Segunda Guerra Mundial, quando foi forçada a mudar-se mais para o interior. Quando a guerra terminou, descobriu que o apartamento em Saint-Tropez onde tinha guardado muitas das suas coisas tinha sido bombardeado e que a Villa Tempe a Pailla tinha sido saqueada. Regressou ao seu apartamento em Paris que, felizmente, permanecia intacto.

Aí levou uma vida recatada na companhia apenas de um círculo muito fechado de amigas, voltando a projectar muito esporadicamente, mas sendo progressivamente cada vez mais esquecida pelos seus pares e pelo meio da arquitectura que entretanto glorificava le Corbusier ou Robert Mallet Stevens.

Em 1968, um artigo na revista Domus volta a chamar a atenção para o seu trabalho, a que se seguiram exposições dedicadas ao seu trabalho em Graz e Viena, em 1970, e em 1972 o leilão do conteúdo do apartamento de Jacques Doucet em Paris, no qual algumas das suas peças atingem valores recorde para peças decorativas do século XX, e uma exposição no Royal Institute of British Architects em Londres. A culminar, a proposta de voltar a fabricar alguns dos seus móveis, processo no qual Eileen Gray ainda vai intervir, nessa altura com mais de noventa anos de idade.

Virá a falecer a 31 de Outubro de 1976, em Paris, no seu apartamento na Rue Bonaparte com 98 anos.


Apoio:
Município de Alcanena

PROGRAMA:

21 de Novembro, 19h00
Edifício dos Paços do Concelho, Alcanena
Convite à Viagem: EILEEN GRAY Designer e Arquitecta
(2006, Jörg Bundschuh, 52')

Em Dezembro não há sessão.
Voltamos a 23 de Janeiro, em Ponte de Sôr.

Estas sessões obtiveram a validação de 1 crédito cada no âmbito da formação obrigatória em temáticas opcionais dos estágios de ingresso na O.A.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

PROJECTAR #16


Pela primeira vez na actividade PROJECTAR, naquela que será a décima-sexta sessão, vamos ter uma vida contada no feminino: Eileen Gray, designer e arquitecta irlandesa será o tema do documentário intitulado "Convite à Viagem", realizado por Jörg Bundschun em 2006, a exibir no edifício dos Paços do Concelho de Alcanena no próximo dia 21 de Novembro, pelas 19h00.

Eileen Gray viveu sempre à frente do seu tempo. Trinta anos após a sua morte, ela continua a ser considerada a própria essência do Moderno. Toda a gente viu já o seu mobiliário, a sua famosa Mesa Ajustável, o Sofá Lola, o Candeeiro Tubo - mas a maioria não conhece na verdade a designer e arquitecta por trás dele.
Nascida em 1878 no seio de uma família aristocrática de linhagem irlandesa e escocesa, começou por estudar em Londres e depois mudou-se para Paris em 1902. Aqui conquistou um vasto respeito pelo seu trabalho. Ao mesmo tempo tomou com gosto o estilo de vida boémio de uma mulher independente. Amou homens e mulheres, carros rápidos, aviões, navios e viagens - e revolucionou a nossa ideia de como vivemos. Como arquitecta, concebeu uma das mais emblemáticas casas do século vinte, a E.1027. A casa em Roquebrune, em frente a Monte Carlo, encantou o colega arquitecto Le Corbusier desde o momento em que a viu até à sua morte - a sua obsessão pelo edifício acabou por destruir a sua amizade com Eileen Gray.
Eileen Gray faleceu em 31 de Outubro de 1976, em Paris - só e praticamente esquecida. Hoje em dia as peças originais do seu mobiliário atingem milhões em leilões, e mentes criadoras famosas como Yves St. Laurent estão entre os seus mais devotos colecionadores. Réplicas das suas peças continuam a ser consideradas avant-garde oitenta anos após a sua criação. Eileen Gray continua a ser um ícone do Moderno, e uma das mulheres mais fascinantes do século vinte.
 



Com estas sessões propõe-se esta Delegação da Ordem dos Arquitectos exibir documentários de Arquitectura, como forma de divulgar a vida e obra de arquitectos com importância na história e teoria da arquitectura, nacional e internacional, de várias épocas e movimentos, e assim contribuir para o enriquecimento da cultura arquitectónica na nossa região.

Estas sessões destinam-se, para além dos arquitectos da região, a todas as pessoas com curiosidade e interesse nestes temas, sendo de acesso livre e limitadas à lotação da sala que, no edifício dos Paços do Concelho de Alcanena, está disponível para o efeito.

Apoio:
Município de Alcanena

PROGRAMA:

21 de Novembro, 19h00
Edifício dos Paços do Concelho, Alcanena
Convite à Viagem: EILEEN GRAY Designer e Arquitecta
(2006, Jörg Bundschuh, 52')

Em Dezembro não há sessão.
Continuamos em Janeiro.

Estas sessões obtiveram a validação de 1 crédito cada no âmbito da formação obrigatória em temáticas opcionais dos estágios de ingresso na O.A.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

PROJECTAR EM ALCANENA

No dia 21 de Novembro, quinta-feira, vamos estar em Alcanena para mais uma sessão da actividade PROJECTAR. Será no edifício dos Paços do Concelho, pelas 19h00, para a exibição de mais um documentário sobre Arquitectura.



Ver Paços do Concelho de Alcanena num mapa maior

Mais informações em breve.