quinta-feira, 14 de maio de 2020

ARQUITECTURA AO CENTRO #233



EDIFÍCIO GARAGE
LEIRIA, LEIRIA

Sara Saragoça Soares
Sara Saragoça Soares
2008

O projecto em análise assenta em uma reabilitação, alteração e ampliação de um edifício de características Art Nouveau no centro histórico da cidade de Leiria. O edifício, de construção entre 1908 e 1912, insere-se na mais movimentada área da cidade, sobre o Largo 5 de Outubro.
O programa misto, de habitação e comércio, proposto compreende: (1) o desenho do espaço interior condicionado à volumetria e fachada existentes; (2) a construção de um novo elemento que ocupa o vazio a tardoz da “fachada garage”.
A opção de um revestimento cerâmico surge da intenção em afirmar um volume em oposição ao pano de fachada préexistente. O andar adicional recuado (viroc) conforma a ligação urbana entre o existente (3 pisos) e o edifício confinante na Avenida (4 pisos), assumindo a relação entre a préexistência e a condição moderna da cidade “beira-rio”.
O exercício promove relações de inclusão e adição entre novo e velho com o objectivo de estabelecer correspondência entre os dois elementos (A+B=C)

site:

ver mais sobre o projecto:
habitarportugal.org

terça-feira, 12 de maio de 2020

ARQUITECTURA AO CENTRO #232



LAVANDARIA ANSIÃO
ANSIÃO, ANSIÃO

Bruno Lucas Dias
Bruno Dias Arquitectura
2018

No centro da Vila de Ansião, mais concretamente num espaço reconhecido pela sua função de Lavandaria, surge a oportunidade de projeto.
Este, pretende atribuir a um espaço pré-existente algo que até ao momento não existia, um átrio de entrada. Este lugar, pretende criar uma divisão entre a área de trabalho e arrumação, dedicada aos trabalhadores, zona privada e a área de entrada, dedicada aos clientes, zona pública. Esta separação vem garantir não só um atendimento de maior qualidade e uma sensação de maior conforto, aos que o visitam, como também uma maior privacidade para os trabalhadores no desenvolvimento das suas funções.
Esta cisão de espaços, é realizada através de uma estrutura de madeira composta por um ripado, que ao mesmo tempo que separa zonas diferentes, não impede totalmente a passagem de luz natural para o interior, agindo como um elemento permeável e não totalmente estanque e opaco.
O programa pensado para este espaço é bastante simples, uma zona de espera e um balcão de atendimento. No entanto, o que atribui identidade ao espaço é a sua materialidade: a madeira, surge como elemento primordial na intervenção, esta confere ao espaço leveza e luminosidade, provocando assim uma sensação de bem-estar imediato.

site: brunodiasarquitectura.pt

ver mais sobre o projecto:
archdaily.com
archdaily.com.br
archello.com
arqa.com
divisare.com
espacodearquitetura.com

domingo, 10 de maio de 2020

ARQUITECTURA AO CENTRO #231



CASA DE WALTER E CHRISTIANE GRUNECKER
FIGUEIRÓ DOS VINHOS, GOLADINHA

Tiago Mota Saraiva
com Andreia Salavessa, Paula Miranda, Marta Vieira, Cristina Romão, Mariana Robalo, Diana Amaral, Adriana Gil, Carolina Battle Y Font, Ana Rita Nunes, Raquel Coronel, Rita Rodrigues, Ana Catarino
Ateliermob
2019

A 17 de Junho de 2017 um grande incêndio deflagrou em Pedrógão Grande e espalhou-se pela floresta até Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pêra, Sertã, Penela, Góis e Pampilhosa da Serra, afectando cerca de 500 casas (259 das quais eram primeiras habitações). 64 pessoas morreram ao tentar escapar dos incêndios.
Depois da tragédia, cidadãos e instituições fizeram donativos para ajudar à reconstrução das casas e vidas afectadas pelos incêndios. A Fundação Calouste Gulbenkian, responsável por um dos maiores fundos, contratou a Cooperativa Trabalhar com os 99% crl., para providenciar assistencia técnica no processo de reconstrução, no qual o ateliermob fez projecto para 7 casas.
Mais do que a simples reconstrução das casas perdidas, o objectivo principal foi o de melhorar as condições de vida destas comunidades, com uma atenção particular para o facto de, na sua maioria, se tratar de população envelhecida.
Esta casa sofreu estragos particulares diferentes da maioria das casas da zona: os proprietários guardavam a lenha junto às paredes da casa o que permitiu que o fogo se alastrasse rapidamente para o seu interior.
Na recuperação, manteve-se a forma original da casa, desenhando a entrada principal na fachada Este, seguindo o caminho original do terreno. Os dois pisos da casa dividem as áreas sociais no piso térreo e as áreas privadas, como quartos e escritório, no piso superior. Ambos possuem entradas distintas e todo o piso térreo é acessível para pessoas com mobilidade reduzida.

site: ateliermob.com

ver mais sobre o projecto:
archdaily.com.br
espacodearquitetura.com
workingwiththe99.com

sexta-feira, 8 de maio de 2020

quarta-feira, 6 de maio de 2020

ARQUITECTURA AO CENTRO #229



25 MORADIAS EM BANDA, LOTE 217
ÓBIDOS, BOM SUCESSO

Gonçalo Sousa Byrne
com Telmo Cruz, Rita Conde, Sandra Furtado, Marta Oliveira Dias, Nuno Birne, Joana Sarmento e Rita Freitas
Gonçalo Byrne Arquitectos
2004-2009

A casa desenvolve-se pela oposição de dois pátios: um privado, completamente fechado ao exterior com excepção do céu, e outro público, que começa por ser parte da casa e acaba por se abrir sobre o campo de golfe.

site: byrnearq.com

ver mais sobre o projecto:
bomsucesso.com.pt

segunda-feira, 4 de maio de 2020

ARQUITECTURA AO CENTRO #228



RECONVERSÃO DE UM CONJUNTO RURAL EM TINALHAS
CASTELO BRANCO, TINALHAS

Bernardo Pizarro Miranda
com Dina Gonçalves Ferreira, Barbara d'Agaro, Natacha Pereira, Ana Rita Carmo e Marília Moriés Borges
Bernardo Pizarro Miranda Arquitectura
2002-2007

O conjunto rural em análise é o resultado da agregação e adição ao longo das últimas décadas de várias construções, marginadas a noroeste pela rua Direita e a sudoeste pela rua Costa Magalhães, na aldeia de Tinalhas.
A casa mãe, uma construção de três pisos, de carácter mais erudito manifesto na sua organização e distribuição espacial a par do carácter urbano da sua fachada noroeste, foi sujeita no passado a uma ampliação que visou no essencial a construção de mais um espaço no 1.º piso, articulando de forma definitiva a casa mãe com um volume a sul, uma construção em alvenaria de pedra contendo várias dependências de apoio ao funcionamento do conjunto.
A norte, referimos a existência de três pequenas construções, autonomizadas matricialmente e geminadas à casa principal.
Agregadas funcionalmente às demais construções, estas pequenas edificações de dois pisos, manifestam na sua escala, tipologia e carácter das suas fachadas a identidade de um contexto mais rural.
O conjunto resultante desta geminação no tempo, de diferentes construções, de carácter e tipologias diferenciadas, delimita a poente uma área de logradouro.
O jardim, um espaço contido, de onde se releva a presença de uma Tília, constitui por oposição ao carácter mais urbano do conjunto a nascente, uma área de grande recato e intimidade que se entende preservar e potenciar, espaço de encontro e vivência das várias construções que o marginam.
O programa de reabilitação do conjunto em presença estrutura-se em torno de duas estratégias paralelas: a reabilitação e restauro da casa principal e a remodelação das demais construções visando a sua autonomização funcional.
Propôs-se a reorganização integral do interior destes espaços, centrada na adopção de tipologias que permitem mediante a concentração em núcleos das áreas de serviço e comunicações verticais, a libertação e valorização dos espaços de maior permanência, onde se procurou a luz e o contacto com o exterior.

site: bpmiranda.pt

ver mais sobre o projecto:
habitarportugal.org

sábado, 2 de maio de 2020

ARQUITECTURA AO CENTRO #227



REMODELAÇÃO E AMPLIAÇÃO DE EDIFÍCIO EM LEIRIA
LEIRIA, LEIRIA

Rui Reis Alves e Teresa Belo Rodeia
com Francisco Plácido, Rui Branco, Tiago Gomes, Ricardo Gonçalves, António Castanheira
RA+TR, Arquitectos Lda
2002-2006

Esta intervenção visou reabilitar e adaptar a novos usos um conjunto de edifícios que, a partir de certa altura, se foram cruzando ao abrir passagens, ao ligar espaços, ao sobrepor pisos existentes, ou ao introduzir um fogão de cozinha monumental num edifício de origem modesta. O resultado era uma estrutura labiríntica constituída por uma amálgama de diferentes origens temporais que a intervenção procurou resgatar para usar como habitação, escritórios e lojas. Esta intervenção assumiu-se, assim, como mais uma alteração na sequência das anteriores, mas mantendo os valores materiais e espaciais existentes e introduzindo uma nova estrutura portante, de apoio às frágeis paredes existentes, cruzando a sua rítmica complexa com uma espacialidade mais pautada e procurando a justa relação entre o que permanece e o que se transforma.

site: ratr-arquitectos.pt

ver mais sobre o projecto:
habitarportugal.org