segunda-feira, 11 de novembro de 2019

ARQUITECTURA AO CENTRO #175



QUINTA DA PAIÃ
COVILHÃ, DOMINGUISO

Filipe Vogt Rodrigues, Inês Maia Vicente e Marta Mateus Frazão
Atelier Data
2005

Um grande olival estendido sobre a terra argilosa serve de cenário à casa. O acesso à quinta acontece a uma cota superior - Vista surpreendente sobre o extenso e aprumado olival, o rio Zêzere e ainda a Serra da Gardunha. A localização da casa impunha-se próxima do limite desta entrada que "vê por cima".
Pensámos sobre o limite. A tendência natural seria murar este pequeno grande e esmagador pedaço de terra. O sentido de propriedade e a salvaguarda daquilo que é nosso, é importante. Transferimos porém o limite - da propriedade à casa.

O projecto assentou sobre 3 premissas essenciais:

1) Construir um limite - (muro de ardósia cego). Linha que introduz a casa no terreno e constrói o limite da moradia. O seu desenho permite mediar a relação interior e exterior através da introdução de pátios.

2) Pátios de estadia/contemplação como meio de introduzir a paisagem dentro de casa.

3) Materialização - A utilização do material ardósia em contraste com o reboco à talocha pintado a branco, diferencia usos, e hierarquiza as relações que se pretendem evidenciar entre interior e exterior, correspondendo a fachada cega ao lado "duro" - lado de entrada da casa, e a fachada "mole" plano branco com grandes superfícies envidraçadas, ao lado que se pretende mais permeável ao exterior.

site: atelierdata.com

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