exposição
EDUARDO SOUTO DE MOURA
CONTINUIDADE
Corredor do Cruzeiro, Convento de Cristo, Tomar
3 a 28 de Março
Resultado de uma parceria entre esta Delegação da Ordem dos Arquitectos com o Convento de Cristo e com o Centro Cultural de Belém, a exposição EDUARDO SOUTO DE MOURA - CONTINUIDADE que esteve patente ao público no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, de 21 de Junho a 18 de Setembro de 2016, vai estar patente ao público no Corredor do Cruzeiro do Convento de Cristo, em Tomar, de 3 a 28 de Março, contando-se com a presença do arquitecto Eduardo Souto de Moura na inauguração, dia 3, pelas 18h00.
Na obra de Eduardo Souto de Moura, os simbolismos e as analogias são elementos fundamentais na composição arquitectónica. De uma forma latente, no caso dos simbolismos, ou claramente assumidas, no caso das analogias, funcionam como elementos catalisadores de um desenvolvimento mental de procura de soluções que permitem consolidar e contextualizar as suas intervenções.
A uma arquitectura que procura a racionalidade na disciplina, claramente influenciada por Aldo Rossi e os seus princípios de que as preexistências, a história da arquitectura, a tradição da cidade europeia e a ideia de monumento são o ponto de partida para evolução da disciplina, contrapõe-se uma visão norte-americana inspirada em Robert Venturi, contrária à Arquitectura Moderna, defendendo uma via híbrida, onde a contradição e a ambiguidade quebram com os princípios de coerência defendidos pelo Movimento Moderno.
A utilização das regras e das ordens clássicas, como ponto de partida para a apropriação do "sitio" enquanto entidade fornecedora de referências, demonstra a inquietação do arquitecto pela maneira como as suas obras estão inseridas no território, tendo consciência de que estas funcionam como recursos de transformação do espaço envolvente e que devem ser equacionadas como tal.
A materialização das suas obras está sempre associada a uma espacialização que se apoia na composição e na medida, na procura de uma arquitectura de precisão, na busca da perfeição e na sucessiva depuração dos elementos.
A redução da obra de Eduardo Souto de Moura a uma única temática acaba por não dar resposta a um conjunto de problemáticas no campo da arquitectura, que afloram as preocupações de uma complexa realidade processual, que faz parte da sua produção arquitectónica.
O contexto, tanto regional, como local ou cultural, acaba por desempenhar um papel importante no processo mental que conduz às suas obras, muitas vezes num cruzamento de influências que permitem repensar, operativamente, o processo criativo ao longo da sua obra. O suporte expositivo pretende estabelecer uma ordem clara de leitura da obra do arquitecto Eduardo Souto de Moura, onde cada núcleo é um território disciplinar, ao mesmo tempo que dá lugar ao informe, permitindo uma promenade onde o somatório sequencial das partes resulta numa obra total.
Curadoria
António Sérgio Koch, arq.
André de França Campos, arq.
EDUARDO SOUTO DE MOURA
CONTINUIDADE
Corredor do Cruzeiro, Convento de Cristo, Tomar
3 a 28 de Março
Resultado de uma parceria entre esta Delegação da Ordem dos Arquitectos com o Convento de Cristo e com o Centro Cultural de Belém, a exposição EDUARDO SOUTO DE MOURA - CONTINUIDADE que esteve patente ao público no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, de 21 de Junho a 18 de Setembro de 2016, vai estar patente ao público no Corredor do Cruzeiro do Convento de Cristo, em Tomar, de 3 a 28 de Março, contando-se com a presença do arquitecto Eduardo Souto de Moura na inauguração, dia 3, pelas 18h00.
Na obra de Eduardo Souto de Moura, os simbolismos e as analogias são elementos fundamentais na composição arquitectónica. De uma forma latente, no caso dos simbolismos, ou claramente assumidas, no caso das analogias, funcionam como elementos catalisadores de um desenvolvimento mental de procura de soluções que permitem consolidar e contextualizar as suas intervenções.
A uma arquitectura que procura a racionalidade na disciplina, claramente influenciada por Aldo Rossi e os seus princípios de que as preexistências, a história da arquitectura, a tradição da cidade europeia e a ideia de monumento são o ponto de partida para evolução da disciplina, contrapõe-se uma visão norte-americana inspirada em Robert Venturi, contrária à Arquitectura Moderna, defendendo uma via híbrida, onde a contradição e a ambiguidade quebram com os princípios de coerência defendidos pelo Movimento Moderno.
A utilização das regras e das ordens clássicas, como ponto de partida para a apropriação do "sitio" enquanto entidade fornecedora de referências, demonstra a inquietação do arquitecto pela maneira como as suas obras estão inseridas no território, tendo consciência de que estas funcionam como recursos de transformação do espaço envolvente e que devem ser equacionadas como tal.
A materialização das suas obras está sempre associada a uma espacialização que se apoia na composição e na medida, na procura de uma arquitectura de precisão, na busca da perfeição e na sucessiva depuração dos elementos.
A redução da obra de Eduardo Souto de Moura a uma única temática acaba por não dar resposta a um conjunto de problemáticas no campo da arquitectura, que afloram as preocupações de uma complexa realidade processual, que faz parte da sua produção arquitectónica.
O contexto, tanto regional, como local ou cultural, acaba por desempenhar um papel importante no processo mental que conduz às suas obras, muitas vezes num cruzamento de influências que permitem repensar, operativamente, o processo criativo ao longo da sua obra. O suporte expositivo pretende estabelecer uma ordem clara de leitura da obra do arquitecto Eduardo Souto de Moura, onde cada núcleo é um território disciplinar, ao mesmo tempo que dá lugar ao informe, permitindo uma promenade onde o somatório sequencial das partes resulta numa obra total.
Curadoria
António Sérgio Koch, arq.
André de França Campos, arq.
Sem comentários:
Enviar um comentário