terça-feira, 18 de junho de 2013

PROJECTAR COM MIGUEL ÂNGELO

MIGUEL ÂNGELO, escultor, pintor e arquitecto italiano, será o tema da próxima sessão PROJECTAR, que se realiza na próxima quinta-feira, dia 20 de Junho, a começar pela 18h30, na Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes, em TORRES NOVAS.

Sinopse do documentário a exibir:


Primeira parte

O caminho de Miguel Ângelo para o sucesso esteve pejado de dificuldades.
A primeira parte retrata as agitadas origens do seu génio, desde as agressões que sofreu do seu pai na juventude, às discussões com colegas artistas.
Os sentimentos do seu pai de que a sua obsessão pela arte traria a desgraça à família não foram suficientes para dissuadir o jovem, determinado Miguel Ângelo.
A aspiração para se tornar escultor ocorreu cedo, quando o seu pai o enviou para uma ama cujo marido era canteiro.
Quando atingiu a adolescência já demonstrava um talento precoce e aos 25 anos de idade era uma estrela em ascensão.
O impetuoso jovem Miguel Ângelo estabeleceu o seu nome como falsificador de obras de arte e a sua primeira grande encomenda foi rejeitada pelo seu patrono.
Uma noite, tomado pela raiva e levado pela determinação de assegurar que o mundo saberia quem ele era, gravou o seu nome ao longo do peito da sua primeira obra prima, a Pietà.
Então, com 26 anos, tomou o aparentemente impossível desafio de esculpir uma colossal estátua do herói bíblico, David, a partir de um imperfeito bloco de mármore.
O imponente nu, com mais de cinco metros de altura, levou mais de dois anos a terminar mas confirmou Miguel Ângelo como o maior escultor vivo, imortalizando-o para sempre.
O documentário mostra o escultor Romolo Burati a recriar aspectos chave do rosto do David, demonstrando a extrema perícia e habilidade incorporadas no refinado trabalho de Miguel Ângelo.
Criada esta grande obra prima, o desafio seguinte para Miguel Ângelo foi conceber uma estrutura para transportar a escultura, que pesava várias toneladas, ao longo de estadas irregulares sem que o gigante se estatelasse no chão.
Não era um feito de somenos mesmo pelos padrões actuais.
Para ilustrar as aptidões técnicas que Miguel Ângelo demonstrou, o programa recorre ao engenheiro Nick McLean para seguir os passos de Miguel Ângelo.
Utilizando ilustrações e o registo do diário de uma testemunha ocular, ele desenvolve uma estrutura para transportar a réplica do David através das calcetadas ruas italianas.
Torna-se claro que a encomenda a Miguel Ângelo de esculpir o David demonstrou que ele era não só um grande escultor, mas também totalmente apto como engenheiro.

Segunda parte

A história da gigantesca luta de Miguel Ângelo para pintar o tecto da Capela Sistina, uma das maravilhas artísticas do mundo, é contada na segunda parte de O Divino Miguel Ângelo.
Imagine-se a tortura que é pintar uma área de 40,9 x 13,4 m2, a uma altura de 20 metros...
Foi precisamente isto que Miguel Ângelo foi forçado a fazer de 1508 a 1512, pelo Papa Júlio II que o encarregou de pintar o tecto da capela Sistina.
Miguel Ângelo encarou-o como uma armadilha montada pelos seus inimigos no Vaticano e sentiu-se horrorizado por ter de vergar-se para o que ele considerava o baixo e inferior ofício de pintor.
O que ele realmente queria era esculpir o túmulo do Papa - uma saga por si só, que o perseguiria nos anos seguintes.
Quando Miguel Ângelo se defrontou com a enorme extensão do tecto, depressa experimentou grandes dificuldades e acabou por destruir o seu próprio trabalho.
Este documentário procura alguns dos maiores desafios que ele enfrentou recorrendo a dois artistas modernos de fresco - Fleur Kelly e Leo Stevenson - para reproduzir na igreja de Leyton, em Londres oriental, a sua própria versão da icónica cena de Deus a dar vida a Adão.
Após quatro anos de luta e desilusões, o tecto da Capela Sistina foi terminado.
Mas o Papa estava insatisfeito com a criação celestial e pediu alterações, como a adição  de mais ouro e azul, por achar que parecia muito pobre. Miguel Ângelo, adoentado pelas provações passadas,  não gostou.
Mas 25 anos mais tarde regressou à Capela Sistina para pintar o fresco do Juízo Final na parede do altar.
Tendo comprovado o seu génio como escultor e pintor, Miguel Ângelo veio ainda alterar completamente o perfil de Roma com os seus projectos arquitectónicos.
Ele quebrou muitas das regras estabelecidas da arquitectura, criando obras belas e radicalmente originais, culminando com a cúpula de São Pedro.
Viveu obcecado com este projecto final o resto da sua vida. Ele encarou-o como uma tarefa profundamente espiritual que asseguraria o seu lugar na História e no Céu.
Nos seus últimos anos, a poesia de Miguel Ângelo também floresceu. Atingido pelo amor profundo por um jovem nobre romano chamado Cavalieri, foi inspirado a escrever alguns dos seus mais comoventes poemas.
Quando Miguel Ângelo morreu com a idade de 88 anos deixou uma fortuna, incluindo 8000 moedas de ouro numa arca junto à sua cama e várias quintas na Toscânia.
Viveu uma vida simples e frugal, mas foi também o mais rico, e mais famoso, artista que alguma vez viveu.

(in http://www.bbc.co.uk/pressoffice/pressreleases/stories/2004/02_february/05/divine_michelangelo_synopses.shtml)



Apoio:
Município de Torres Novas
Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes


PROGRAMA:

20 de Junho, 18h30
Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes, Torres Novas
O Divino Miguel Ângelo
(2004, Tim Dunn e Stuart Elliott, 118')

18 de Julho, 19h00
Auditório da Casa-Memória de Camões, Constância
Fernando Távora
(2001, Cristina Antunes, 51')

Estas sessões obtiveram a validação de 1 crédito cada no âmbito da formação obrigatória em temáticas opcionais dos estágios de ingresso na O.A.

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